quinta-feira, dezembro 26, 2013

Missão Autocaravanista de férias de Natal de 2013...Avô (just Me) e duas netas co-piloto pelo Baixo Alentejo...

Quinta pedagógica de Pedrogão do Alentejo
 
Operação Natal 2013, melhor dito, missão de Avô em ferais escolares de Natal com duas netas e uma autocaravana....vontade não faltava a nenhum de nós e oportunidade também não com uma meteorologia encomendada para três noites e 4 dias solarengos, e límpidos de azul.
 
 
Para trás ficou a roda gigante de Cascais... e a 20 de Dezembro começa de viatura a rondas pelas capelinhas, primeiro ir buscar a Inesita Neta a S. Domingos de Rana, depois a Carolina copiloto a Benfica e finalmente rumo a Alenquer buscar a semovente. só pelas 12.15h feita a mudança de malas e sacos estávamos prontos a sair do parque de campismo de Alenquer.
 
 
Rumo a  Monsaraz... objetivo mostrara as duas netas a procissão em tamanho natural dos Reis magos e camponeses a caminho do presépio adentro muralhas.....depois de um almoço in house, isto é na AC, algures na área de serviço da autoestrada em Vendas Novas. Delicia a carne assada da Tia Patrícia...e os croquetes....HUMMMM....
 
 
Boas fotos com luz descendente...em sol de inverno ao longo das figuras da procissão de Natal em direção ao presépio de Monsaraz!
 
 
E depois de Monsaraz rumo a Mourão e daqui a Moura (compras no intermarché de saladas e respetivos molhos) para chegarmos ao parque de autocaravanas- Alqueva camping-car park de Pedrogão do Alentejo, já  com  o sol posto, quase o dia mais curto do ano, com o cavalos lusitanos da Quinta pedagógica, a abeirarem-se de nos a luz dos faróis para nos cumprimentarem...Seguiu-se um jantar de salada empalhada com atum e tomate, alface, cebola, pepino, azeite e vinagre just in time...e ainda depois uma jogatana com um quadro da Majora da volta pelo jardim, distribuído pelo correio da Manha...
 
 
Dia seguinte, 21 de Dezembro, data do solstício de Inverno, acordares embrulhados em manats, cobertores e sacos cama e édredon para combater o frio noturno que no exterior chegou aos 4º...as netas na cama de casal e o avô na cama/mesa embrulhado no seu casulo tipo sarcófago...pequeno almoço de pão escuro tipo sapata, cereais com iogurte, chocolate com e leite e café a 20%....tudo a tempo para ir a horta biológica arrancar couves, beterrabas, e apanhar o ultimo dos pimentos para a salada do almoço.
 


 
Seguiu-se a apanha de bolotas das azinheiras, para alimentação dos animais, a escalada ao Miradouro do Grão Mestre, e perscrutar o horizonte do lago da barragem de Pedrógão sentados no trono (de pedra) de Salomão...completando-se assim o percurso pedestre sempre acompanhados pelo casal de  burros mirandeses- a Jessy e o Crazy, e ainda o jumento ibérico cinzento- o Fizz. a quem a Inesita empoleirada no trono de pedra insistia em querer ensinar a ler a placa indicativa do trono de Salomão...
 
 
Passo seguinte dar cenouras aos quatro póneis, as galinhas, gansos, patos e patas, aos Lamas e ate as sete cabras da Quinta, e à bezerra taurina a sedutora Cow girl...
 
 
Passagem obrigatória pelo charco vivo das rãs....conforme nova placa toponímica inaugurada na ocasião,devidamente inscrito nos charcos vivos recenseados do Alentejo e alimentado pelas aguas pluviais e pelas linhas de agua, e canais de drenagem preparados para o efeito...
 
 
Charco vivo que alem de rãs tem varais vegetação aquática autóctone ainda peixes...
 
 
A volta inclui ainda uma romagem ao início da ciclovia e ao memorial em honra da Avó Vera, fundadora e inspiradora do complexo ou resort do parque de autocaravanas, da quinta pedagógica, do parque de merendas, do charco, da ciclovia, dos percursos pedestres e dos cercados dos animais alem da preservação dos fornos de carvão vegetal do Sr. Miguel e do Miradouro...
 
 
Faltava antes de seguirmos caminho ajeitar a palha da bezerra Cow girl, dizer-lhe adeus e partir para a surpresa do dia...
 
 
...saímos pois para sul, direção Selmes e depois Serpa e depois Mértola, e antes de la chegar em local secreto, la chegamos apos estradão de terra batida que a autocaravana galgou com garbo, a Herdade do mini zoo, com Zebras, Bisontes, Camelos, Cangurus, Veados, Gamos, Lamas e póneis ibéricos
 


 
O pessoal gostou muito das zebras...e dos mansos bisontes
 
 
Gostou menos de um agressivo veado de hastes pontiagudas e perfurantes como punhais...que atravessavam a rede da cerca
 
 
 
E ficou presa aos encantos dos gamos e das corsas que me breve estarão também presentes na Quinta pedagógica do Pedrogão, cujo processo de alvará ainda se arrasta nos circuitos burocráticos das entidades oficiais competentes
 
 
Mas havia que seguir em frente, rumo ao sul..direitos a Mértola, Castro Marim e vila Real de Sto. António, com estacionamento da AC junto ao rio Guadiana no parque da CM de VRSA...vedado, com acesso a boas vistas e estação de serviço, Wi Fi incluído por 4.5 euros por 24h o que faz que haja estrangeiros que la estejam há mais de ...oito meses!
 
 
 
O pessoal tinha encontro marcado com o grande presépio de Vial Real de St António do Centro Cultural António Aleixo, - ver na foto um pequeno detalhe! com entradas a módicos 50c depois de visitar a Vial Natal !
 
 

 
 
O Jantar foi em casa dos compadres com um lauto petisco de camarão da costa algarvia. e depois de assistir com um olho no parto e outro na televisão ao empate do Sporting, era tempo de voltar a semovente e dormir ...dia seguinte esperava-nos uma excursão marítima...a Ayamonte, terras de Espanha, a bordo do Los Milagros...
 
 
Valeu a aventura pela travessia fluvial do Guadiana, pois Aymonte tinha o comercio todo fechado a exceção de uma esplanada café - com os espanhóis a deliciarem-se com torradas barradas de azeite e ketchup! e pouco mais....
 
 
Era tempo de regressarmos a norte, com calma e tempo mas decididamente, ou seja...turisticamente itinerando... autocaravaneando, portanto. Assim foi...em Mértola almoçámos na AC e subimos à Mesquita e as escavações junto ao castelo e depois de espreitar o Rio do alto do miradouro do Mercado, de onde se avizinhavam duas autocaravanas  de estrangeiros a tomar banhos de sol junto ao cais do rio...clicando nas fotos aumenta-se a visão dos escaldões...
 
 
 
Seguiu-se a visita as Minas de São domingo- praia fluvial e exposição interessante da vida mineira das terras do chapéu de ferro, depois de um curto desvio de autocaravana sobre as ruinas industriais da empresa mineira. Estacionamos a AC junto ao respetivo parking para um passeio a pé pelas paisagens de que todos gostamos...e onde só encontramos viaturas de matricula estrangeira.
 
 


 
 
O tempo ia passando. e era tempo de reunir o conselho de guerra:- onde é que as meninas netas querem ir dormir?- a Beja? a Évora a Serpa?---Nãooooooooo...queremos ir dormir a Pedrógão!...pois bem vamos, mas antes passagem por Serpa onde o Castelo aberto ate as 17,30h as 16,30h já estava fechado, e felizmente que ainda havia aberta uma rouparia para se comprar um queijo amanteigado dos mesmo de Serpa....
 
 
Sem historia, indo por Serpa, Brinches, Mina da Orada, chegámos a Pedrogão, ao Parque das Autocaravanas já em lusco fusco... tempo para com tempo...para jogatanas de rapa-tira-põe-deixa e de poker de dados...jantar com calma e novas rodadas de desenhos, leituras, escritos no moleskine de apontamentos de viagens, conversas e naturalmente a deita....para dia seguinte acordar com nevoeiro que se foi levantando, tomar o pequeno almoço e receber os bons dias matutinos sob sol rompante da casal de cavalos lusitanos a Régua e o Compasso e a bezerra taurina Cow Girl...
 
 
Início da manha a dar de comer ao galinheiro, restos de pão seco, folhas de couve etc...
 
 
Carregar palha de feno nos comedouros dos animais quadrupedes...incluindo cabras e cabritos, chibos e mochos...
 
 
 
E ainda os Lamas e os póneis, desta vez menos fotografados....

 
 
Mas que também têm direito a fotografia...aqui se vê da esquerda para a direita a Black, o Chocolate Branco e  o jovem Papuço...
 
 

 
Todos já apadrinhados por duas empresas cujos patrocínios não são exclusivos, e a que por isso se podem juntar outras mais...e pessoas singulares também.... basta os interessados mandarem as suas propostas para a gerência em camping@dosdin.pt ....pois há muito ainda que desenvolver, e não são os bilhetes de entrada pelo seu preço módico que permitem fazer face aos investimentos e alimentação dos animais deste complexo inédito e inovador de parque de autocaravanas + quinta pedagógica!
 
 
Resta acrescentar que terminadas as tarefas turísticas e lúdicas de natureza agropecuária, com nova recolha de couves da quinta biológica, se fez o regresso a tempo de almoçar as excelentes empadas compradas no  restaurante Estoril (casa das bifanas) na estrada entre Montemor e Venda Nova....e comidas com a tarte da tia Joana, mais a carne assada que ainda sobrava da Tia Patrícia, com cerveja radler e ice tea de Manga na Autocaravana...com mais umas tangerinas e laranjas... A missão estava no fim e terminou pelas 15.30h chegados a Alenquer.... qualquer dia há mais, esta prometido!
 
 


segunda-feira, outubro 07, 2013

Viagem de trabalho a HOLANDA, e notas e fotos da viagem

autocaravana holandesa em Haia
 
As crónicas deste Blogue desde 2012 alteraram-se no seu estilo de modo a ficarem regra geral mais sintéticas de texto e mais cheias de fotos, pois assim não se deixa de transmitir impressões de viagem sem excessos de considerações, que nunca conseguem ser interessantes para todos.
 
terminal Central Station de Haia
 

A razão do trabalho profissional nada tem de interessante, exigiu estar em Haia a uma 5F ao fim da tarde e permitiu regressar domingo cerca da hora de almoço. Para alem de uma sessão de trabalho exaustiva durante a 6F no edifício do Ministério dos Negocios estrangeiros, e sábado teve lugar uma visita de estudo a DELFT com um estimulante encontro com o respetivo Mayor, sobre o crescimento coordenado de um novo processo de integração urbana conjuntamente com Roterdão e Haia em que politica do transporte urbano é crucial (duplicação das ligações férreas, por exemplo).

quadro esplendoroso do MNE Holandês
 
Quanto à viagem foi espartana desde o avião ao hotel passando pelo bilhete seniro em 2 classe no comboio entre ao aeroporto de Amesterdam e Haia. A companhia low cost da KLM é mesmo low...nem um copo de agua oferecem e quem o quiser tem de pagar logo ali 2,50€...claro ao abrigo do principio utilizador pagador...e no hotel os shampoos e sabonetes estavam disponíveis não em embalagens individuais, mas em bisnagas acorrentadas a parede...as tolhas existiam em numero suficiente mas com apelos a poupança insistentes...vantagens no comboio com o desconto sénior e wi.fi gratuito e automático, lais como no hotel.
 
low cost da KLM, copo de agua 2,50€
 
Quanto ao mais impressionam os sintomas de pujança económica- obras privadas em curso de grande porte em novos edifícios no centro da cidade (SPUI) e obras publicas gigantescas em Haia na remodelação da Estação central de Comboios, e em DELFT na duplicação das linhas férreas na ligação para Roterdão...por todo o lado, á superfície e me subterrâneo as linhas dos elétricos rápidos com um bilhete mínimo de 3€ e com interface coma rede de combóis elétricos...
 
interface da estação de comboios com os elétricos
 
Por todo o lado, mas por todo o aldo mesmo, bicicletas e motorizadas ligeiras no centro de Haia e arredores que também são planos. Autocarros e automóveis quase inexistentes, mas bicicletas em pilhas (literalmente com estruturas de arrumação de rc/ e 1º andar ao ar livre) e em diferentes modelos...tandem, com cestos de compras ou de crianças, com atrelados de mercadorias, etc...a fazer lembrar a China, quando a visitamos no longínquo ano de 1981... alais que vem a memoria não apenas pelas bikes, mas também pela existência de uma China Town.
China Town
 
De resto que mais acrescentar? que os cafés, restaurantes e esplanadas estavam cheios especialmente de gente jovem...raros teriam mais que os 45 anos...cervejas a preço decente...pratos também, por exemplo numa esplanada no Grande Mercado (Grote Mark) uma salada de camarão e uma cerveja custaram 11,50€.
bicicleta no jardim florestado perto do MNE
 
Aparentemente respira-se qualidade de vida ausência de stress e confiança no futuro como lais nos confirmou uma emigrante portuguesa de origem moçambicana, fluente em holandês e que ganhou o seu posto no sector publico mediante concurso publico...os seniores também aprece terem qualidade de vida como ressaltou da vista de estudo a DELFT pelas inúmeras excursões com nos cruzámos...algo de misterioso se passa no reino da Holanda cujo novo Rei assim o é pela abdicação da sua mãe rainha...e pelos visitantes a zona do Parlamento, o Binenhof
 
Entrada no Binenhof, edificios politicos
 
Quando se viaja, como foi o caso, em assuntos profissionais, se é certo que há tempso livres, outros há em que os tempos livros ficaram consumidos no quarto do hotel a teclar no computador msg e mails, e ate, graças aos skype, e ao wi-fi,  a manter conversações em direto, cara a cara em assuntos que assim o aconselhavam. Não foi possível por exemplo uma visita a museus, que não só os de DELFT, cidade interessantíssima espartilhada em canais e restos amuralhados mas de grande interesse, e quase toda ela votada em honra e memoria de Guilherme de Orange, que fundou a cidade e nela morreu assassinado.
 
 

canais de DELFT com barco turístico.
 
Assim, ficamos, com mais umas imagens, incluindo de navegação nos canais, ate uma próxima cronica. As imagens de Delft justificam a ideia de retorno pela agradabilidade dos habitantes, dimensão humana da povoação e interesse monumental, de fácil acesso a partir de Haia, com elétrico rápido da linha 1, por 3 euros cada viagem.
Feira de sábado em Delft junto aos canais
obras publicas em Delft- a duplicação da linha férrea
 
Túmulo do fundador Guilherme de Orange






sexta-feira, setembro 27, 2013

Peça de teatro sobre a felicidade dos autocaravanistas....claro, em França.



E esta hem?
depois de vários filmes em que a personagem central pode ser uma autocaravana...incluindo em 2 telenovelas portuguesas, ou em filmes americanos, o ultimo dos quais é sobre os MILLER, agora de França surge a noticia...

Samedi 28 septembre 2013, à 20h30 dans la salle Phénix à Outreau, Pascal Chivet présentera sa nouvelle comédie: "Le bonheur en camping car".

terça-feira, setembro 17, 2013

Esta disponivel o estudo sobre Autocaravanismo com uma amostra de apenas 271 companheiros...



O Autocaravanismo em Portugal- Contributos para o seu Desenvolvimento 2013

Marta Susana Gomes de Almeida (Aluno nº 2010414)

O Autocaravanismo em Portugal- Contributos para o seu Desenvolvimento
Trabalho apresentado no âmbito da componente

Do trabalho final de seminário da licenciatura de Turismo

Sob orientação da Dra. Eugenia Cristina Peixoto Godinho Devile
Coimbra,2013 O Autocaravanismo em Portugal- Contributos para o seu Desenvolvimento 2013

 

A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse: "Não há mais o que ver", sabia que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.

José Saramago, Viagem a Portugal O Autocaravanismo em Portugal- Contributos para o seu Desenvolvimento 2013

Resumo
O presente estudo tem como objetivo estudar a modalidade do autocaravanismo em Portugal. Este é um segmento turístico que apesar de estar em expansão em vários países europeus, é pouco valorizado pelas entidades públicas e privadas do setor do turismo em Portugal e, do ponto de vista da investigação científica, constitui um tópico também pouco explorado.

O sucesso da oferta turística em atrair e fidelizar turistas depende do seu posicionamento face às necessidades e desejos do mercado-alvo. Pretende-se assim aprofundar o conhecimento do perfil dos praticantes de autocaravanismo e fornecer um contributo para futuras ações estratégicas de promoção e acolhimento ao autocaravanismo.
Para concretizar este objetivo foi aplicado um inquérito a uma amostra de 271 autocaravanistas portugueses, que constitui a base empírica deste estudo. Os resultados obtidos permitiram compreender a importância atribuída a diferentes fatores no processo de decisão associado ao destino e a identificação de motivações subjacentes ao autocaravanismo bem como analisar o comportamento dos autocaravanistas em relação a práticas no destino. Os resultados mostram a relevância que estes fatores poderão ter em futuras políticas de desenvolvimento desta modalidade, suportadas na sustentabilidade e competitividade dos destinos. O Autocaravanismo em Portugal- Contributos para o seu Desenvolvimento 2013

Índice Geral: Resumo IV
Índice Geral V
Índice de Figuras VII
Índice de Quadros VIII
Índice de Gráficos IX
Lista Abreviaturas X
Introdução 1
Capitulo I-Tendências do Turismo Atual 3
I.1- Introdução 3
I.2- Turismo, Conceitos e Importância 3
I.3- Tendências e Emergência de Novas Formas de Turismo 5
I.4-Turismo Sustentável e o Novo Turismo 6
I.5-"O Novo Turista" 8
I.6- Conclusão 9
Capitulo II- Desenvolvimento do Autocaravanismo 10
II.1-Introdução 10
II.2-Autocaravanismo: Breve Contextualização/Enquadramento Histórico 10
II.3- Autocaravanismo como Turismo Itinerante 12
II.4- Campismo e Autocaravanismo: Discussão/Abordagem aos Conceitos 13
II.5- Autocaravanismo na Europa 14
II.5.1- A Procura do Autocaravanismo na Europa 16
II.5.2- O Perfil do Autocaravanista Europeu 18
II.5.3- Políticas de Acolhimento Europeias 21
II.6- Autocaravanismo em Portugal 24
II.6.1- A Procura do Autocaravanismo em Portugal 24
II.6.2- O Perfil do Autocaravanista Nacional 25
II.6.3- Politicas de Acolhimento em Portugal 26
II.6.4- Análise ao Quadro Jurídico do Autocaravanismo 28
II.7- Conclusão 29

terça-feira, julho 16, 2013

Julho de 2013, três geraçoes em autocaravana, Neta Carolina, Tia Joana and just Me, atravessando a Espanha, de Burgos ate St Michel em França


1ªfoto da viagem: a semovente na área de descanso de Tordesilhas
Neta Carolina, Tia Joana and just Me, de autocaravana, pela cultura, lazer e turismo itinerantes até à Normandia e Bretanha, incluindo a Aquitânia e Burgos. Tudo relatado sumariamente m 4250 palavras correspondentes aos 4173 Km percorridos em 11 dias e ilustrados pelas fotografias possíveis....

Placard informativo da Praia Milady (Biarritz)
Abstract
Foram na 1ª quinzena de Julho de 2013, onze noites de verão, uma dúzia de dias de viagem, com 3 gerações em autocaravana, de Alenquer a Biarritz, ao Futuroscope, Praias do Desembarque, Monte de St Michel, Carnac, Puy du Fou, Bac de Royan, La Rochelle, e Burgos.

Prólogo

Quando se descrevem estas crónicas de viagem, fica-se sempre com a sensação hibrida de um conjunto de respostas ambíguas a questão que qualquer jornalista se coloca:- o quê? De que se trata? Porquê? porque se escreve? Para quem? Como? Onde e quando?

pic-nic sem incomodar ninguém
 
Ora bem, escreve-se por um genuíno impulso de partilha do conhecimento adquirido, nesta e em viagens anteriores, por solidariedade de quem tenha esse desejo de memória de experiencias vividas, ou a apetência de querer repeti-la ou adaptá-la aos seus desejos próprios. Portanto, escreve-se para quem viajou, para os amigos e familiares diretos, e depois para os conhecidos que se interessam por estes temas, que lêm habitualmente o Blog (que já conta com muito mais de 500.000 visitas, e cerca de centena e meia de seguidores, fora os amigos das redes sociais e facebook).

Rochedo da Virgem dos marinheiros de Biarritz
 
Escreve-se e juntam-se fotografias a propósito para ilustrar a viagem, sem grandes concessões a intimismos, que muitas vezes só são significantes para o próprio e, tal como as cartas de amor, segundo Fernando Pessoa, são ridículas para terceiros. Escreve-se ainda logo que a viagem acaba, e com base nos apontamentos do moleskine, registados dia a dia. E escreve-se de modo simples, que se procura legível e escorreito e inteligível embora de forma sucinta. Já assim era aliás, ao tempo das crónicas e relatos de viagem de She and Me.

Universidade do AC- AUTOCARAVANISMO
 
Viaja-se e escreve-se afinal, por uma filosofia de vida ancestral… somos seres conscientes, interativos, itinerantes e gregários. Temos a apetência e o direito à livre circulação, à livre associação e à livre expressão, num contexto de criatividade e interatividade universal…

copilotos na praia MILADY de Biarritz
 
Viajamos e escrevemos (agora, Just Me) sobre as viagens de autocaravana porque adicionalmente, este é o meio deste seculo XXI que mais nos oferece possibilidades económicas, culturais e sociais de realização.
O autor e fotógrafo: Decarvalho. simplesmente, Decarvalho..., just me.
Adicionalmente acrescente-se que num período de crise politica e financeira em Portugal e arrabaldes, bem faz sair aos arredores…
por do sol em Biarritz

Desta viagem!

Juntaram-se várias circunstâncias para as 3 gerações se porem de acordo quanto às datas de desenho geral da viagem de autocaravana: a Carolina tinha terminado as provas de exame relativas aos seus 12 anos de idade, e já tinha feito o seu tirocínio de copiloto numa viagem a Mérida e Cáceres, a Joana filhota, tia, idem também no ano passado fizera o seu batismo de copiloto no estrangeiro durante o verão de 2012, tudo relatado neste blogue…

Duas copilotos portanto, com tirocínios e exames....em viagens feitas em 2012:

http://camping-caravanismo-e-autocaravanismo.blogspot.pt/2012/04/carolina-neta-and-me-estreia-estagio-e.html (C/ Carolina em 2012)


portanto, 1+1+1= à fórmula de sucesso para os companheiros de viagem estava encontrada. A seguir foi conciliar datas de outras férias, e trabalho e responsabilidades…ate 14 de Julho era o limite, e não antes de 3 de Julho era a partida possível.
Lago de Ruffec e base de loisirs

Assim foi, portanto.

1º dia e 1ª noite:

Saída, 4F dia 3 de Julho depois de intensas reuniões de trabalho sucessivas, que terminaram programadamente às 12.30h. Joana e Carolina de carro já carregado de véspera, recolhem-me no ponto de encontro, em Lisboa, para seguir para o Alenquer Camping, tomar posse da Semovente, abastecer de gasóleo no low cost do Pingo Doce, e pelas 13,30h rumar autoestrada adiante, pela A23, direitos a Vilar Formoso. Paragem técnica na área de serviço de Vila Velha de Ródão, para explicar à neta, que atravessávamos as terras do Rei Wamba o Visigodo, que com epicentro em Toledo controlava toda a margem norte do Tejo com os sarracenos a sul.

Futuroscope
 
Segunda paragem técnica já terras de Castela adentro, na área de repouso de Tordesilhas, para nova ensaboadela histórica à neta sobre a histórica divisão do Mundo a descobrir entre portugueses e nuestros hermanos. E de seguida rota prefixada para Burgos, sem mais detenças.

porto fluvial e restaurante
 
Chegados com excelente luminosidade pelas 20.30h espanholas, a ideia era estacionar no largo da Casa de Saúde de Sta. Clara tão bem nosso conhecido de há anos. Porém, nada feito, eram festas locais de não-sabemos-o-quê, e tudo estava ocupado por carros, bancas e e multidões. Impossível estacionar a autocaravana, e frustrada ficou a visita e passeio ate à Catedral. Que solução?

Escultura moderna do Futuroscope...a ser usada.
 
Pois, a alternativa era seguir caminho. E seguimos pela nacional-N1, até ao Puerto de la Brujula,e á respetiva área de descanso e serviços, incluindo sanitários, com algum alojamento, restaurante, bombas de combustíveis, e vários camionistas de longo curso, em recinto “vigilado”. Pois aí ficámos, confirmado que nos foi antes, que o local era seguro. Jantar na autocaravana, e dormida embalada pelo rodado dos camiões que circulavam ao longe. Antes de adormecer tempo ainda para uma troca de conversas soltas com um casal de hippies franceses que viajavam de noite, num clássico camper mercedes adaptado artesanalmente.

Arromanches, campo de trigo e de autocaravanas, antes campo de batalha da WWII
2º dia e 2ª noite

Acordado pelas 5.30h (PT) pela descoordenação da hora biológica coma convencional (6.30h SP). Entretanto pelas 7.00 pequeno almoço servido com a surpresa do frigorifico avariado…o que depois se percebeu ser um comportamento errático e caprichoso.

 
Eram pois apenas 7.30h (hora local) que arrancamos para Biarritz, com travessia do desfiladeiro de Pancorbo a marcar bem o início distendido do ambiente de férias. De seguida entrada em Ameyugo ate Miranda do Douro na AP1 ( autopista) no troço gratuito, com saída em direcção as bombas low cost dos supermercados Leclerc…com gasóleo a 1,290€/L, mais barato que em Portugal, e mais caro que em França. Rota batida pela autovia 1, gratuita ate quase a fronteira com França, onde se justifica o pagamento. Travessia da portagem francesa que não aceitou o multibanco, pelo que se jogaram da janela da AC as moedas certas para dentro do cesto eletrónico para recolher o respetivo recibo.

o incidente da válvula rota que foi substituída
 
Em França seguiu-se por comodidade sempre pela autoestrada com saída 4, a clássica de inúmeras viagens anteriores, em direção a área de acolhimento de autocaravanas de Milady, do outro lado da estrada da praia do mesmo nome (entre Ilbarritz e Biarritz). Aí a bênção de São Cristóvão, o santo dos viajantes e automobilistas… não só havia muito lugar livre, como havia estacionamento com ficha elétrica disponível, e encostado ao relvado exterior, e convenientemente sombreado.

parque de Arromanches para autocaravanas
 
Sem hesitar…e antes de almoço, em trajes mais adequados de sandálias, fatos de banho, toalhas etc. seguimos os três até a praia…vazia, sob ameaça de nuvens cinzentas, pingos esparsos, e vento que não soprava forte e mantinha a temperatura amena. Foi pois só demolhar os pés, e voltar a semovente para o almoço, e com um ar algo abafadiço, depois fazer-se a digestão a pé ate ao centro de Biarritz, percorrendo a Costa dos Bascos, o Rochedo da Virgem, o Velho Porto, atá ao Casino. No regresso parámos noa esplanada do café Royal a bancar aos turistas, de cerveja e coca-cola.

Cemitério americano de OMAHA BEACH
 
No regresso já havia sol! E assim com as ondas sob vigilância dos maître-nageurs deu para banho ate as 19h. Refrescados e cansados com o frigorífico a funcionar plenamente, ligado aos 220 da corrente elétrica, foi bendizer o local e a tarifa a pagar de 10€ plenamente justificável. Jantar na mesa exterior, fora dos espaços demarcados de estacionamento, como é de norma em França, nestas circunstâncias, em que ninguém resulta ofendido.

Pointe du HOC e bunkers alemães
 
Depois de jantar, novo footing ate Ilbarritz e ao mítico restaurante La Plancha de antigas ferias familiares onde havia sempre uma refeição de despedida de ferias, antes do regresso a Portugal, com o percurso de “bord-de-mer” ao longo do paredão. Excelente por do sol. De seguida o sono Rei dos sonos.

Interior do Monte de St Michel
3º dia e 3ª noite

Acordares sucessivos e diversos a partir da 7.15h para um espesso nevoeiro matinal. Pequenos-almoços também variados, com torradas, cereais, iogurtes, café, chá, leite etc.

Maquete das obras em curso no Monte de St Michel
 
Depois foi arrancar sem olhar para trás. Mas antes a toilette da semovente, de reabastecimento e despejos de águas. Objetivo da jornada era chegar a Poitiers e dormir no parque de AC do Futuroscope. Liga-se portanto o GPS tom-tom devidamente atualizado, mas que tal como o frigorifico parece dispor de vontade própria e desconcertante. Mesmo assim, contrariado aqui e ali, o GPS lá nos levou a volta de Bordeaux, depois até à saida para as nacionais em direção a Angoulême, e algures 90Km depois, a uma área de serviço e repouso assinalada na estrada, em BENAC, para uma paragem almoçarante pelas 13h e na mesa exterior de pic-nic.

Homenagem em padaria ao Tour de França em bicicleta
 
Já próximo de La Couronne compras de supermercado para reposição de lagos stocks e entretanto paragem de pausa e para comer uns gelados, café e chá no Lago de Ruffec, base de loisirs bem assinalada na estrada, e onde existe espaço para uma pernoita de autocaravana se necessário, sendo também agradável para uma paragem refeição, devido aos vários planos de água, passadiços e represas debaixo de sombras e relvados adjacentes.

Portugal no Tour!
 
Chegada ao Futuroscope sem problemas pois é bem assinalado na estrada, e melhor ainda o acesso ao parque de autocaravanas que dispõe de serviços e suficiente espaço, e algumas sombras. Curiosamente, apenas um casal português presente…entre os vários autocaravanistas, e o primeiro ( e único que encontrámos) e também membro do grupo 1 AC e 1 café do facebook. Tempo pois, de trocas de agradáveis impressões sobre viagens com crianças e outras ate ao Cabo Norte.

toilette da semovente em Cancale
 
Jantar mais uma vez na semovente e depois passeio noturno até as entradas do parque do Futuroscope para recolha de informação e programação pela Carolina para do dia seguinte com o objetivo de ver o maior número de atrações possíveis, logo abrissem as portas as 10h da manhã. Depois foi o manter das conversas a três sobre a viagem e as expectativas dos dias seguintes, até que o sono foi silenciando os viajantes. Eram para aí umas 23.30h.

picnic de caminho na área antes de CARNAC
4º dia, 4ª noite

A 6 de julho, sábado, dia claro a acordar as 8h para pequeno-almoço reforçado para a saga do dia do Futuroscope. Às 10h em ponto, já de bilhetes na mão e passados os torniquetes de acesso todos a postos para a maratona lúdica…que inclui todo o roteiro dos eventos relevantes desde o espetáculo de magia ao vivo, Artur- o melhor divertimento do mundo em 2012, o principezinho, Thaiti e a defesa dos oceanos, os monstros dos mares, vários filmes de 3D e 4D (três dimensões mais sensações olfativas, e de tremores de cadeiras e aspersão de gotas de agua, ou de fluxos de vento), robots, o filme assa de coragem sobre a aeropostal nos andes, esculturas gigantes, parque infantil com tobogan, etc etc. Pausa ao fim do dia, para sair do parque para jantar na semovente, e voltar a noite para o espetáculo de som e luz. No final, cansados e com o reportório das intenções da visita repleto a segunda noite serena no parque dos Futuroscope.

Puy du fou - os vikings
 
Propositadamente não se descrevem o teor dos filmes e espetáculos vistos para não retirar o interesse e curiosidade aos futuros interessados. Basta acrescentar que se justifica a visita – quer pela arquitetura dos edifícios e pelos divertimentos oferecidos, que para esta ser bem-sucedida, sugere-se o sistema adotado…dormir de véspera e no dia da visita no parque de autocaravanas (2 noites).
Porém.... para mais informação aqui fica web site:  www.futuroscope.com

Puy du Fou- o assalto ao castelo
5ºdia e 5ª noite

Dia 7 de Julho, domingo. Partida pelas 9h com destino a Caen e ás praias do desembarque que permitiram o arranque a 6 de Junho de 1944 para o desfecho da WWII (segunda guerra mundial).

alinhamentos dos megálitos de Carnac
 
O excesso de confiança no GPS atrasou a nossa jornada por voltas mais longas e desnecessárias. Em Caen a sinalização para o litoral também não foi a melhor, mas como compensação há a registar uma agradável pausa para almoço junto a um pequeno porto fluvial, e o preço do gasóleo em Caen a 1,299€/L.(feita a média de consumo deu 9.3L/100). Porém sempre chegámos ao destino escolhido, Arromanches (a praia Gold da operação Overlord) onde são muitos os destroços visíveis do porto artificial construído pelos aliados.

Puy du Fou- o Circo Romano
 
Conseguiu-se estacionamento no centro da povoação para uma volta e vista ao museu militar, para depois se rumar ao planalto sobranceiro a arriba onde havia um estacionamento acessível a autocaravanas e com excelente vista sobre uma seara de trigo e o mar.

La Rochelle, parque de AC Jean Moulin
 
Jantar na AC e depois visita ás vistas dos arredores, ate que no regresso a autocaravana foi patente que tínhamos um pneu traseiro quase em baixo, formando uma barriga de mau sinal. Reuniu-se o conselho de viajante e por prudência, optou-se por consultar o SOS do GPS, que indicou facilmente uma garagem a cerca de 6km de distância. Optou-se pois por levantar ferro e seguir caminho cuidadosamente para evitar esvaziar o pneu com manobras abruptas…(já que mudar a roda estava fora de questão, pela dificuldade da operação).

Praia de La Baule
 
Antes porem ainda se passou por uma instalação de lavagens automáticas, tipo Elefante Azul, porque tinha uma bomba de ar…apesar de não ter o terminal adequado com alguma imaginação lá se tentou introduzir ar no pneu, o que se conseguiu apenas parcialmente pois um silvo sinistro indiciava que nem todo o ar entrava e que muito dele se escapava pela válvula, o que permitiu o diagnostico correto que era na válvula que residia o problema (ou no pipo) mas não num furo.

dentro do ferry de Royan para Verdon
 
A noite decorreu de alguma forma apreensiva pelas possíveis consequências do contratempo com o pneu (na altura com 104.000Km rolados e sem nenhum incidente ao longo de seis anos de uso), mas apesar de tudo dando graças ao fato de se ter detetado o problema sem ser em movimento, e com perspetivas de solução relativamente próxima. Alguém velava por nós.

ondas de Biarritz
6º dia e 6ª noite

Acordar cedo e inquieto. Por isso mesmo e com a internet a funcionar no telemóvel procurou-se outros endereços de garagens, pois aquela a que tínhamos aportado só abria as 10h, e o contato com o serviço de assistência em viagem do ACP não respondia. Felizmente o Google deu-nos todas respostas e alternativas, e ainda antes das 8,30h já estávamos a cerca de 1Km de distancia a porta de uma garagem especializada em pneus, que todavia não podia tomar conta da ocorrência, mas que logo nos indicou outra, a cerca de 500 metros de distância e que abriu entretanto as 9h. Foi no Ponto S.

primeiros a pisar a areia da praia
 
Foi um alívio ver chegar o “patron” e depois os empregados. Desmontado o pneu veio o diagnóstico definitivo… a válvula tinha-se rompido ou lascado, e o ar escapava-se assim… UFA! A reparação rápida consistiu pois na mudança da válvula, e no pagamento do serviço que foi cobrado a 30 euros. E ás 9.30h já rolávamos de novo….
área de estacionamento e pernoita de La Rochelle

A viagem prosseguiu pois para “Omaha Beach” e para o cemitério militar americano, e seu centro de informação moderníssimo com uma parte museológica de relevo e com varias salas de projeção de filmes da época de grande interesse documental. Este nosso circuito histórico levou-nos ainda a Pointe du Hoc, local escarpado conquistado pelos engenheiros ingleses que neutralizarem os poderosos bunkers de canhões alemães que forma também submetidos a intenso bombardeamento pelos navios de guerra aliados ao longo da costa e pela respetiva aviação. Vale a pena a visita, que aliás no futuro próximo será acompanhada de um centro de interpretação em finalização.

parque de autocaravanas dos Corsários- Anglet
 
Concluído este circuito, prosseguiu a nossa itinerância turística e Autocaravanista em direção ao Monte de Saint Michel, com cruzamento entretanto na berma da estrada de inúmeras autocaravanas acampadas e já na expetativa da passagem das bicicletas do Tour.

que rico crepe!
 
Em Saint Michel fomos direitos ao novo parking com zona reservada as autocaravanas, ao preço de forfait de 20 euros, que inclui a pernoita, mas sem menor fração para estadias inferiores, mas com a compensação de incluir o transporte gratuito em navette de bus ate ao Monumento (ida e volta) e a visita ao centro de informação que vale a pena, pelo rearranjo global de todo o espaço envolvente, que incluiu já a construção de uma barragem e o início de construção de uma ponte sobre estacas que vai permitir o regresso a condição de Ilha do Monte. Este esta também em obras de recuperação bem visíveis. Pois então percorremos o caminho de ronda amuralhado, a Grande Rue, e a vista a Igreja Paroquial integrada no Caminho de Santiago (St Jacques). A Abadia estava fechada, mas não as portas do restaurante de Mére Poulard onde se tirou a foto comprovativa.

pare escute e olhe?
 
Foi algo cansativo trepar ao lato de St Michel, sob um sol quente, mas como nenhum de nós era turista acidental, pode-se dizer-se que se honrou o calendário e o programa com boa nota.
Grande rue de St. Michel
 
Merecíamos pois um descanso…com relva, sombras e banhos de mais de 100L a dividir por três… ou seja fomos ate ao outro extremo da Baía de St Michel, a Cancale, para aterrarmos no parque de campismo Les Clos Fleuris, ligar a autocaravana a eletricidade de 220e assim beneficiar de um fim de tarde de relax bem merecido…e por menos do que nos custou o estacionamento para ver o Monte de St Michel…
Crateras de bombardeamentos aliados na Pointe du Hoc
 
Jantar fora da semovente nas mesas e cadeiras de pic-nic com todo o descanso possível do longo dia de viagem e com um menu de gourmet: alcachofras frescas cozidas, salada variada com cubos de beterraba e milho, cogumelos salteados com bacon, queijo camembert, etc.

Praia de Biarritz
Depois de jantar um passeio pedestre pelo adormecido centro de Cancale seguido do bom sono de quem o mereceu.

7º dia e 7ª noite

Acordar bem-dispostos e com bom céu azul em Cancale com os desejos de vista a Saint Malo e a Dinan, por isso foi rápido ao almoço e a toilette completa da AC na estação de serviço do camping, e logo se tomou a rota pelo “bord de mer” para St Malo….onde não chegaríamos por causa do TOUR…as estradas já pejadas de gente e de autocaravanas estavam cortadas a entrada para a cidade corsária…e por isso só ao longe… e o mesmo nos sucedeu em Dinan que teve de ser contornada dada a loucura e segurança do Tour em que se evitam os trânsitos cerca de 4/5h antes da passagem do pelotão.

Lago de Ruffec
 
A solução foi rumar para Lorient e descer para Carnac para visitar os alinhamentos dos megálitos, e o Centro de Interpretação dos Monumentos Nacionais franceses… depois de um almoço descansativo na área de autocaravanas e pic-nic de ELVEN que se recomenda para um “stop over” estratégico, A paragem seguinte foi na paria de La Baule, célebre pelos antigos concursos de verão de construções na areia, para uns mergulhos refrescantes e logo seguir a itinerância, subindo e descendo a enorme ponte de St Nazaire e depois por autoestradas gratuitas seguir para a surpresa maior reservada as minhas duas copilotos: o Puy du Fou, indiscutivelmente um dos melhores parques temáticos para adultos e crianças. Chegamos ao parque de autocaravanas privativo deste local já em cima da hora de jantar na autocaravana. Depois foi o passeio noturno, higiénico e digestivo, para recolher a ultima edição do folheto, e programar ao minuto o circuito dos eventos para se fazer tudo ate as 18h do dia seguinte o mais tardar pois La Rochelle esperava por nós. O som veio nas suposições dos desafios lúdicos do dia seguinte.

Puy du Fou- corrida de quadrigas romanas
8º dia e 8ª noite

Pelas 7h já todos se remexiam, apesar das portas só abrirem pelas 9.30h. Aliás ate fomos de navette gratuita, entre parque das AC e a entrada do parque das atrações e aqui seguimos o guião com disciplina militar…primeiro o concerto musical os autómatos, depois os mosqueteiros de Richelieu, a seguir o assalto ao castelo medieval, depois os Vikings precedidos pelo espetáculo das aves de caça dos falcoeiros…etc etc etc. Ficou para o final depois e deglutidas as sanduíches que levamos prevenidamente o espetáculo grandioso do circo romano e a dos cavaleiros da Távola Redonda. E mais não digo para não estragar a surpresa a quem la va ver, o que se recomenda vivamente. Porém há mais informação no web site: www.puydufou.com

Castelo de Penafiel, Espanha
 
Concluida a maratona já pelas 18h estavamos de volta à autocaravana para rumar para La Rochelle. Pagaram-se os 5 euros da pernoita e lá se foi seguindo o GPS submetido a apertada vigilância pelas suas fantasias, durante cerca de 2 horas, para ter a grata surpresa de desembocarmos no novo parque de autocaravanas em funcionamento anunciado para Julho e  Agosto…aqui: N-49º 9´16´´ e O 19º 8´21´´.

Ponte de St Nazaire
 
Desta vez estava prometido um jantarinho para os três na esplanada do porto velho de La Rochelle. A escolha recaiu num já conhecido de outras andanças…o BATEAU IVREe o jantar embora frugal foi muito agradável… calamares, salada de atum e mexilhões com molho Roquefort… depois uma passeata pelas muralhas e pela feira noturna de artesanato e espreitar as evoluções de artistas de rua de break dance, equilibristas, e declamadores…uma autentica vitalidade de “movida” bem animada. O regresso foi feito pela navette que funciona até as 23.30h de 10 em 10 minutos para o parking Jean Moulin.

Catedral de Burgos
 
Noite calma e repousante, com alguns recortes ainda para os álbuns de férias, apuramento das medias de consumo em 9,5L/100Km, e programara s ultimas duas noites de férias.

9º dia e 9º noite

Saída de La Rochelle, passagem ao longe pela ponte Transbordadeur que não foi visitada para evitar mais desvios, e em ROYAN apanhamos o ferry de cruzamento da foz da Gironde…enorme barco com dois andares de transportes de viaturas, nós autocaravanas e camiões tipo TIR no andar de baixo e os ligeirinhos no andar de cima.

centro de interpretação de Atapuerca
 
Chegados a península do MEDOC curta passagem pela Igreja de Soulac, passagem obrigatória dos peregrinos britânicos com destinado a Santiago de Compostela que chegavam ao Verdon por via marítima. Experiencia já vivida mas que as copilotos acharam agradável.
Marina fluvial numa pausa picnic na AC

O GPS la se foi comportando benzinho permitindo contornar a distância Bordéus e tomar a A63 cerca de Mios. O almoço foi numa nova área de serviço a do Oeste das Landes numa sombra e com o farnel refeito para a viagem. Fomos depois diretos mas pelas nacionais a Bayonne depois a zona da Barre , para nos enfiarmos no parque de autocaravanas dos Corsários, muito vazio de frequência.
detalhe técnico dos despejos de aguas cinzentas nos Corsários/Anglet
 
Ora depois? Praia, praia e mais praia de que só saímos as 20,15h depois de quase esgotarmos as ondas de água quente a 19º, pelo menos. Jantar  com as vitualhas da Ac e cerveja fresquíssima com o frigorifico a funcionar a gas e em pleno. Depois a habitual volta pelo paredão pelo litoral de Anglet para digerir o jantar e preparar o sono reparador.

10º dia e 10ª noite

As 7h já havia candidatas para ir para a praia- importava aproveitar ao máximo essa manhã de banho e bronze, e por isso antes das 9h já as toalhas estavam estendidas numa areia intocada por outros pés. Até as 12.30h fizeram-se as honras a praia, as suaves ondas e ao sol no areal.
Puy du Fou - espetáculo Lança Quebrada (ataque ao castelo medieval)

De seguida o chuveiro na paria para lavra a água salgada e retomar a semovente para se ir almoçar na zona da Barre e dai partir para Burgos…cruzamento da fronteira pela autoestrada e depois cuidados sempre pelas indicações A15 (gratuita) que liga antes de Tolosa com autovia N1/A1…saída obviamente em Miranda do Ebro para encher o depósito com gasóleo “Low cost”, e depois o caminho inverso da vinda…desfiladeiro de Pancorbo, Brujula, Atapuerca…
Rei Artur e cavaleiros da Távola Redonda no Puy du Fou

Falhou porem a vista as Jazidas de Atapuerca na componente do Parque Arqueológico onde a ultima vista era as 19h, devido a um tremendo e diluviano temporal que se levantou e despejou granizo e rajadas de vento de vergar choupos, inviabilizando a almejada vista. Fica para a próxima, é o pensamento positivo a formular. Aproveitou-se apenas a vista ao centro de interpretação ainda demasiado novo e pouco recheado.

Catedral de Burgos
 
Passada a inesperada borrasca foi concluir a etapa e parquear para pernoitar junto ao Centro de saúde de Sta Clara junto a mais 9 autocaravanas. Com uma luminosidade límpida o resto do dia foi aproveitado a calcorrear as raus de Burgos, a patrulhar as ruas da Catedral e a visitar mais uma feira de artesanato urbano nas margens do Rio de Burgos. O Jantar ligeiro foi na praça mayor a picar tapas, antes de voltar a semovente para a ultima noite de viagem…

11º dia de viagem e ultimo….

Cid o Campeador...sempre em frente...
 
Dia azul, brisa a empurrar o nascer do sol para a frente, luz criadora para despertar bem as fominhas variadas de pequeno-almoço. E depois simples o regresso com um desvio pelo Castelo de Penafiel.
o autor e fotografo...fotografado...enfrentando os dragões do destino
 
Em Valladolid novo susto com uma válvula do pneu traseiro direito que com ciúmes do seu parceiro esquerdo, que na zona de Bayeux levou uma válvula nova, deu de si mal paramos e passou a silvar o ar que tinha dentro! Por sorte havia no centro comercial uma garagem, pro azar a garagem era dimensionada so para ligeiros, por sorte indicaram-nos outra garagem a caminho de Leon, por azar não a topamos, mas por sorte avistamos outro centro comercial RIO e uma garagem Norauto…Por sorte fomos logo atendidos e diagnosticada uma válvula ressequida…e por sorte mudaram logo o pneu e a válvula, e pela sorte das sortes não cobraram nada…e adeus e boa viagem para Portugal. OBRIGADO POIS à NORAUTO DE VALLODOLID do CENTRO COMERCIAL RIO…
Just me, no Bac de Royan a Verdon
Mais histórias e fotos não há. Almoçamos umas tapas e saladas em Alaejos e seguimos a rota normal ate a fronteira e daqui a A23 para Alenquer. Foram 11 dias de viagem, 10 noites de pernoita e exatamente 4. 173Km andados com medias variáveis entre os 11L/100km com o mostrador do velocímetro muitas vezes nos 130km/h e o mínimo de 9.2L/100Km com menos de 90km no velocímetro e menos de 2000RPM.
Estacionamento e pernoita no Futuroscope
 
Mais palavras aqui também não Ficam as que se escreveram 4250 pouco mais de uma palavra por Km percorrido…e esta hem?
a busca da saída para enfrentar a tempestade de granizo e chuvas em ATAPUERCA...