quarta-feira, março 30, 2011

O que tem a ver o comportamento dos autocaravanistas na estrada e nos foruns, com a teoria das janelas partidas?



TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS da Universidade de Standford nos EUA

(ou da necessidade de autodisciplina, auto-regulação, moderação e mediação
para melhorar a imagem do autocaravanismo, para além de legislação, sinalização e sua aplicação por autoridades esclarecidas)



Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York, e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.

Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipa de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada sítio.Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as jantes, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

É comum atribuir à pobreza as causas de delito. Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí, quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.

Porquê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?

Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

(um acto antissocial não reparado, origina a degradação)


Um vidro partido numa viatura abandonada, transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como que vale tudo. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de actos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que de um ponto de vista criminalístico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujidade, a desordem e o mau trato são maiores.

Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar-se em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, tão logo começam as faltas maiores, e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor aos gangs), estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metro de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade.Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujidade das estacões, ebriedade entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno detalhe, conseguiu-se fazer do metro um lugar seguro.


Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, mayor de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metro, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'.

A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana.O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão 'Tolerância Zero' soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia, de facto, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Nota da Newsletter: Seja nos foruns de autocaravanismo, evitando-se e corrigindo a linguagem desbragada, insultuosa, e agressiva, que constitui delito e crime de abuso de liberdade de imprensa, de ofensa ao bom nome, injuria ou difamação, seja na estrada, limitando-se e intervindo contra os acampamentos ilegais, o autocampismo, e os crimes de abuso de estacionamento e pratica de crimes ambientais, com despejos ilegais, etc. a teoria das janelas partidas tem um grande campo de aplicação por quem tem autoridade para velar por regras de comportamento civico e legitimo, sem os quais a vida em sociedade se torna uma selva, e afasta a participção por parte de quem se interessa pelo progresso social e pelas ideias e ideais portadores de futuro.

sábado, março 26, 2011

Conclusões da III tertúlia 1 café e 1 Autocaravana apoiada pela Autocaravanismo Newslleter e pelo TCA



(aspecto parcial de uma mesa ao jantar)


Decorreu no passado dia 19 de Março, sábado, entre gente de Bem, com a habitual grande elevação, respeito intelectual, generalizado e natural apreço pelas várias intervenções, e consideração pela profunda fundamentação técnica e juridica, mais uma tertúlia presencial do grupo de autocaravanistas do facebook. que se identifica pelo lema 1 Café & 1 AC.

Esta reunião contou como apoio do Alenquer Camping***, que patrocina também este Blog, e que postula uma atitude pró activa de apoio aos autocaravanistas, que proclamam o direito de liberdade de escolha de utilização, ou não, de parques de campismo, praticando assim o autocaravanismo itinerante ou touring, dentro ou fora dos parques de campismo.

Aliás, o Parque de Campismo de Alenquer *** , como parceiro activo do Movimento Autocaravanista, foi aprimeira unidade privada deste sector a celebrar um protocolo com o CPA Clube Português de Autocaravanas, em Janeiro de 2007, por ocasião da inauguração da sua estação de serviço, certificada para AC, aberta e acessivel também aos autocaravanistas de passagem, e que não penoitem no Camping, mediante uma taxa de utilização para o reabastecimento de água, electricidade e de despejos, de apenas de 2,5€.

Também disponibiliza o Alenquer Camping*** uma plataforma para estacionamento e pernoita até 4 Autocaravanas, com acesso a água e electricidade, por uma tarifa reduzida, aos sócios do CPA, aos leitores deste Blog  e aos membros da Tertúlia1 Café & 1 AC.

A III Tertúlia iniciou-se pelas 17h, foi interrompida para um jantar no bar-restaurante do Camping, promovido pelo TCA- Touring Clube de Co-pilotos e Autocaravanistas, em que cada um participou com o que era seu, e compartilhou do farnel de todos, incluindo com companheiros  do grupo ATTA Amigos Todo o Terreno de Alenquer, que igualmente mantem um protocolo com o Camping. A comparticipaçao individual nas despesas gerais (talheres, vinho da Região, sobremesa e carne assada com arroz) cifrou-se em 3 euros.

A inscrição na Tertúlia e a disponibilidade da sala de convivio para  reunião, e seus equipamentos de projecção, foi oferecida gratuitamente pela gerêcia do Camping, que alertou ainda previamente e por escrito, através do facebook, da possibilidade gratuita de pernoita em autocaravana fora do camping no parque Muncipal dasTílias.

Os trabalhos prolongaram-se depois do jantar, e encerraram pelas 24h, incluindo-se abaixo uma pequena reportagem da Newsletter, que aqui se publica, porque se honra o dever de cidadania e de partilha com a comunidade autocaravanista, que este Blog, desde a sua fundação em Abril de 2006, tem vindo a servir, e continuará a assim proceder, apesar dos seus detractores serem diariamente desmentidos, como se alcança   pela audição representativa grangeada nos seus leitores, amigos e colaboradores, a quem aqui e agora, se presta a devida Homenagem.




Breve resumo da III Tertúlia 1 café & 1AC

realizada em 19 de Março das 17h as 24h na sala de convívio do Alenquer Camping

Foi lida logo no início da reunião aos participantes, a carta recebida da ANSR- Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária pelo TCA – Touring Clube de Co-pilotos e Autocaravanistas (http://www.touring-clube-autocaravanista.blogspot.com/) sobre questões de sinalização a introduzir em Portugal, à semelhança do que se verifica na generalidade dos Estados Membros da União Europeia, o que se espera conste da próxima revisão do RST- Regulamento de Transito e Segurança do Código da Estrada.

A este propósito, o Secretário-geral do MIDAP- Movimento Independente para Desenvolvimento do Autocaravanismo em Portugal, Filipe Seco, distribuiu elucidativas fotocópias aos presentes, com a figuração de diversa tipologia de sinais em uso, quer em Portugal. que nos demais países da União Europeia, para sinalizar parques de estacionamento com lugares adequados a receber autocaravanas, bem como estações de serviço exclusivas de autocaravanas, e de parques exclusivamente acessíveis a autocaravanas, como aliás o Código da Estrada português permite.
O Orador convidado e autocaravanista Daniel Beja, à medida da sua exposição organizada em power point, foi sendo sucessivamente interrompido com muitas questões interessantes sobre detalhes da aplicação da lei e demais normativos que é profissionalmente profundo conhecedor.
Uma das questões cruciais diz respeito à proibição e consequente ilegalidade de um automobilista estacionar a sua viatura excedendo o perímetro dos lugares quando estes estão delimitados no solo. Assim as autocaravanas quando ocupam mais de um lugar nessas circunstancia, estejam na via publica, estejam dentro de parques de estacionamento acham-se em transgressão.O mesmo acontece quando o estacionamento sede AC se verifica em lugares ou parques reservados a certas categorias de veiculos, por exemplo autocarros de turismo ou veiculos pesados, viaturas ligeiras ate 2 metros, motocicclos etc.

Por este motivo, tendo em conta a informação devida aos estrangeiros, e para se poder por termo à discriminação negativa das autocaravanas, pela via da sua exclusão de estacionamento na generalidade dos lugares de estacionamento. apenas concebidos para viaturas ligeiras, que não sejam cada categoria M1 (classificação das Autocaravanas) torna-se necessário em prol do autocaravanismo português, que:
1-As autoridades, nomeadamente as Municipais estejam sensibilizadas para criar espaços delimitados com 8 metros de comprido de modo a permitir às autocaravanas o estacionamento sem transgredir a lei, e a favorecer a sua visita turistica a todo o País.

2- Seja introduzido o sinal com o pictograma da Autocaravana para poder reservar, de acordo com o Código da Estrada, tais lugares exclusivamente às autocaravanas, pois a não ser assim, qualquer viatura ligeira ate 2 metros de largo, pode também estacionar nessas situações, sem ser em transgressão (pois respeita o limite dos 8 metros) e ocupando assim desnecessariamente lugares que deviam ser de autocaravanas.

3- Sejam introduzidos sinais idênticos, com o pictograma europeu de estação de serviço de autocaravanas. De modo a reservar tais infra-estruturas exclusivamente ao fim a que se destinam, de abastecimento de agua e despejos de autocaravanas, o que não se dispondo de tal sinalização aprovada e introduzida legalmente no RST, ocasiona o mau uso de tais espaços incluindo para estacionamento indiscriminado de outras viaturas e até para uso de lavagens de automóveis etc…
 
Outras questões:
- Quanto ao estacionamento de autocaravanas com o garde a faux (traseira) para além dos limites do espaço de estacionamento delimitado no solo, considerou-se a necessidade de distinguir 2 situações. Se essa porção do volume da autocaravana invade o passeio, e impedir a circulação de peões, de carros de bebé, ou cadeiras de rodas, (art.º 49º nº1 do CE)trata-se de uma situação de infracção, mas se tal situação se verifica por exemplo, num espaço ajardinado e o coberto vegetal não é destruído, considera-se admissível esse facto, e em caso de autuação por parte das autoridades, a que se poderá reagir eventualmente com o argumento de abuso de poder por excesso de zelo. Todavia, esta situação também devia ser acautelada por sinalização equivalente a utilizada para assinalar a possibilidade de veiculos automóveis estacionarem com o rodado parcialmente em cima do passeio.

-Quando não existam lugares delimitados no solo dos espaços de estacionamento, seja este em parques, seja na via pública, as autocaravanas possam estacionar como qualquer outro veiculo, desde que não causem perturbação ao tráfego, e pelo período de trinta dias, como qualquer outro veículo a motor. Evidentemente que esta utilização não se confunde com aspectos turísticos, em que a limitação de utilização do estacionamento exclusivo ou em lugares reservados a autocaravanas (geralmente entre 24h e 72H) tem justificação na utilização rotativa e típica do turismo itinerante em autocaravana.

- Aspecto distinto dos anteriores diz respeito ao pagamento de tarifas seja de utilização do espaço seja aferidas em função do tempo de ocupação, critérios nem sempre coincidentes para regular o estacionamento.

- No caso dos bloqueadores ou trancas de rodas, (na gíria os jacarés) foi divulgado que a policia portuguesa não dispõe destes equipados adequados à dimensão das jantes da maioria das autocaravanas, o mesmo se verificando em regra relativamente a inexistência de viaturas de reboques adequados à remoção de Autocaravanas.

- Trocaram-se também extensas opiniões sobre o conceito de acampamento, e sob o seu conceito de ser uma actividade organizada ou espontânea (Portaria 311/A/05), bem como as iniciativas especiais de festas ou concentrações autocaravanistas possíveis de se efectuarem legalmente com autorização previa dos Governos Civis.
- Foi ainda debatida questão do PENT (Plano Estratégico Nacional de Turismo) como relevante para o autocaravanismo, sério, responsável e respeitador dos deveres e direitos de cidadania. Na realidade, na sua revisão (em curso) deveriam ser especificadas as necessidades de instalação de infra-estruturas que favoreçam o touring de autocaravanas, ou seja, o turismo itinerante de autocaravanas. Este aspecto exigira que sejam legalmente tipificadas e caracterizadas essas infra-estruturas, como sejam parkings e estações de serviço específicos para autocaravanas, sob pena, de continuando omissa estas situação, não ser possível inclui-las nos financiamentos projectados, o que será igualmente negativo nos contextos do POLIS do litoral do Sudoeste Alentejano, e em outros POOC.
- Em resposta ao diálogo e debte permanente que existiu, foi ainda focada a tendência recente de Municípios estarem a regulamentar, por posturas e regulamentos municipais, o conceito de acampamento, considerando por exemplo que estipulam como sendo acampar, a pernoita dentro de uma autocaravana. Esta questão que resulta eventualmente de um abuso interpretativo do vocábulo acampar, pode ser considerada inconstitucional, porquanto nunca um regulamento pode criar categorias juridico-legais não contempladas em Legislação de grau superior, como impõe o art.º 112º nº5 da Constituição da República.

- Finalmente no domínio das contra-ordenações que sejam consideradas injustas, deverá o autuado pagar o valor da coima sempre a titulo de depósito, a fim de criar condições para proceder a reclamação administrativa para a ANSR, e ulteriormente se for o caso para prosseguir com a impugnação judicial.

Proximas tertúlias 1 Café & 1 AC

dia 16 de Abril, às 17h. Aspectos Tecnicos: dicas e avarias das AC, com Carvalho dos Santos
dia 21 de Maio, às 17h. O GPS e o Co-piloto, com Duarte O Guru do GPS
dia 25 de Junho, Às 13h. Almoço de encerramento com o Presidente da EMEL


Nota final: Tudo quanto fica escrito resulta da reflexão consensual dos participantes na Tertúlia que aliás se acham em sintonia com os seus companheiros autocaravanisats europeus. Veja-se a titulo meramente exemplificativo a situação em Espanha na reportagem divulgada pelo BLOG Uma Autocaravanita de Vasco Nazário que participou tamvém na III Tertúlia:
http://umaautocaravanita.blogspot.com/2011/03/de-espanha.html

Como viajar de Autocaravana nos Estados Unidos da America?

aqui está tudo...sobre os EUA

http://www.campingroadtrip.com/

a 27 de Março,domingo, a 1h da manhã....mudança da hora, uma mais!

sexta-feira, março 25, 2011

Luto e Soliariedade pela Campinanda: Votos de rápida recuperação empresarial !


Incêndio na Campinanda em Leça da Palmeira



(noite de 24/0172011)



Um incêndio deflagrou, esta quinta-feira à noite, nas instalações da Campinanda, uma empresa de autocaravanas com sede em Leça da Palmeira, Matosinhos, junto ao Mar Shopping. O fogo foi extinto cerca das 21 horas.


As chamas, que foram combatidas pelos Bombeiros Voluntários de Matosinhos Leça, destruiram várias viaturas (entre autocaravanas e um jipe). Ao JN, a proprietária afirmou que os prejuízos rondam os 400 mil euros.


As causas do incêndio ainda estão por apurar.



quinta-feira, março 24, 2011

Com a devida vénia ao Blog VIAJANTE LUSITANO, sobre comportamentos e temas nos foruns de autocaravanistas

Sinalética e Legislação AC.

Março 24, 2011

por viajantelusitano

Vivam!

Transcrevo um texto que escrevi no forum CCP, onde sou membro há cerca de 5 anos. O tema do “debate” era (é) “Prós e contras – sinalética/legislação autocaravanista”, doravante S/LA. Não quero trazer a discussão para aqui, nem roubar o tema, mas tão só expressar neste local, criado e gerido por mim, uma opinião mais.

Aprecio a intenção do proponente do debate, não concordo com algumas expressões da (na) sua apresentação e, sobretudo, acho que o título parte de uma premissa errada: haver “contras” à sinalética/legislação autocaravanista ou, então haver contras na S/LA. Não, não é um problema de semântica: não me parece razoável que haja contras à S/LA, uma vez que precisamos dela para nos posicionarmos na actividade que tanto apreciamos. É a S/LA que vai distinguir o quê e quem somos, direitos, deveres e sanções, limites e posturas, espaços e tempos. Estar contra é dar oportunidade a autarquias e instituições para tomarem as decisões que entenderem uma vez que o exemplo de autocaravanistas a fazer o que quiserem, não é certamente o melhor. Outra coisa é haver contras na S/LA. Aí sim, é necessário estar atento para os aspectos que resultam lesivos e discriminatórios em relação ao Ac, exigindo uma alteração. Quem o faz? Já respondi noutros textos: preferencialmente uma federação dedicada em exclusivo ao AC, ; se não houver, os clubes; se não houver, os particulares ou movimentos independentes de particulares.

O título mais correcto seria: “Os prós e os contras da sinalética/legislação autocaravanista”.

Segue então a citação do texto.

“A moderação já pôs os pontos nos ii, no entanto e por princípio, face ao escrito, devo fazer uma declaração de interesses: não represento ninguém que não eu; sou flexível nas ideias, isto é, defendo um ponto de vista e não um dogma; discuto ideias e não pessoas.

Indo ao assunto: as imagens falam por si. Infelizmente são situações que se (re)vêm de norte a sul do país. Não me admirava ver ali um camião de 40t. e, na circunstância, com os mesmos “direitos” embora em contravenção. Também não tenho dúvidas quanto à sinalização exposta: clara, fundamentada num decreto da República e com as sanções bem à vista. Só prevarica quem quer.

Como autocaravanista, sim, acho que devia haver legislação que, não sendo específica, devia contemplar as singularidades das ACs. Não sendo este um veículo dito “normal” pela altura, comprimento e largura, o gabarito, acrescentado pelo fim a que se destina, porque não haver algumas particularidades na lei? O que se pretende é tão só uma discriminação positiva.

Entendo que terá (e tem, é o Código da Estrada) que haver uma legislação geral que estabeleça princípios, regras e sanções; que defina, normatize e estabeleça as penalizações em que incorrem os prevaricadores.

A Sociedade é normativa, cria regras que têm como objectivo ordenar, no caso do AC, o uso de domínios de vários tipos: marítimo, municipal, público, ambiental, privado e outros. E, quer queiramos quer não, têm a legitimidade de impor as suas regras nos seus domínios. É assim em nossas casas e propriedades, nos limites do razoável.

Tenho por certo que muita legislação preventiva (para não dizer proibitiva) deriva do uso abusivo e continuado por parte de ACs dos domínios referidos. São esses que predispõem os legisladores locais (autarquias e instituições) e nacionais (a AR e o Governo) a tomar as medidas que conhecemos.

Luis XIV dizia que o Estado era ele (L’État c’est moi!) por direito divino, alguns ACs também dizem que Autocaravanismo é quando e onde quiserem…por direito próprio, outorgado por quem, pergunto eu.

Por mim, se não há sinalética nem legislação contrárias, dentro dos limites das “regras de ouro”, estaciono e pernoito, em itinerância e sem me deter mais do que o razoável. Para passar temporadas e estadas, uso outras instalações.

É evidente que, como AC, pretendo não ser discriminado: se há parques de estacionamento para carros, autocarros e outros, porque não para ACs? E, preferencialmente, numa área reservada nos parques onde as condições de viragem e parqueamento assim o permitam. Também pretendo que se criem condições para as operações de manutenção da AC, a pagar ou não, dependendo da generosidade do município. E nada me repugna que sejam os privados a fazê-lo e que me cobrem por isso. Quando comprei a “Juliette” sabia no que me metia…

Por cada autocaravana vendida, o vendedor devia entregar documentação sobre regras básicas de conduta dos ACs e talvez um pequeno dossiê que contemplasse a pouca legislação vigente. Sem grandes custos, penso. Assim, ninguém argumentaria como desconhecimento da lei. Porque, estou em crer, só com informação e “ensino” é que teremos ACs responsáveis e cumpridores. Para os outros, existiria o lado punitivo da lei… e sem hesitações.

Assim, teremos que andar sempre a “correr atrás do prejuízo” ou seja, depois da legislação ter saído, na sequência do que escrevi acima, ou da que está em discussão pública, ir ter com as autarquias e instituições públicas e explicar, sensibilizar, convencer, argumentar, tudo aquilo que sabemos sobre vantagens, mais valias e outros do “fenómeno” do AC., é redobrado esforço que seria desnecessário.

Resumindo: legislação e sinalética enquadrada e não discriminativa, sim. Legislação que defina claramente conceitos, regras e sanções, sim. Aplicação da lei, sim. Informação e formação de autocaravanistas responsáveis por vendedores ou outros, sim. Alargamento das estruturas de apoio ao AC por autarquias ou privados, sim. Discriminação e perseguição por ignorância e má vontade, não. Autocampismo, não.

(…)

Cumprimentos a todos.”

PS: este tema, no CCP, calhava bem à palavra sempre atenta e informada do companheiro DeCarvalho. Compreendo o seu afastamento, mas tenho pena. Que regresse.

1.

Comentário do autor desta Newsletter, e também colaborador do forum CampingCar Portugal (decarvalho)

Março 24, 2011 06:21

Querido e respeitado companheiro três ordens de razões:

1) a truculência e os ataques ad hominem provenientes sempre dos memos sectores que ainda não perceberam nem querem perceber, que o mundo daa ideias se discute fora do ataque pessoal e neste caso infundamentado, persecutório e difamatório.

2) A desvalorização a que a situação em 1 conduz o forum. Desvalorizando-o, descredibilizando o autocaravanismo e apoucando os que escrevem no forum. Há quem persiste em não entender que ao escrever, não está a falar sozinho, mas sim perante um palco anónimo em que se encontra de tudo: , que haja quem o lê e escrutina…, ou por dever de oficio (CM, departamentos de organismos e instituições, públicos e privados).

3) o facto que em virtude de 1 e 2 não notar que a moderação do forum esteja disponível para cortar a direito, e atempadamente. Ou seja, não contem verborreias ofensivas, despropositadas e destruidoras de diálogos civilizados. Ora, quando não o faz, just in time (pois não é profissional) devia fazer a posteriori, não se limitando a fechar um topico. Os topicos deviam continuar abertos, o que devia ser fechado eram os posts que roçam a incivilidade e a irresponsabilidade. Ou seja, uma verdadeira moderação não pode beneficiar o infractor, mantendo legíveis posts inadmissíveis (igualmente se aplica às reacções a estes, que sejam de over reaction, mea culpa)

Assim, terei muito gosto em voltar ao forum na medida das minhas possibilidades de tempo, pois é muito time consuming, e ha outras devoções (diria o Eça) que me solicitam, com mais gratificação (moral) e sem desrespeito público. A moderação deve assumir-se como mediadora também, e não limitar-se a beatificamente encerrar tópicos e a desejar e recomendar que para o futuro os comportamentos se alterem. Tem mesmo ( a bem da dignidade do forum e do autocaravanismo) que eliminar o passado que esteja na causa de vários afastamentos além do meu. E que evita que outras pessoas de bem se aproximem e contribuam para o forum.

abraço amigo, companheiro e fraterno pela sua perspicácia e elevação intelectual.

Decarvalho




terça-feira, março 22, 2011

MAis um atractivo para os autocaravanistas itinerantes na zona de Penacova....de 8 a 10 de Abril.



Inauguração de um local Portugal Tradicional, na Serra da Atalhada, da responsabilidade do GSSDCR de Miro www.gssdcrmiro.pt

Este local tem a sua história intimamente ligada à moagem dos cereais.

No alto da serra podemos vislumbrar uma paisagem deslumbrante e contactar com um património construído, ao longo de gerações, para a utilização da energia do vento na moagem dos cereais. Aos dias de hoje chegaram um conjunto de vinte e três moinhos.

A este cenário junta-se o restaurante “Pedra do Moinho” que presenteia os visitantes com pratos recheados de tradição.

Para a inauguração do Local PT, nos dias 8, 9 e 10 de Abril, em conjunto com o GSSDCR de Miro elaborámos o seguinte programa:

Dia 8 – sexta-feira 18h00 – recepção e estacionamento
Jantar na Ac ou no restaurante segundo a vontade e a disponibilidade de cada um.
Dia 9 – sábado 9h30 – Alvorada
10h00 – Grupo 1 visita guiada ao local
10h00 – Grupo 2 saída para os fornos a fim de cozer a broa (ver e fazer a broa – amassar a farinha, aquecer o forno, meter a broa no forno e depois tirar a broa do forno.

13h00 – Almoço no restaurante “Pedra do Moinho”
Ementa: Sopa à Lavrador, Broa quente, Sardinha assada, Peixe do Rio frito, Febras grelhadas, água, sumos, vinho e café.
15h00 – Grupo 1 saída para os fornos a fim de cozer a broa (ver e fazer a broa – amassar a farinha, aquecer o forno, meter a broa no forno e depois tirar a broa do forno.
15h00 – Grupo 2 visita guiada ao local
20h00 – Jantar livre
21h30 – Baile Tradicional e Karaoke no Bar “Pedra do Moinho” ( os mais “artistas podem participar com o seu instrumento). Só acaba quando todos estiverem cansados.

Dia 10 – domingo
9h30 – Alvorada
10h00 – Caminhada na “Rota do Moleiro” na Serra da Atalhada acompanhada pelo grupo de Escoteiros.
12h30 – Almoço Livre e despedidas

Para recordar todos os participantes levarão um saco personalizado de farinha feita, no moinho de vento, durante a estadia

Custos de participação:
Crianças até aos 7 anos – grátis
Crianças dos 7 aos 12 anos – 7 euros
Adultos – 10 euros
Estão incluídas as actividades e o almoço de sábado

Para participar é necessário uma inscrição validada com o respectivo pagamento.
Para o fazer pode realizar a transferência para o NIB – 003505940002605423050 e fazer chegar o respectivo comprovativo através do email- ctserradaatalhada@hotmail.com


Para mais informação – Telef. 239 476 182 239 476 182 ou telem. – 96 905 9240 96 905 9240


Prazo de inscrição – 5 de Abril de 2011


Coodernadas do local – 40º 15’ 28’’ N 08º 13’ 38’’ W

Serra da Atalhada, Friumes, Penacova
________________


WWW.tradicional.campingcarportugal.com

sexta-feira, março 18, 2011

Familia Estrela adere ao CAB...e apresenta projecto de vaigem de AC ate ao Vietnam passando por Damão!

PORTUGAL,ESPANHA,FRANÇA,ITÁLIA,GRÉCIA,TURQUIA,IRÃO,PAQUISTÃO,INDIA,MALÁSIA,TAILÂNDIA,
MYANMAR,LAOS,VIETNAM,CAMBODJA E SINGAPURA,ou seja, 16 países muito diferentes entre si;

por isso digo que VAMOS A VER SE VAMOS VER :

* os mercados típicos de ISTANBUL,os seus cheiros e cores,especialmente o GRANDE BAZAR
* o histórico MONTE ARARAT – TURQUIA
* o esplendor único de ESFAHAN – IRÃO
* a grandeosidade das ruínas de PERSÉPOLIS – IRÃO
* a simpatia do povo iraniano e os amigos que fizemos nesse país.
* os ímpares desertos do IRÃO
* a imponente mesquita BADSHAHI em LAHORE-PAQUISTÃO
* o coração ”aos saltos” até sairmos do PAQUISTÃO…
* o templo mais sagrado para os sikhs : GOLDEN TEMPLE em AMRITSAR – INDIA
* a incrível confusão que deve ser conduzir na INDIA
* o que significa atravessar parte de um dos desertos mais áridos deste planeta….O DESERTO DE THAR – INDIA
* uma das 7 maravilhas do mundo,o famosíssimo TAJ MAHAL – INDIA
* as cidades coloridas na INDIA : JAIPUR (pink city) , JODHPUR (blue city) , JAISALMER (yellow city)
* aquela maravilha única chamada LAKE PALACE em UDAIPUR – INDIA
* os barulhos e confusão de MUMBAI-INDIA , os seus cheiros e coloridos.
* inconfundível gastronomia indiana
* os elegantérrimos hotéis,monumentos e palácios de NEW DELHI – INDIA
* o antigo forte português de DAMÃO
* os famosos templos de MODHERA,as mesquitas de AHMEDABAD,o forte de CHITRADURGA,a parte velha de CHENNAI,a catedral de BANGALORE,o célebre palácio de MYSORE,as mais que paradisíacas praias de GOA,etc : por estas e por outras é que iremos ficar 58 dias na INDIA…….
* as famosas TORRES PETRONA em KUALA LUMPUR – MALÁSIA
* a ex-praça portuguesa de MALACA – MALÁSIA
* a sofisticada gastronomia malaia
* as calmas e limpíssimas praias da MALÁSIA : PULAU PANGKOR,PULAU BESAR,PENANG,PORT DICKSON,PULAU LANGKAWI,etc,etc
* o bulício,colorido e exotismo de BANGKOK – TAILÂNDIA , paraíso de compras e de bons restaurantes…..
* as incríveis praias da TAILÂNDIA tais como PATTAYA,KOH LANTA,SAPHAN NOI,PUKET,PHI PHI,AO TONG YE,CHA AM,KHAO LAK,PAKMENG e tantas outras……..
* uma das várias reservas de elefantes e uma famosa reserva de tigres domesticados por monges budistas…….
* um dos famosos,coloridos e únicos mercados flutuantes nos arredores de BANGKOK
* os muitos templos dourados de BANGKOK
* as extensíssimas plantações típicas na TAILÂNDIA,especialmente de arroz.
* a distinta gastronomia tailandesa com os seus famosos caris adocicados…
* alguns dos cerca de 3000 templos de BAGAN – MYANMAR
* o incrível TEMPLO SCHWEDAGON em YANGON capital de MYANMAR
* segundo dizem, as pessoas mais afáveis do planeta…os naturais da ex-BIRMÂNIA,apesar da ditadura em que vivem…
* toda a beleza de MANDALAY – MYANMAR
* o exotismo de VIENTIANE – LAOS com os seus mercados típicos e as muitas reminiscências francesas
* as belas paisagens de VANG VIENG – LAOS e as suas famosas grutas
* as quase impenetráveis florestas do LAOS
* os lindíssimos pôr-do-sol no RIO MEKONG
* os incríveis passeios de barco pelo RIO MEKONG e as belas cascatas junto a LUANG PRABANG,no norte do LAOS
* a singularidade de HANOI – VIETNAM : os mercados,a catedral,a ópera,os muitos templos e pagodes,os belos museus,os hotéis clássicos dos anos 70,etc
* a deslumbrante paisagem de HALONG BAY ,os passeios de mar num JUNCO-SAMPAN
* a cidade imperial de HUE – VIETNAM
* a distinta gastronomia vietnamita (exceptuando os bichos,tais como cão,etc…) , os seus famosos restaurantes de rua.
* os templos,mercados de rua,pagodes,a sofisticação das avenidas e lojas,etc de HOH CHI MINH CITY (SAIGON) – VIETNAM
* os túneis de VINH MOC e de CU CHI ,relíquias da guerra americana-vietnamita.
* os famosos mercados flutuantes de CAN THO e CAI RANG – VIETNAM
* a célebre zona desmilitarizada ( DMZ )
* as grutas de PHONG NHA – VIETNAM
* as famosas e exóticas praias do VIETNAM : NHA TRANG,MUI NE,DOC LET,HON HONG,CUA DAI,LANG CO,CHINA BEACH,HOI HAN,etc,etc(nunca falharíamos…)
* o célebre PALÁCIO REAL de PHNOM PENH – CAMBODJA
* o riquíssimo PAGODE DE PRATA , igualmente na capital
* uma das maiores maravilhas do mundo : o famoso complexo de TEMPLOS DE ANGKOR , nos arredores de SIEM REAP
* o exotismo de BATTAMBANG – CAMBODJA
* as aldeias flutuantes de TONLE SAP – CAMBODJA
* onde se diz que há o melhor marisco do mundo : KAMPOT-KEP – CAMBODJA
* os melhores e mais sofisticados centros comerciais deste planeta : SINGAPURA- – - – o paraíso das compras !
* a piscina mais alta do mundo : num terraço no 57º andar com uma vista fabulosa sobre SINGAPURA (quero lá tomar banho…)

AINDA VAMOS A VER SE VAMOS VER :

* a dor de cabeça que vai ser trazer de volta a PORTUGAL a ”estrelinha” , por via marítima- – - – - – - – - -e se possível inteira !!!
* as centenas de vezes que teremos de mostrar os nossos passaportes…
* as dezenas de vezes que teremos de trocar dinheiro…
* as incontáveis vezes que seremos mandados parar pela polícia…
* as infinitas vezes que nada compreenderemos quando falam connosco…
* as vezes que nos baterão à porta da AC a meio da noite…
* as centenas de vezes que nos tentarão enganar,tomando-nos por pacóvios…
* os milhares de preços que teremos de regatear…
* as incontáveis quantidades de ”papelada” que teremos de preencher nas fronteiras,muitas vezes sem as compreendermos bem…
* as muitas vezes que ”rezaremos” para que não tenhamos qualquer falha mecânica ou eléctrica na AC…
* a ansiedade com que ficaremos quando embarcarmos , por duas vezes, a ”estrelinha” por via marítima…
* as muitas vezes que as autoridades nos tentarão extorquir dinheiro…
* a quantidade de vezes que o nome RONALDO é mencionado…
* as centenas de vezes que nos pedem um souvenir de PORTUGAL…
* as muito diferentes temperaturas que iremos suportar…
* as muitas vezes que vamos sentir a falta de ………………secretos de porco preto grelhados,carne de porco à alentejana,bacalhau com natas,bife de vitela à portuguesa,bacalhau à brás,presunto de chaves,pastéis de nata de belém,duchaises ‘à maneira’,e por aí adiante !
* as muitas vezes que iremos olhar para um menu como…”boi olha para palácio”…
* as centenas de horas que iremos estar na internet para actualizar o site escrevendo posts….
* as muitas horas que iremos gastar para guardar fotos e vídeos da viagem…
* os milhares de vezes que pensaremos na nossa família,nos nossos amigos,na nossa quinta e nos nossos animais…

ETC,ETC,ETC,ETC,ETC,ETC,ETC,ETC

Vamos contactar durante vários meses com povos de credos muito diferentes : iremos visitar muitos TEMPLOS : CATÓLICOS,ISLÂMICOS,HINDUS E BUDISTAS ; iremos provar COMIDAS extremamente distintas com sabores ,cheiros e texturas a que não estamos habituados,mas no final ficaremos muito mais ”ricos” culturalmente; iremos ver milhares de ROSTOS diferentes dos que estamos habituados a ver; iremos seguramente presenciar muitas situações de grande HUMOR; iremos ser a curiosidade de milhares de pessoas,iremos vezes sem fim tentar explicar onde fica o nosso pequeno país,iremos responder vezes sem conta que NÃO ,NÃO TEMOS MEDO DE SERMOS SÓ 2 A VIAJAR SÓS. Iremos de certeza passar por vários sustos,percalços e surpresas,próprios de quem se aventura por paragens tão longínquas por si só,,mas no final tudo se resolverá e voltaremos não só mais engrandecidos e felizes com esta aventura,mas sobretudo desejosos de……………………começar a preparar a próxima !!!

ESTA ???? ESTA ESTÁ QUASE A COMEÇAR…………….


sábado, março 12, 2011

Primavera? Cuidado com o degelo, com as chuvas, com neve ou gelo, com os pneus,com as ultrapassgens, com as curvas

Desatre em França com cinco feridos:
Qu tal não nos aconteça nunca, nem aos nossos!
Precaução na condução defensiva, mesmo defensiva!

terça-feira, março 08, 2011

She and Me em autocaravana, de Alenquer a Paris e volta em Fevereiro de 2011

(Semovente em Bray-S/-Seine, area Ac com estaçao de serviço)

She and Me em autocaravana, de Alenquer a Paris e volta em Fevereiro de 2011

Antes de mais a resposta a pergunta iminente!

Porquê em pleno inverno, no final do mês de Fevereiro uma deslocação de autocaravana a Paris? A resposta é simples: Por motivo de uma reunião profissional, em que foi possível reconverter os respectivos custos em gasóleo e outras despesas da viagem rodoviária, optou-se pela junção de uns curtos dias de férias para se juntar o útil ao agradável sem grande sobrecarga orçamental. Claro, somos (She and Me) autocaravanistas por razão e por emoção.

Dia 1, domingo, etapa Alenquer - Saint Jean de Luz.

Na véspera tinha decorrido com grande interesse a tertulia 1 café e 1 autocaravana, com janta ad hoc organizada pelas co-pilotos, e depois no bar, baladas à viola, que quem canta encanta. Eram entretanto minutos antes das 8h de domingo 20 de Fevereiro. Alguns já com invasões luminosas escassas, por entre frinchas de cortinados. Tempo de levantar e olhar pela janela levantada a persiana. Um mar, um lago de névoa espessa cobria a meia encosta e todo o vale de Pancas. Nem se via a contra encosta.


Bonito.

Arrumos, abluções matinais, café no gás, torrada. Depois dessa ordem, saltar fora do habitáculo, desligar a electricidade, e dar a chave. O motor pegou logo, e autocaravana arrancou, da plataforma, desceu a encosta do Alenquer Camping e, portões abertos, saiu-se para a estrada. Rumo a A1, e depois A23, paragem breve de entretanto para café e jornais, e ao fim de um terno e horas e pouco, fronteira imaginária cruzada e caminho adelante.

A primeira paragem foi para repor gasóleo. Preço 1,242 euro-pesetas, (média, pouco mais de 12L/100Km) e a seguir, pelo meridiano de Simancas almoço para dois a 23.10…com entradas, prato principal, vinho, sobremesa e café. Próprio para camionistas e autocaravanistas. Tempo escurecido de luto aligeirado, só levantado com tons claros depois de Burgos.

Depois nada a assinalar, pois foi sempre a seguir a 120/130Km/H, pelas auto-estradas e auto-pistas, pagas ou não pagas, até a fronteira outra vez só perceptível pela portagem de entrada em euro-francos. 10h após a saída de Alenquer (incluindo dois abastecimentos de gasóleo, o segundo a 1,246 €/litro, e almoço) estávamos a entrar no parque de estacionamento exclusivo de AC, em ST. Jean de Luz. Claro, devidamente sinalizado, identificado e regulamentado com duração limitada a 48h de estadia. Coisa inconcebível para alguns autocaravanistas portugueses (ainda).

Havia lugares livres. E lá ficámos, mais uma vez gratos à Municipalidade, que assim atrai todo o ano turistas de autocaravana em espaço próprio em cima da ponte e junto à estação de comboios. Resta dizer, gratuitamente e ainda com acesso à estação de serviço. Desta vez, almoço tinha sido fora, jantar então in house, depois de longo passeio pedestre, antes e depois. Pelo passeio marítimo, pela Igreja, pela esplanada e pérgola do Casino, pelas lojas ainda abertas e em saldos. Antes da deita, lançamento de notas ao moleskine, leitura de jornais e contabilidade das AC não francesas: 1 suíça, 1 sueca, 2 belgas e a nossa PT.

Fica aqui mais um alerta aos autocaravanistas portugueses que insistem que não é preciso nem legislação nem sinaliazação para o autocaravanismo: Ponham os olhos, a cabeça e o coração nos sinais que se reproduzem. Será um acto de inteligência defender a sua introdução em Portugal, e uam resilência terceiro mundista continuar obstinadamente a negar o óbvio da sua vantagem e necessidade social, no quadro de um Estado-.membro da UE!


Dia 2, segunda, etapa Saint Jean de Luz – Sarlat

O despertador cedo, foi a chuva fustigante às 6.30h locais, mais uma hora que em Portugal, e por isso, regresso a vale de lençóis polares, e até às 8h a chuva não mais afugentou Morfeu. Então depois do ritual matutino incursão à fronteira espanhola, a sul para localizar as grutas míticas de Zagarramurdi próximas de Sare.

Seguiu-se o caminho sereno em ritmo de passeio e económico, isto é…com o conta RPM sempre a rasar as 1.800, velocidade ao nível dos 90Km/h máximo, o que permite um consumo final ligeiramente inferior aos 10.5L/100km para o motor Renault 3000 da Semovente Knaus 700UFB.

A Rota levou-nos sempre pelas nacionais, e por vezes departamentais, e municipais para Dax, e Mont Marsans. O Almoço foi num restaurante do tipo Routier (sempre é mais elegante do que dizer camionistas). Os dois 29€. O menu incluiu sopa, entradas buffet, prato principal, vinho, sobremesa e café. Ambiente familiar sob o comando da patrone estilo matrona, que fazia as contas ao bar e aceitava cartão de crédito.

A seguir à procura do Castelo e burgo de Bonaguil. Sempre debaixo de chuva, sempre sob céu fechado em abóbada cinza escuríssima. Por isso as fotos reflectem alguma falta de majestade que porém se compensa com o link oficial:


Depois de breve paragem para algumas fotos (o Castelo encerrava portas as 16h, e já eram) o destino e rumo foi fixado para Sarlat-la-Caneda, entre outros motivos pelo seu encanto medievo bem nosso conhecido, e porque dispunha de uma área de estacionamento a 10 minutos do centro, vedada e paga (5€ por 24h) e ainda com serviços de água e despejos. Fácil de localizar pois fica na via principal, e ao lado do cemitério com identificação de sinalização e que consta em todos os guias de áreas de serviço em França.

Lá seguimos, agradados e nada constrangidos por estarmos a ser remetidos para um parque de autocaravanas, solução que em Portugal é estigmatizada e por vezes parece inaceitável para alguns fundamentalistas das autocaravanas (não confundir com autocaravanistas responsáveis). Por lá pernoitaram mais quatro AC. Antes e depois de jantar foi tempo de fazer footing pela Rua Gambetta (fechada automóveis em dias de feira), e passear pelo casco do quarteirão medieval. Jantar frugal na semovente, e continuação de leituras de jornais precederam o sono reparador embalado pela chuva.

Dia 3, terça feira, etapa Sarlat- Bourges

Novamente acordar, agora já pelo relógio biológico automaticamente regulado às 8h. pela janela tempo cinza, e a visão estimulante da boulangerie aberta. Fui-me aos croissants fresquíssimos e à baguette da ordem. Pequeno-almoço pois com o novo rito francês. Mapas espalhados na mesa e esmiuçada a rota para norte rumo final a Paris por caminho e localidades que não se conhecessem. Ponto de ordem, chegar a Paris pela hora de almoço de 5F a tempo das obrigações profissionais de 6F.

Então… optou-se por Lascaux, no GPS com referência a Montignac, depois Uzerche.. depois Planalto das 1000 vacas, Lago de Vassiviére, Aubusson, e Bourges, tudo já pensado em casa antes da partida.

Assim foi, primeira paragem para as grutas de Lascaux… mas estas só abriam as 11h, pelo que as fotos são dos exteriores… Mais tempo então para Uzerche, Medieval e imponente. Foi muito fácil o estacionamento para a visita, na descida sobranceira ao rio. Vale a pena. Valem as fotos como cartão de visita…a Abadia é imponente, curiosa a torre do Príncipe Negro do século XII, as ameias, as escadarias, as ruelas e a ambiência.

Depois o GPS pregou uma partida com um bem imaginativo percurso através de estreitas estradas florestais que nos levaram a um itinerário ecológico inesperado. Perdemos de vista a RN 120 e a RN 89, Tulle e Meymac, e acabámos por ter o apetite aberto às escancaras, quando avistámos o Relais Saint-Jacques em Gimel-Les-Cascades, depois de Angles, capital do nada em nenhures, quase no centro da França! Almoço Q.B. por 28€ para a equipagem.


Retomamos o caminho pelo maciço central. Atravessámos o plateau das Mil Vaches (e algumas posaram para a foto, da raça Limousin) e circundámos a margem sul do Lago de Vassiviére, integrado no respectivo parque natural, verdade seja dita, com escassa chuva e ausência total de trânsito.

Finalmente Aubusson, capital da tapeçaria! Estacionamento muito fácil ao pé do Museu, amplo parque fronteiro ao rio. Mas mais uma vez o objectivo turístico e cultural fiou por atingir completamente, pois era dia de fecho semanal! Pouco mais do que um azulejo de Lurçat ficou nas fotos, e a imagem de um tear tradicional.

Bourges pois era o destino da etapa. Ver tudo em: http://www.ville-bourges.fr/  

Chegados a Bourges, (fizemos grande parte do caminho em auto-estrada nova e paga) era já noite e sem problema chegámos ao estacionamento das AC, junto ao estádio, pernoita com serviço gratuito. A cerca de 10m do centro, lá fomos ao habitual percurso de reconhecimento sob alguma friagem, percorrer os arredores da imponente catedral e ruas de comércio de portas fechadas. Jantar na semovente uma excelente sopa de peixe comprada entretanto em supermercado de caminho, e mais outras iguarias.

Dia 4, quarta-feira, etapa Bourges - Bray-s/-Seine

Pontuais, as 8h despertar, pontual também, ao nosso reencontro o Sol enfarruscado e embutido em nuvens pretas e consistentes, qual burka islâmica. Tempo para com calma seguir os rituais matinais incluindo da semovente com toilette nova completa, cassete, aguas cinzentas fora e aguas limpas novas.


O caminho que nos esperava estava bordado a geada branca. E mais uma vez, consultados os guias, um dos objectivos ficou adiado pois só abre portas em Março. Era o Museu da Sorcelerie. Parámos pois em Sancerre, embora sem lhe reconhecer grande interesse. Mais simpático foi o caminho ladeado pelos canais do Loire, e do próprio Loire. Tempo de reabastecer de gasóleo, no hyper Auchan preço por litro 2,95€, embora já tivesse passado por bombas da marca ELF (amarelas) com preços inferiores ao do supermercado. Mas a viagem não teve grande história (não, não fica para a historieta do autocaravanismo) sendo de salientar todavia a beleza paisagística. Parou-se então em Montargis com facilidade, e onde a pé cruzamos algumas da suas pontes, e pouco depois seguiu-se um almoço no Flunch do Leclerc, em self service, com uns mexilhões que não deixaram saudades. Preço frugal de 18.60€.

Paragens seguintes por Nemours, bonita a catedral ao pé do rio, e Fontainebleau! Aqui tivemos a sorte dos audazes… depois de passarmos como 7,14M da semovente frente ao Palácio, demos meia volta onde foi possível, e no regresso, mesmo em frente do dito não era que havia entretanto, um estacionamento acabado de se libertar de ocupantes? E com entrada sem manobras? Nem de câmara de recuo, nem de gesticulações da co-piloto?! Moedinha no poste come níqueis do estacionamento, e ala que se faz tarde… pelos jardins adentro, pelos pátios reais, pela loja dos souvenirs, pelo lago… Tudo imponente tudo de dourados resplandecentes!

O dia terminou sempre debaixo de chuva numa área para autocaravanas mais uma vez dotada de estação de serviço, não vedada, gratuita e que consta de todo os guias de autocaravanismo. Fica frente ao rio em Bray-s/-Seine, um pequeno porto fluvial mesmo ao lado de uma pequena mas simpática povoação com comércio diversificado. Desta vez dormimos sem companhia de outros autocaravanistas, mas em completa segurança. Um bom poiso para quem queira parar antes de Paris! Jantar na semovente, como habitual passeio digestivo antes de novas leituras a preceder a deita.

5º dia, quinta-feira, etapa Bray-Paris

Movimento no porto com cargas e descargas de granel de areias ajudam a despertar, e a antecipar de meia hora o início da manhã, sob chuva molha tolos. Mapas na mesa outra vez e redefinição de trajectos para Paris…via leste, pela medieval Provins, a 20Km que tem também uma excelente área de serviço de AC, já utilizada em anterior viagem e que merece uma visita ate porque é património mundial classificado pela Unesco: www.provins.net

Ora depois de Provins seguiu-se o caminho para ocidente para visitar Vaux le Vicomte, o Palácio de Fouquet, Ministro das Finanças do século XVII. Porém estava fechado e só abre em Março. Fica pois a foto dos portões fechados e a pista do web site: http://www.vaux-le-vicomte.com/  

Então que nos resta senão rolar para Paris? Embora ainda relativamente cedo pois apanhou-se a rush hour ao longo de horas… de cruzamentos de auto-estradas e de periféricos ate chegar ao Bois de Bologne e ao Camping. De imediato e após o check in, lavagens da semovente e restabelecimento dos níveis de agua… a fim de a deixar aprontada para a viagem de regresso e a seguir o almoço com janelas abertas sob uma claridade solar já esquecida, e quase frente ao Sena.


A opção seguinte foi fazer a mala, e rumar ao Hotel á zona dos Invalides, onde se desenrolava o encontro profissional que foi a razão determinante desta deslocação a Paris. Tudo simples, casaco, gravata de fatiota e os vários etc. sem esquecer o portátil e a documentação e lá fomos primeiro no bus 244, depois no Metro. Aqui uma surpresa…a inovação da existência de barreiras de vidro nas estações a entrada das composições que só se abrem em simultâneo com a abertura das portas do Metro. Para quê? Para evitar suicídios, acidentes e até roubos por esticão? O certo é que tal sistema já começou a espalhar-se pró varais redes de Metro.

Ora bem. Chegados ao Hotel (mais uma heresia para os fundamentalistas das autocaravanas) foi tempo de preparar uma visita pedestre aos locais de eleição da cidade da Luz, ali a uma distância pedestre…a Ponte Alexandre III, o Grande e o Petit Palais, os Campos Elísios, a Concorde com a sua nova Roda Gigante, a praça Vendôme, a Rua Rivoli, a vista para as Tulherias, a Opera, a antiga praça Mercado de St. Honoré, agora com um elegante edifício de vidro, enfim a praça da estátua Joana D´Arc, belíssima com o seu recém restauro dourado a folha de ouro. No fim uma tosta e um café numa esplanada a ver o Mundo circular em forma bípede, antes do regresso pelo Palácio Bourbon.

Jantar com amigos, o casal luso-francês Antonio e Marie Anne depois de um aperitivo chez eux de flute de champagne e a troca de presentes, tinto de Alenquer DOC, e conservas portuguesas retro, por queijos franceses afinados pela casa Cantin, e a matar saudades de conversas antigas e do quotidiano em que a Líbia dominava as atenções e as manifestações de rua, mesmo junto a Assembleia Nacional. O local da refeição foi uma brasserie de referência do 7éme, o Terrasse, quase sob a torre Eiffel opulentamente iluminada, onde se acabou na esplanada aquecida com ar condicionado de aquecimento, no exterior. Excelente fim de viagem, de dia e de vivências e convívio. A noite no Hotel chegou com a televisão ligada, a dar continuamente notícias do Magreb em convulsão em todos os canais.

6º dia, Sexta-feira, etapa fixa de Paris


Acordar no Hotel, leitura e resposta a emails mais urgentes, petit dejeuner decroissants, pain au chocolat e os etc. da ordem. Depois cada um para seu lado. She, Co-piloto ao turismo cultural e ao shooping, e Me, o condutor de semovente passa a encarnar outro personagem, de gravata, pasta de documentos e expressão bilingue durante uma reunião de dia inteiro que não cabe aqui referir.

She and Me só se reencontram ao fim do dia, para um jantar com familiares. Local escolhido por quem vive em Paris, o Restaurant Chez Francoise, ali mesmo debaixo da Gare des Invalides. Local aprazível e ponto de encontro habitual de parlamentares, deputados e senadores, pessoal politico , Ministros e assessores, jornalistas e tutti il mondo. Este restaurante até tem um privado com uma porta sempre fechada e a inscrição reservé aux premiers ministres. A gastronomia (menu parlementaire) é de relevo, a qualidade de serviço e decoração também, e os preços a este nível, bem menos especulativos e pretensiosos do que os de Lisboa. Resta acrescentar a excelente ambiência de convívio à mesa no que já começa a ser uma tradição familiar iniciada no ano passado na Coupole em Montparnasse.

Para quem queira fazer uma espreitadela, ela aqui está possível: http://www.chezfrancoise.com/  

7º dia, sábado, etapa Paris - St. Savin

Saída do Hotel de malas aviadas para o pequeno-almoço pelas 8.30h, após uma imprevista irrupção do serviço de quartos não solicitada e que antecipou a alvorada. Lá fora chovia, e o percurso metro até a porte Maillot e depois o bus 244 fez-se a seco e sem pressão por não ser dia de trabalho. Eram pois 10h e já ao volante da semovente, trocado o casaco pela camisola saímos do Camping rumo a sul…só as 13.30h paragem no Auchan de Orleans para compras menores e almoço na autocaravana.

Desfilou a paisagem sempre pelas nacionais: Blois, Amboise, sob céu cinza aberto e o rio Loire ao lado, e depois melhor tempo ainda por Tours, Poitiers e Angoulême aqui com prospecção de local de pernoita junto aos cais do rio, mas que por menos aprazível e isolados, se deixaram para nova tentativa de experiência lá mais para o verão. Boa oportunidade porém, para atestar gasóleo no Intermarché ao preço convidativo de 1,261. Dos mais baixos nesta viagem, em França.

Pelas 20h parámos em St. Savin, a norte de Bordéus, onde também já anteriormente tínhamos pernoitado. Área municipal completa com estação de serviço e gratuita, bem situada e sinalizada junto a um supermercado Intermarché. O jantar foi na autocaravana e a noite passou se silenciosa na companhia próxima de um casal autocaravanista francês a bordo de uma integral.

8º dia, domingo, etapa St. Savin - Aranda do Douro

Acordámos a hora de Domingo, 9h! Com tempo para prosseguir a descida para casa… e por isso ultimas compras no Intermarché que nesta zona abre ao domingo, o que não acontece por toda a França. O rumo adoptado foi confiar no GPS e aceitar a sua orientação passando a sul de Bordéus. Seguimos pois um itinerário bis, sem pressas em ritmo de passeio, que atravessou as Landes e cruzou Marquéze, que visitámos no ano passado, e nos levou ao Centre Routier de Castets precisamente À hora de almoço, pelas 13h!

Almoço portanto neste excelente restaurante Routier pejado de camiões internacionais no seu parque de estacionamento e com menu completo de 12 euros, tudo incluído…buffet de entradas, prato principal em escolha ampla, com acompanhamentos a seleccionar, vinho a discrição, sobremesa, e queijos, em plateau de 4/5 variedades à vontade.

Coma calma devida a viagem prosseguiu utilizando parcialmente auto-estrada para sair em Bayonne e daí, pelo GPS nos aproximarmos das grutas das bruxas de Zugarramurdi, já em Espanha, Pais basco, Província de Navarra. Por aqui novo atestar de gasóleo para a travessia de Espanha ao preço de 1,245 euros.


Aqui visitou-se o Museu…Museo de las Brujas ou, em basco Sorginen Museoa. Opinião pessoal? Fraco, muito fraco com excesso de filmes (3) excesso de referências concentradas em estreito período histórico e de base regional e com peças museológicas aquém de expectativas. Fica a dúvida de um dia poder comparar com o Museu Francês, único em França em Jonchére a nordeste de Bourges. http://www.musee-sorcellerie.fr/

Na realidade, havendo em Espanha na Galiza uma tradição de Meigas ou Magas, as bruxinhas boas, ou fadas nocturnas, bem seria de esperar algo mais englobante do que aqui se vê. Se vale a visita? Pois talvez sim, pelo parque das grutas adjacente.

Aqui sim, o parque natural tem formações rochosas espectaculares que independentemente de todas as lendas serviu certamente ao longo dos séculos de apoio a fixação humana, ao comércio de contrabandistas, a refúgio de batalhas e de perseguições religiosas ou outras. Paga-se a entrada, (3,5€) e percorre-se a gosto os circuitos demarcados num mapa guia que é distribuído com o bilhete. Em cerca de meia hora fica-se com uma ideia e as fotos adequadas.

Veja-se o link: http://www.turismo.navarra.es/esp/organice-viaje/recurso.aspx?o=4040

O dia de viagem prosseguiu retomando a auto-estrada França –Espanha a boa velocidade até Burgos e depois aqui inflectindo para Aranda do Douro. Entretanto cruzamo-nos com inúmeros limpa neves e na última portagem, inquirido o cobrado ele explicou-se: espera-se neve para esta noite!

Encontra a área de serviço para Autocaravanas não foi à primeira vez! Acredita-se que não existe uma única placa de identificação com a sua sinalização? Acredita-se que as placas que se encontram no local estão todas voltadas para seu interior e portanto invisíveis e ilegíveis por quem passa na estrada? Quase que nos julgávamos em Portugal!

Então aqui ficam as coordenadas:

41º, 66856 – N e 3º, 69539- O

Ou então:

40,º 39,´18, 54´´ N e 4,º 42, 16,70´´ O´

Para lá chegar, a referência é o Hospital de los Reyes, e a estação de Comboios, por detrás de uma nova urbanização. O local tem estação de serviço e espaço suficiente para varais AC. Dormimos lá na companhia de um inglês bisonho que nem pôs o nariz fora da sua autocaravana.

9º dia, segunda –feira, etapa final Aranda do Douro-Alenquer

Acordar debaixo de neve, tudo branco com farrapos a caírem! Depois dos essenciais rituais arrancamos suavemente, por receio do gelo e da neve que embora leve, continuava a cair em flocos e nos acompanhou até Segóvia.



Aqui paramos próximos do aqueduto e toca de subir até à Praça Mayor, à catedral e aos bairros mais antigos, para beber um café quente, que fazia frio. Passeio final sob as arcadas romanas do aqueduto já com o sola romper!

A seguir a Segóvia, apontados para Ávila. Nunca lá tínhamos ido, e por isso esta volta tinha essa justificação e em boa hora foi assim decidida! E recomendamos vivamente este destino turístico cultural a quem nos ler. A viagem agora já se fez sem neve e com sol rompante. Em Ávila circundámos de autocaravana toda a zona de muralhas para depois nos acolhermos a um estacionamento de ocasião (nem proibido, nem pago) junto à porta Sta. Teresa.


O interior, onde circulam ligeiros que não sejam veículos M1, do gabarito das AC, é pejado de edifícios interessantes e históricos em especial a Escola Militar, a Basílica de Sta. Teresa e a Catedral de S. Salvador. Existem inúmeros restaurantes com uma política de preços curiosa. Todos eles têm 3 menus…de 11,90€,d e 18.50€ e de 23,50€, variam, apenas em função da qualidade do prato principal pois todos eles oferecem entradas, pão, vinho, sobremesa. Optamos pelo Los Fogones, que ficou cheio…e onde pagamos pelo menu o valor afixado que com mais IVA deu 25,70€. Qualidade justa, preço decente, satisfação garantida.

Depois foi acelerar um pouco: Plasencia, e as suas longas circulares, o Vale de Jerte e as suas curvas tipo Marão da estrada antiga, Barco de Ávila, a sugerir uma paragem curiosa, que não foi feita, e depois Badajoz, com novo pleno na GLAP de fronteira para atestar de combustível para as próximas voltas e reviravoltas em portugal. De facto, logo após termos entrado no Caia a radio noticiava…a GALP aumentou o preço do gasóleo para 1,402 e nós agora com ele a menos de 1,299 ao longo de toda a viagem?

Enfim, She and Me chegaram a Alenquer pelas 20.30h horas locais. Foi só o tempo de transferir bagagens e trocar de viatura, e quase a tanger as 21,30h já estávamos em São João do Estoril para um jantar ligeiro. Tinham sido 10 noites fora de casa, bem aproveitadas e agora, para se legitimarem com o trabalho a desenvolver até a próxima sortida de semovente!