terça-feira, março 31, 2009

Falsos Autocaravanistas, mas verdadeiros contrabandistas de tabaco



Aconteceu na fronteira francesa,

Guardas fiscais acharam estranho o degrau de uma autocaravana proveniente da Letónia...
desmontado..era tabaco...com destino a Inglaterra, total 150Kg
consultada a Interporl, eram reincidentes
multa, apreeensão da mercadoria etc....


Não é esta a primeira vez, nem será a última, que uma autocaravana, como um camion, ou um automóvel é utilizado como instrumento de crime de tráficos, desta vez de cigarros, outras vezes de droga.

Falsos Autocaravanistas portanto, mas autênticos contrabandistas, que também estacionam ao lado dos auotocaravanistas itinerantes... se abstecem nospostso de combustiveis e usam as respectivas estações de serviço. Estes ficaram mesmo sequestrados, seis meses na prisão!

Ver mais em:

segunda-feira, março 30, 2009

Com ACP: lista de areas de Autocaravanas


O Automovel Clube de Portugal já iniciou
os testes da sua pagina web de autocaravanismo!

Está já na net a divulgação pelo ACP, na sua pagina de autocaravanismo do meritório trabalho do CAS, Clube de Autocaravanistas Saloio, com a listagem das areas de serviço para autocaravanas.

A Newsletter congratula-se naturalmente, com o reconhecimento do trabalho do CAS, e também com mais este passo dado pelo ACP, Automóvel Clube de Portugal, que conta com um significativo número de sócios autocaravanistas, e que se tem vindo a integrar no Movimento do Autocaravanismo.
Trata-se de mais uma pedra branca no movimento dos autocaravanistas portugueses, socios ou não sócios do ACP, nacionais ou estrangeiros, que assim ficam com acesso a uma informação útil. Estes avanços do movimento dos autocaravanistas, sem perda de tempo com misérias alheias do bota abaixo oportunista, tem sido possível porque o MIDAP, e os elementos que o apoiam, têm sabido encontrar interlocutores de nível, que lhes reconhecem representatividade, e acima de tudo credibilidade, bem como atribuem ao autocaravanismo itinerante a relevância turística de interesse nacional, que anteriormente nunca tinha sido reclamada.



Lista de áreas para autocaravanas no ACP

sábado, março 28, 2009

Mais duas boas notícias do movimento autocaravanista ....em marcha!

O movimento dos autocaravanistas
prossegue na sua pluralidade saudável, e continua a evidenciar constantemente, a sua pujança, e a consolidação da sua identidade, através de crescentes números de pessoas de bem que dão a esta causa, o seu apoio desinteressado, altruísta e voluntário por uma nobre causa de turismo, lazer e cultura.

Com serenidade, traquilidade e preserverança.

Como é evidente, não são as instituições que representam os homens. São os Homens que representam outros homens, haja ou não instituições. Aqueles, os representantes, legitimados pela sua actividade de interesse e serviço público e prestação de contas, e pelo consenso de assim serem reconhecidos, seja por eleições, ou por outras formas socialmente aceites de designação, como são a cooptação e o consenso.

Quem de certeza não representa os Homens, nem tem qualquer representatividade para questionar, senão o próprio ego, são os miseráveis que desenvolvem comportamentos anti-sociais, e se excluem do convívio em sociedade, e que no seu bota-abaixo falam sozinhos como autistas, perante espelhos que lhe reproduzem os gestos inconsequentes.

O movimento autocaravanista tem vindo a conhecer cada vez mais evidências de tomada de consciência pelo autocaravanismo, não apenas sobre os veículos, a problemática das autocaravanas e os estacionamentos, nem sobre questiúnculas entre autocaravanistas provocadas por quem não cresceu até ser Homem. Assim, multiplicam-se construtivamente, os blogs, as iniciativas e as realizações quer por parte da sociedade civil, quer por parte das autoridades públicas.

O movimento dos autocaravanistas atingiu a sua maioridade, está pois em marcha: ordeira, consciente, cooperante e sistemática. Sem papas, sem papões, sem papás.

Dois exemplos recentes ficam aqui registados, entre muitos:
- o gesto eco-solidario de S. Pedro do Sul
- a reunião do MIDAP na CM de Palmela

Gesto Eco-solidário

Na 6ª feira, dia 27de Março, a partir das 14h30m –
Acolhimento no Largo da Feira que fica no fim da AV. Conselheiro José Vaz, S. Pedro do Sul. Coordenadas 40º 45’ 50’’ N 08º 03’ 51’’ W
Enquanto aguardamos a chegada de todos haverá animação musical e a Estação de Artes e Sabores encontrar-se-á aberta e à nossa disposição.
No Sábado, dia 28 Das 10 às 12h – Jogos tradicionais e para os amantes da caminhada, na companhia de guias, iremos descobrir recantos de S. Pedro incluindo alguns locais aconselhados para estacionamento e pernoita dentro da vila.
Das 12 às 14h 30 – Almoço livre
Às 15h – Partida de autocarro para as Termas Ás 15h 30 –

Inauguração da Estação de Serviço ao que se segue a visita guiada ao complexo termal Às 19h30 – Jantar no Hotel Rural "Sollar do Banho" situado à beira rio e tem como origem uma das primeiras casas a hospedar pessoas enquanto faziam os seus tratamentos termais.
Após o jantar segue-se um período de animação com música ao vivo Um autocarro estará ao nosso dispor para nos transportar de regresso à medida que o cansaço o for aconselhando.
Dia 29 Às 9h 30 – Partida para S. Macário. Plantação simbólica de árvores e visita às que desde 2006 aí temos vindo a plantar. Realização de fotos para mais tarde recordar.
Por volta do meio-dia - Almoço Convívio “Sopa de S. Macário” Para esta “sopa” solicitamos que cada participante traga da sua região cerca de 100gr de carne ou enchidos. Antes da partida de S. Pedro do Sul haverá uma equipa de cozinheiros que irão recolher as carnes e as levam para cima começando aí a sua tarefa de fazer a “sopa” para que esta esteja pronta assim que terminarmos a plantação. Esta “sopa” é sempre diferente, pois é feita a partir de quem participa e dos seus sabores de origem. Os talheres e as bebidas são as que cada um traz no seu “hotel”.
Nota: caso o tempo não permita a feitura da “sopa” no Monte de S. Macário, há lugar alternativo para onde nos deslocaremos após a plantação das árvores.
As inscrições continuam a ser feitas para turismo@cm-spsul.pt fornecendo: - Nome - Matrícula da AC - Número de pessoas Aqui convém descriminar se são: Crianças- 0 aos 5 anos Jovens- 5 aos 12 anos Adultos- a partir dos 12 anos Mais informações pelo telef.232728330


Reunião do MIDAP na CM de Palmela

No seguimento do interesse demonstrado pela Presidente da CM de Palmela, após um primeiro contacto, reuniu em 18 de Março uma representação do MIDAP com dois técnicos superiores dos serviços municipais de turismo, durante uma longa sessão de trabalho, muito produtiva para o movimento do autocaravanismo itinerante, e também para os interesses municipais em presença.

Em resultado desta reunião, os técnicos da CM vão reportar as suas propostas à Presidência da CM, designadamente quanto ao numero de lugares de estacionamento adequados ao gabarito das autocaravanas, mas de forma dispersa, e evitando-se concentrações numerosas. Igualmente vai ser equacionada a questão das estações de serviço para autocaravanas, e feito o levantamento das actuais estações de combustível do concelho, e de sanitários públicos susceptíveis de serem utilizados pelos autocaravanistas.

Os técnicos da CM estão cientes que a ausência do pictograma no código da estrada, identificando as autocaravanas, constitui uma dificuldade para a sua utilização como sinal de trânsito reservando legalmente os lugares a disponibilizar exclusivamente para autocaravanas, pois a simples sinalética informativa municipal, sempre possível, não tem valor legal para impedir que estes lugares sejam utilizados por outros veículos. Durante a reunião ficou claramente evidenciado o conhecimento dos técnicos municipais da diferença entre turismo tipo touring de autocaravana, ou autocaravanismo itinerante, e o uso de parques de campismo por autocaravanistas.

Assim, foi sem qualquer dificuldade definido o interesse dos estacionamentos e estações de serviço para autocaravanas, sublinhando-se nada a terem a ver com a legislação de campismo, nomeadamente com a portaria que criou recentemente os parques para campismo com autocaravanas, como aliás é entendimento já unânime entre toda a opinião pública esclarecida.

O MIDAP prossegue assim de forma pro-activa, serena e tranquilamente, a sua missão altruísta de interesse público que lhe é constantemente reconhecida como representativa dos autênticos interesses credíveis dos autocaravanistas, por quem de direito, e aos mais vários níveis.

Na realidade, tem sido a forma objectiva e transparente de actuação pública do MIDAP no seio do movimento dos autocaravanistas, que tem permitido, ainda antes da época alta deste ano e do período eleitoral que se avizinha, levar ao conhecimento das autoridades com capacidade de decisão, a informação fundamentada para que possam ser tomadas as medidas necessárias, e atempadamente.

Deste modo, o MIDAP sugere a todos os autocaravanistas de boa vontade e com elevados sentimentos cívicos e de responsabilidade social, que contribuam com as suas sugestões e apoio para o desenvolvimento das iniciativas de apoio ao autocaravanismo, que se revelem de interesse nacional, regional ou local, e que o MIDAP isoladamente -ou em cooperação com outras entidades deste sector dará o seguimento adequado com uma legitima firmeza de propósitos.

sexta-feira, março 27, 2009

Autocaravaneando até Paris pela Bretanha (IX) Biarritz-São João do Estoril

De Biarritz-Anglet a São João do Estoril
15 de Março, domingo

Como habitualmente despertar em dois tempos. As 6h e depois de uma recarga de baterias, o levantar definitivo as 7.30h. No chão exterior a molha ligeira da chuva suave. Nuvens acinzentam o céu. Por nós tudo bem, é dia da ultima tirada e de regresso a casa distante mais de 1000Km.

Depois do pequeno-almoço as roupas e pertences a arrumar foram enfiados em sacos. Nessa noite com toda a probabilidade já não seria a AC o nosso tecto.

E assim já com a luz avisadora do depósito de gasóleo acesa, retomamos a auto-estrada rumo a Irun, e logo no primeiro posto de combustíveis foi o pleno atestado. Nada de grandes poupanças 0.839 em Espanha em vez de 0, 899 em França, mas como o depósito encheu 95,8 litros….é fazer as contas à poupança!

A seguir tomamos a auto-estrada para Burgos pela via paga por Bilbao, em vez do habitual caminho que preferimos por Vitória. Mas foi para mudar de paisagens e actualizar o conhecimento directo do traçado da estrada. Não vale a pena, reconfirma-se: são mais 15 euros de portagens injustificadas, embora em termos de segurança tenha troços preferíveis, mais largos com menos trânsito de pesados.

E prosseguimos deslizando na auto-estrada. Transito escasso de domingo, temperatura boa para viajar, céu sereno e luminoso o bastante. A semovente, muito confortável e pouco ruidosa, quando menos se queria, embalava e chegava aos 130 sem esforço nem demora, e se mais distraído, ultrapassava os 135k/h sem se querer. Sempre de olho no velocímetro portanto pois o limite é de 120 (em geral) e nada apetecia encontra uma patrulha da Guardia diligente e de radar em punho.

Nada de mal aconteceu, e após raras ultrapassagens, sempre em declive para oeste e para o Mar, chegamos a Tordesilhas antes das 13.30h. Tempo de almoço e de distender pernas. Estacionamento fácil na descida após o centro urbano à direita ao pé dos Bus de turismo. Depois a pé até à Praça Mayor para o sol e esplanadas cheias…e logo ali a decisão: sentados a espera de pedir um almoço. Mas qual quê! Não eram las duas de la tarde! Solo tapas!

Ainda hesitei, mas o impulso foi continuar o devaneio pedestre, pelas ruelas, pelas igrejas, e já na via principal abancar num bar com comedor e imensos hermanos e hermanas vestidos a preceito da missa de domingo, em alta voz a comer tapas, beber copas de vinho e cañas de cervezas, com crianças a rodopiar à volta das mesas. Um ambiente dantesco. Mas enfim já passava das duas, o empregado era simpático, a fominha apertava e lá vieram as bistecas terneras e as batatas fritas num preço excessivo quando comparado com outras refeições quer em Espanha quer mesmo em França. Foram-se três notas rosas…





Vota à semovente, e rumo a Fuentes de Onoro, para o ultimo pleno de gasóleo a 0.819, mais 60 litros (gastamos pois cerca de 60 litros desde a bomba espanhola da fronteira francesa, ate à bomba espanhola da fronteira portuguesa) …ora é fazer as contas, e à velocidade andada, parece mais do que aceitável a média feita de 10 litros.... com uma capucine teriam sido 12,5/13L no mínimo.

Seguiu-se a descida para Lisboa e paragem nas três estações de combustíveis CEPSA/ELF, para reconfirmar a existência de ilhas com estação de serviço para autocaravanas, assinaladas e com ralo para águas negras, e boca de torneira (sem mangueira, claro).

Chegamos a São João do Estoril pelas 20h, hora portuguesa. Jantar ainda com a família e relato verbal sumário da expedição. Fica de memória e de imagem um postal da Bretanha alusivo ao autocaravanismo, que por lá se faz com simpatia e humor, num evidente convite e recomendação aos leitores desta Newsletter de incluírem essas paragens nos seus projectos de férias, de lazer, ou se tiverem também essa oportunidade, no mix de trabalho e lazer.

Fica o conselho do postal…na Bretanha são precisos 4 limpa parabrisas ( a sul do paralelo de Brest, no inverno, outono e primavera).

Ver texto resumo e de início da viagem em:


http://camping-caravanismo-e-autocaravanismo.blogspot.com/2009/03/vigaem-de-autocravana-ate-paris.html

quinta-feira, março 26, 2009

Autocaravaneando na Primavera 2009 (VIII) de Paris a Biarritz-Anglet

De Paris a Biarritz- Anglet
Sábado dia 14 de Março


VIII dia da deslocação. Tempo de regresso. Primeiro acordar ás 6h, depois o despertar para levantar às 7,20h.Ainda luziam as iluminárias da cidade do lado de lá do Rio. Torradas de baguette, café da manhã, e saída do Camping. Devolução de chave, marcação de código na cancela automática e a caminho do periferique direcção sul. Pouco transito, manhã cinza. Caminho sem história, por estradas nacionais em direcção aos castelos do Loire.

Só parámos em Blois, a pretexto de uma feira e mercado de rua. O primeiro desta viagem que fazem parte do estilo de viagem desde sempre, tal como as moules (mexilhões). Duas ideias de gosto indissociável…e a terceira, a compra e degustação de artichaux (alcachofras) …e a quarta os queijos camembert, e a quinta os patés campagnards e… (fiquemos por aqui).

Paragem da AC no estacionamento possível, junto ao rio Loire, e á saída da cidade, e depois regresso às ruelas centrais do mercado pelo passeio à beira rio. Muita gente, luminosidade simpática, agradável a passeata. Visita a Catedral ST Nicolas, compra de alcachófras grandes e frescas a 1€ a unidade! E fotos.


Depois, rio Loire abaixo sempre pela rota ribeirinha atá Amboise, aqui passagem para a margem direita á procura de um restaurante que teimava em aparecer aberto ao domingo. Finalmente surge o Rustique, alguns Km a seguir a Amboise, para sul, fácil lançar a semovente para a berma, e acorrer ler o menu. 14€ por pessoa, completo. È já!

Imagine-se, a patrone explica-nos já sentados: entradas com 36 variedades em buffer à escolha, prato principal, sobremesa, e queijo com vinho e café à parte…Lá fizemos o sacrifício, mas não contei as variedades escolhidas que incluíram saladas diversas, enchidos diversos, cogumelos, espargos, ovo cozido, e mais acepipes pantagruélicos. Excelente, no final optei pelo queijo e deixei a sobremesa ile flotante, mas não dispensei o extra do café, ficando tudo com 6€ de vinho, por cerca de 35 euritos.

E seguimos viagem. Sempre para sul, com a luminosidade pré primaveril francesa. Sempre pelas nacionais, com curtas excepções de auto-estrada. Entrámos e saímos em Tours, sem parar. Depois em St André de Cubzac, antes de Bordéus paragem técnica num Intermarché, mais uns litros de gasóleo, os suficientes, para chegar dia seguinte até a fronteira e umas ultimas mercas de supermercado.

Cruzamos Bordéus com a noite a cair, e eram já 21h quando na saída 4 da auto-estrada já com bruma e neblina Atlântica entramos para Biarritz Milady, apara área de autocaravanas.

Mas Oh surpresa desagradável…tudo cheio como um ovo, nem um lugarinho, nem de esquina! Inacreditável, a um sábado a noite de Março! Já esfomeados, rumamos então para a alternativa, o Parque dos Corsários em Anglet, especial para autocaravana também…mas Oh surpresa ainda mais desagradável…tudo cheio com uma troupe imensa de gente de circo com atrelados e camiões…só não vimos feras.



Ultima tentativa e de vez: parar no parque seguinte para jantar o da Madrague proibido a autocaravanas. Fomos jantar ao Estanquet, ainda aberto, e com a televisão a dar um inexplicável jogo de râguebi. Pedido de moules esbraseadas. Conta em conta com cerveja 24 euros…

Pergunta sacramental no final.
-Se está cheio o parque dos Corsários podemos dormir aqui no camping-car!
- Mas claro, muitos nosso clientes fazem isso no inverno!
E fizemos o mesmo com mais outra autocaravana e dois campers furgões ditos auto vivendas. Porém houve demasiado movimento de carros durante a noite, por causas a investigar. Porem deu para dormir as ultimas horas em França!
Ver texto resumo e de início da viagem em:

quarta-feira, março 25, 2009

Autocaravaneando na Primavera de 2009 (VII) Paris


PARIS
6F Dia 13 de Março


Dia de trabalho, justificação e pretexto para estar em Paris, a uma sexta-feira treze, uma semana antes do equinócio da Primavera e em autocaravana. Portanto dia de fato e gravata e barba feita. Dia de levara pasta do portátil, com a pen da net móvel e o dossier transparente da documentação relativa à agenda, para as reuniões de dia inteiro. Dia de encontro com outros senhores doutores, e de trabalho bilingue, em francês e inglês, frente aos microfones, no almoço de trabalho, e nas notas dos bastidores, e dos corredores das negociações. Pelo País, por Portugal.

Saída pois a pé e compostíssimo, com a co-piloto vestida para flanar sozinha pela Paris feminina. Apanhar o 244 apinhado de gente para os empregos ainda antes das 9, saída para o Metro da porta Maillot, compra da caderneta de 10 bilhetes, recuperação do recibo, divisão do lote em dois iguais: metade para a madame. Metade para mim. Tomada do Metro e enquanto a co-piloto na sua condição de madame sai em Champs Elysées, eu sigo e mudo de Metro até ao meu destino.



Chego mais do que a tempo, antes das 10h aprazadas. E à entrada aparecem as caras conhecidas de anteriores reuniões do grupo, saem os primeiros bonjours, good mornings e ate mesmo uns guturais guten morgen, e buenos dias sortidos. E pronto, reunião vedada à imprensa e a Newsletter fica de fora ate cerca das 18h, non stop.

Finalmente ufa….missão comprida e cumprida. E Caminho inverso, Metro, mudança de linha, metro, bus 244, a pé até ao camping, beijos na madame, mudar camisola, largar o blazer, e mais roupagens, gravata solta, troca de calças, enfiar a volta do pescoço o cachecol.

A opção predefinida era jantar em Paris. Desta vez na Rive Gauche, no quartier Latin e passear pelos saudosos quarteirões de St Germain e Boul´ Mich, no jargão local. Seguiu-se a via-sacra, Bus, Metro, mudanças até chegar a zona, e para cá e para lá até parar no Buci. Ambiente estudantil universitário e animação de rua interessante, sem sintomas de crise.

O jantarinho decorreu a preceito no charme do Buci, Rue Dauphine. Uma salada Baltique e um steak, dito faux filet, uma caneca de cerveja e uma imperial. Frugais, mas a passar os 40 euros. Mais c´est si bon! A digestão feita na zona Odeon, espreita de livrarias e de lojas abertas, mas nada de mercas. E depois o inverso retorno, Metro e mais Metro a tempo de apanhar o últimos Bus 244 as 22h…e chegada ao Camping a pé, pelas 10.30h. Com electricidade a 220, sempre se prolongaram as leituras, a ligação aos mails pelo portátil antes do regresso a lençóis.

Estava feito o dia.
Ver texto resumo e de início da viagem em:

terça-feira, março 24, 2009

Autocaravaneando, primavera de 2009 (VI) de St Hilaire a Paris


De St Hilaire a Paris,
5F 12 de Março

De noite não nos tínhamos apercebido, mas a volta do parque de estacionamento próximo da estação de serviço ficavam frondosas árvores e um lago. Durante a madrugada deu para suspeitar disso, pela passarada que foi trinado o seu acordar…e o nosso. Melros cantantes, corvos grasnantes, rolas arrulhantes, chilreios diversos e miúdos pelas 5/6 da matina…e depois às 7 Frére Jacques fez mesmo juz a invocação sonnez les matines, dão badão, e rebadalão, dão, dão a ecoar durante minutos.



Dia pois cheio de sonoridades logo no início. Só Sol preguiçava sob manto de nuvens, bem aconchegado. Era boa sina para o caminho sem história para Paris onde queríamos chegar de véspera para a reunião de trabalho de sexta. Sempre por estradas nacionais, com paragem técnica numa garagem Renault para substituir as escovas do para brisas, refazer o nível de gasóleo e sem mais detenças…chegamos a St Quentin. Ainda se pensou almoçar na base de loisirs, mas a sinalização devia ter sido feita por portugueses e perdemo-nos….

Assim eis-nos quase em Paris direcção bois de Bologne, porte de St Cloud, pont de Suresne e sem GPS, mas com a direcção da ametade co piloto. Directos a porta do Camping de Paris…onde pedimos gentilmente para sermos acantonados e sequestrados de livre vontade, num lugar dotado de electricidade pois a 2ª bateria vinha a asnear e a carregar com deficiências.

Pois assumimos então, por duas noites uma opção estática e de parar no Camping, a melhor maneira segura de visitar Paris, utilizando os transportes públicos….autocarro para aporta Maillot ( o 244) e depois daqui todo o RER e todo o Metro e bus à disposição, com bilhetes a comprar a dezena por 11, 40 euros. O Camping custou 51,80€.

Almoçamos então já no Camping e dentro da semovente Knaus UFB 700, vidros abertos, frente ao Sena, mesmo na primeira fila, de balcão de primeira classe, com luz solar quanto baste.

Depois foi a leitura de jornais e semanários franceses para ambientação, e a detente para programar o jantar em casa de uam familiar. Com tempo, fomos até à Etoile –Charles Degaulle, com saída face ao Arco do Triunfo e aos Champs Elysées. Tempo de matar recordações e memórias de tantas outras deslocações ao longo de anos. Léche vitrines, entrada por saída no Publicis, descida dos Champs pelo lado direito, subida pelo esquerdo, passagem pela loja do Nespressso, e pela stand da Peugeot, etc entre outros icones do consumo…



Entretanto uma mini parada militar de romagem ao monumento do soldado desconhecido sob o Arco do Triunfo, interrompeu o trânsito, atraiu curiosos e turistas de máquinas fotográficas em punho. O que era? Ficará apara quem pesquisar, mas alguma data celebre de um anterior 12 de Março estava em causa.

O tempo ia passando seguiu-se a compra de jornais portugueses, ainda havia a Bola do Dia o Correio da Manhã, o Expresso do último sábado etc. Pois foi o Correio o escolhido e ainda a Visão do dia que levamos do quiosque da esquina da Rua Friedland onde há anos ficava uma mítica loja FNAC dos primórdios.

Depois os telemóveis acertam a hora do familiar que nos veio buscar para jantarmos em casa. Um apartamento raro em Paris, com estacionamento em parque interior e do 5º andar vistas para a Torre Eiffel e Arco do Triunfo. Para não irmos de mãos a abanar lá seguiu uma garrafa de vinho tinto especial da Labrugeira, com o rótulo pessoal Cinquentenário, que foi logo arrecadada para ocasiões futuros especiais, e assim se seguiram umas horas de simpático convívio sempre em língua de Camões.

Por fim hora de adeuses. Mas com a sorte de sermos levados de carro de volta ao nosso apartamento rolante, o r/c em suite de T0, também bem localizado e frente ao Sena…iluminado.

E foi mais uma noite em Paris. Dia seguinte, dia de trabalho.

segunda-feira, março 23, 2009

Autocaravaneando até Paris através da Bretanha (VI), De Paimpol a St Hilaire


De Paimpol a St.Hilaire

4F, 11 de Março

Acordar ao som de um tractor de tapete rolante de cremalheira? Pois foi isso mesmo que aconteceu, pois mesmo ao lado do parque de estacionamento e pernoita ficava um campo de couves, e de manhã, lá estava uma equipa a apanhar couves enormes, desfolhá-las à catanada, e depois a colocar num tapete rolante que as fazia engolir no atrelado do tractor. Terreno enlameado, e botas alta de pescadores de trutas em rio dos recolectores mecanizados. Ficam na foto a documentar que a Bretanha não é só mar.

Seguiu-se a rotina do pequeno-almoço, da volta das últimas fotos, e da peregrinação semovente, primeiro em direcção a ponta norte de Arcouest, bonita e agreste e também local de parqueamento e pernoita de autocaravanas. Depois, repassar por Paimpol e sua marina, seguir por Plouha, St Brieuc sem detença, rumo ao destino mítico do Cap Frehel. Até lá paisagens de Cornualha.




Em marcha adequada às estradas nacionais e departamentais e ao pouco trânsito, fomos progredindo depois do Frehel (a relembrar a majestade de Sagres, ou do Cabo da Roca, ou do Finsterra galego), até Dinard, vista até à costa junto ao Casino, sem despertar interesse, e depois passámos por cima da barragem maremotriz de Rance, e logo depois St. Malo, a cidadela fortificada de história monumental longa. Não encontramos o parque das autocaravanas senão à saída numa das vias de acesso à zona Intramuros, e por isso ficámos na zona de armazéns semi-encaixados em zona não proibida e gratuita. Longe o suficiente das muralhas para abrir ao apetite de almoço!

Vale sempre a vista a St. Malo. As muralhas e os seus miradouros valem a deslocação, as ruelas interiores também e as fachadas de alguns imóveis, se bem que mais modernos também. Nas praias muitos concheiros a apanhar marisco, palourdes, provavelmente. Tudo sob um sol azul, e um tempo fresco mas aceitável.

Almoço de moules, pois claro, e excelentes! E preço a condizer 25€.






Após almoço, descida pela margem direita do Rance até Dinan. Aqui paragem no Rio, junto aos barcos, em zona proibida a autocaravanas, mas….por pouco tempo e nesta altura do ano nada é proibido, sendo-se um só turista e uma só autocaravana. Note-se porem que o parque de AC, debaixo da grande ponte, estava cheio de viaturas de obras públicas, daí a tolerância….E havia ainda o pretexto de estar parado a beber um copo, e para ter essa justificação engatilhada, just in case, lá bebemos um copo de cerveja numa esplanada ribeirinha que se fez bem pagar (4,40€).

Mas esse local é estratégico para partir a pé, encosta acima, para visitar o Vieux Dinan que vale muito a pena, sublinhe-se, como se comprova pelas fotos. Assim fizemos, ladeira acima até ao campo de Batalha, e depois ladeira abaixo no regresso.



Ora a seguir a Dinan….rumamos ao Monte St Michel também conhecido de viagens anteriores, quer do tempo de caravanista quer já do tempo de autocaravanista. Chegamos lá já noite, mas com a esperança de uma fácil e boa dormida e de um jantarinho, provavelmente Chez Madame Poulard, ou no Hotel S. Pedro para comer o anho salgado especialidade da casa.

Mas desilusão das desilusões, e imprudência condenável. Esqueci-me de um pormenor importantíssimo…lua cheia, marés altas, de equinócio da Primavera, e por isso …parques de estacionamentos baixos alagados e proibidos. Só a estrada sobre elevada não estava submersa e por isso cheia a transbordar. Nada a fazer, desiludidos, mas marcha à ré, e depois de Pontorson, azimute a Paris e escala em St Hilaire du Harcouet, só porque o guia indicava um parque de pernoita com estacão de serviço bem sinalizado, junto à Catedral.

Chegados, e éramos o único semovente. Conclusão que se impunha, jantar. O passeio pela vila ou cidade não se justificava, de interior provinciano, nenhum interesse encontrámos, nem peões, nem lojas, nem monumentos ou edifícios de interesse….e mais ainda, restaurantes todos fechados até que….pizzaria aberta! E lá fomos comer umas calzones, bem preparadas em genuíno forno de lenha.

Entretanto, regresso ao estacionamento e lá estava outra semovente. Companhia a dois, pois. Mais uma volta pelos mails, e ensonados pela viagem, longa e rica de experiências, foi aguardar Morfeu por pouco tempo.

Ver texto resumo e de início da viagem em:

http://camping-caravanismo-e-autocaravanismo.blogspot.com/2009/03/vigaem-de-autocravana-ate-paris.html

domingo, março 22, 2009

Autocaravaneando até Paris pela Bretanha (V) Primavera 2009

De La Roche Bernard a Paimpol
3F dia 10 de Março

Nenhum movimento ao acordar no exterior, a não ser o tilintar dos cabos de aço das embarcações na marina adjacente pela suave brisa marítima. Nada de ruído ondulado da maré. Calma de uma estação turística em hibernação, a convidar a um pequeno-almoço de delongas, e alguma preguiça. Nuvens bretãs cinzentas, fresco matinal suave e passeio a pé pelos arredores para identificar os inexistentes 5 lugares do guia, para autocaravanas. Paciência.

Retomou-se a estrada sempre com chuva em crescendo vinda dos milhões de tonerres de Brest celebrizados pelo capitão Haddock…Viagem penosa portanto e sem graça. Dai o desvio para Quimper para visita e paragem para almoço, o mais em conta da viagem com as sarrasins, crepes de trigo escuro.

Não houve problema em estacionar quase no centro da Cidade…com parquímetro gratuito durante duas horas de almoço…e valeu a pena o tempo dispendido, estreitas ruelas medievais, o canal a atravessar a cidade velha, restaurantes acolhedores, catedral imponente, pessoas descontraídas e aparentemente imunes a crise, jovens a almoçar no mercado, e o sol a levantar-se do aleijão do mau tempo que se dissipava.



Recomenda-se pois Quimper!
Depois volta a estrada e rumo a Roscoff pela estrada turística de interior devidamente sinalizada passando por inúmeros calvários religiosos juntos ou afastados de igrejas. Foi de propósito que se evitou Brest para conhecer melhor o interior bretão, e ter mais tempo para depois percorrer a Corniche bretã. Foi boa a escolha, pois o tempo estava muito melhor acima do paralelo de Brest.

Visita dos viveiros de tanques com passerelles entre eles de marisco. Curiosidade local assinalada turisticamente. Com um excelente estacionamento para autocaravanas anexo, e mais indicações turísticas para estes veículos. Pois lá fizemos a nossa parte de fotos, mas nada de compras pois os preços em nada eram aliciantes: sapateiras, palourdes, vieiras…e pouco mais.



Seguiu-se depois abaixo para St. Paul de Leon (bonito, pela marginal ate Morlaix) e depois arriba, para Lannion, e aqui na perpendicular mais acima Trégastel, Ploumanach, Perros-Guirec, Tréguier e Paimpol, chegados com luz, e tempo, para bem ver o local de pernoita, (assinalado no centro) assentar, sair a pé, 10 minutos até a marina, beber um copo antes de jantar, flanar nas ruas, e depois jantar calmamente a usufruir todo o conforto da semovente.

Resta dizer que o jantar foi a preceito. Sala simpaticamente decorada de Les Alizes, pessoal simpático, cozinha razoável, preço ajustado, menos de 30€. Antes da deita mais um largo passeio a pé, com maré vazante, depois umas leituras de mail com a internet portátil funcionar, e uma noite sossegada na companhia de mais umas cinco autocaravanas.



Nota: As paisagens meio desabridas do norte são interessantes, há muito espaço para acolhimento de autocaravanas, e adequados. Uma boa escolha turística, pelo menos fora de época.

Ver texto resumo e de início da viagem em:

http://camping-caravanismo-e-autocaravanismo.blogspot.com/2009/03/vigaem-de-autocravana-ate-paris.html

sábado, março 21, 2009

Autocaravaneando ate Paris passando pela Bretanha (IV) de Cap Breton a La Roche Bernard


De Cap Breton a La Roche Bernard
Dia 9 de Março, 2F

Acordar sereno. Chuva miúda lá fora, cinza de céu molhado. Fresco, mas não frio, nem dentro, nem fora da semovente. Passeata por fora, pelas dunas a ver o mar, longo, pela praia cercado. Nada de gaivotas! e as fotos da praxe do parque das Oceanides. Pequeno almoço, e depois o despejo do caixote do lixo, no lixo.

Retoma da estrada e direitos a Bordéus. Aqui a travessia pareceu-me ser feita as avessas da ultima visita a estas paragens, ou seja pela route do Lac (norte) e não pelo sul….como há anos atrás..e o regresso pela via inversa, pelo sul, quando da ultima vez juraria ter tomado o periférico de Bordéus, no regresso pelo norte. Seja como for fez-se bem a cruzada. E Logo que possível ao fim de alguns km de auto-estrada e a pagar…saímos para La Rochelle com um dia já decente, de sol a apresentar-se prazenteiro. Aqui ainda demos umas voltas aos quarteirões do porto velho a procurar de lugar, mas ele apareceu payant, pois claro. Mas valeu a pena…mesmo logo lai face ao Porto…Almoço, pois eram então horas num das esplanadas ao sol, agora a descoberto, totalmente descarado, todo naturista, sem têxteis de nuvens a esconder o que se é para mostrar à vista de toda a gente, tal como no dia da criação!


Almoço de moules no Le Canot. Excelentes, quase 27 euros. Passeata a pé para matar saudades pelos interiores das fortificações. Olhos piscos por não poder ser possível optar pelas excursões de barco ao mítico Forte Boyard, e pelos arredores.

E volta ao volante o escriba, e volta aos mapas a ametade e co.piloto, que desta vez não veio sistema de navegação do GPS para França. E voltamos a estrada directos a Nantes.

Paragem a hora de chegada já facilitada num parque de ligeiros, mesmo no centro, mesmo frente ao imenso terreiro da Catedral…decerto em transgressão, pois ocupamos mais do que um lugar demarcado no solo, das dimensões de um ligeirinho, inferior aos nosso 7 metros e pico. Mas já havia mais lugares vagos e não deixamos de alimentar o parquímetro.


Valeu o risco, pisar o risco. Passeio pela parte nobre da Cidade, catedral, ruelas medievas, e o Palácio dos Duques de Bretanha. Vale a pena. E quem quiser saber mais…pois é clicar no Google em Nantes. Esta lá tudo que não cabe nestas linhas.

Saída próximo da escuridão cadente. Paragem mo Carfefour para reabastecimento de gasóleo e parcos viveres do quotidiano, basicamente pão. Depois, pelos guias das áreas de serviço lá chegamos a Roche Bernard. Nada de localização possível, vesgos de cansaço só vimos proibições e restaurantes fechados frente a marina e já breu assentamos na segunda ilegalidade da jornada. Pois ficamos aqui mesmo lais ao lado de dois furgons campers. E a janta foi em casa. Passeio digestivo pela marina, e regresso para o sono reparador, na primeira noite na Bretanha.


Início e resumos dos relatos desta viagem em:

http://camping-caravanismo-e-autocaravanismo.blogspot.com/2009/03/vigaem-de-autocravana-ate-paris.html