domingo, maio 10, 2009

Encontro de Autocaravanistas e Declaração das Minas do Lousal da III reunião do CAB


mais informações em:

http://cab-circulo.blogspot.com/2009/05/produtiva-e-estimulante-iii-reuniao-do.html


Sexta-feira, dia 8 de Maio de 2009, dia de partida para as Minas do Lousal, em Grândola.


Saímos na semovente do porto de partida habitual, o Alenquer Camping de Porto da Luz, Alenequer, com a equipagem da Newsletter, costumeira, o condutor e a consorte.


Depois de um dia de trabalho de casual friday, o arraque de Alenquer tardio, só permitiu depois de abastecimento na Galp, pelas 19h começar a cruzar a Ponte das Lezírias rumo ao sul. Seguiu-se a auto-estrada até à saída para Alcacer do Sal, e a partir daqui as nacionais. A primeira paragem foi em Grândola para jantar no habitual Coutada, restaurante de referência pela qualidade e preço, em que dois viajantes podem restaurar-se por pouco mais de uma azulinha de euros.



Chegamos portanto ao Lousal em penúltimo lugar, e pelo telemovel acertamos a informação do local de estacionamento e pernoita entretanto deslocado para a frente da Padaria do Lousal (fecha aos sábados) e antigo supermercado desactivado, onde ja encontramos as autocaravanas de aderentes e convidados do CAB, de membros do MIDAP, do CPA, e do CAS.

Ou quem preferir que leia assim: encontramos as autocaravanas de vários aderentes e convidados do CAB, do representante do MIDAP e sócio do CPA, da Naucatrineta, o blog do presidente do CAS...

A noite estava ainda a meio e assim, a pé subimos até ao aglomerado urbano para um convívio no cafe do pátio interior para uma cavaqueira que se foi prolongando ate ao regresso em grupo às autocaravanas, e que os mais faladores prolongaram ao que parece, até a 3ª hora da madrugada.


Dia seguinte, 9 de Maio dia cheio. Pelas seis começou o despertador rural dos galos campestres a ressoar em vários registos. Parece que um deles, o mais esganiçado e o mais insistente seria um galo da India. Tentamos não lhe dar ouvidos, e resistindo só lá para as oito e tal se preparou o café com leite, as torradas barradas com manteiga, as anotações no Moleskine, e depois o reconhecimento do terreno à luz do dia.



O local plano, é adequado ao estacionamento e pernoita, em chão de terra batida, e ao lado da padaria até há uma torneira de á gua utilizavel gratuitamente. Acresce que o estacionamneto estava e estará autorizado às autocaravanas, sem inaugurações, festas ou foguetes e sem palcas de sinalização. Aqui fica a informação a quem por lá queira passar.


Pelas 10h já estavamos todos perfilados no auditorium para ouvir as explicações do Sr. Manuel, antigo mineiro desempoeirado sobre a saga da Mina do Lousal, e visionar um filme português dos anos 30 com locução de Fernando Pessa. O circuito cultural prosseguiu com a visita museuológica com especial interesse pelas máquinas de ar comprimido do seculo XIX, e as maquetas de madeira da exploração mineira. A manhã sem se dar por isso deslizou pelo tempo, e deste modo foi com surpresa que eram chegadas as horas de almoço, que a maioria honrou nas autocaravanas.


Depois de almoço regresso ao auditorum para a I parte da reunião do CAB. Distribuidos que estavam os documentos, passou-se à analise da situação e enquadramento juridico-legal do Autocaravanismo com nota sobre o projecto de Lei em sede de finalizaçao por alguns deputados da Subcomissão da AR , avaliação do questionário das 100 perguntas e respostas sobre autocaravanismo (previsivelmente a editar em brochura de bolso)e ainda a um parecer juridico do nosso homónimo e autor do direito ao autocaravanismo, sobre a inconstitucionalidade da discriminação negativa do estacionamento das autocaravanas entre as 24h e as 8h nos estacionamentos abrangidos pelos vários regulamentos dos POOC.


Ponto alto nos trabalhos do CAB foi a comunicação do autocaravanista e fotógrafo profissional Pirix (Fernando de Almeida Nunes) sobre tecnicas de fotografia, sua importância nos encontros e viagens de autocaravanistas, e sua aplicação à inclusão de ilustração fotográfica nos blogues e web sites. Veja-se do autor, alguns exemplos da sua obra em: http://olhares.aeiou.pt/Pirix


Entretanto a reunião de trabalho foi interrompida para se dar seguimento à segunda parte da visita cultural às minas, e que comportou uma parte interior- o visionamento com óculos de 3 dimensões de um filme animado sobre a moderma exploração mineira ( do género do que se acha em curso em Neves Corvo) e um percurso exterior, junto do complexo industrial arruinado e montes de escórias incluindo explicações tecnicas sobre aproveitamento das pirites e o desenvolvimento do projecto de requalificação turística de todo o património mineiro, incluindo naturalmente a recuperação ambiental.



Finda a parte cultural retomou-se a reunião com amplo e profundo debate sobre as questões agendadas, e que se prolongou até cerca das 19h. No final registou-se uma voatção unânime das conclusões que se pode ler no link para o blog do CAB.



A jornada de estudo, turística e cultural da III reunião do CAB, depois da visita as loajs de artesanato mineiro, culminou com um jantar gastronómico alentejano no Armazém Central, hoje sala de restaurante onde em mesas fartas se comeram os miolos fingidos, queijos alentejanos, favas, choriço de proco preto, carane assada, entrecosto, alé, de uma sopa rica de feijão e legumes, de entrada e de sobremesas finais. Vinho do Mineiro, e a finalizar licores do local de poejo e bolata, selaram como café a refeição e o convívio bem sucedido.


Nota alta para o cante Alentejano e à capela, e em geral para os cantares alentejanos se perfizeram com um coral de antigos mineiros sentados à mesa, segundo consta, a tradição no local. Impressionante a qualidade das vozes, (duas eram de mulheres) a ausência típica de instrumentos musicais, e a inexistência de microfones, ou qualquer outra forma de amplificação das vozes que ecoaram com facilidade em todo o restaurante, como demonstra o curto filme feito e aqui reproduzido.



Foi a custo que se deu por findo este capítulo. O regresso às autocaravanas e depois as conversas na soleira das ditas, nas imediações de uma imagem protectora de Sta Bárbara- patrona dos Mineiros, prolongou-se até depois da meia noite. Todos estavam de acordo que este tipo de encontros de autocaravanistas, incluindo a limitação do número de viaturas, e a inclusão de sessões de trabalho seriamente preparadas, e com o enquadramento de aspectos culturais, já verificado em Aljubarrota no II Encontro do CAB, é uma metodologia a prosseguir e aprofundar, com a qual muito tem a ganhar o movimento autocaravanista.


Fica pois aqui o repto a que mais leitores deste blog Newsletter nos dêm conhecimento dos contactos (e-mails) de autores de outros espaços de internet, e que dêm o contributo pessoal de que são capazes para que o pensamento e uma atitude autocaravanista consequente, fundamentada e séria, porque coerente e credível, continue a merecer a aceitação que de forma crescente tem vindo a ser conquistada junto dos decisores públicos. Só assim contribuiremos para o efectivo Desenvolvimento do Autocaravanimo em Portugal.


Esta deslocação incluiu cerca de 300km, menos de 30 litros de combustivel e um gasto total aproximadamente de100 euros para duas pessoas, com duas refeições em restaurante.

1 comentário:

José Caseiro /Mª Alice Silva disse...

Sempre com prazer, estas leituras. Ai que pena não poder estar presente!!