sábado, julho 18, 2009

Férias verão 2009: 7ª etapa de Moissac ao Lago Leon em Autocaravana


7ªnoite lago Leon

Pois acordámos em Moissac, mais uma área de autocaravanas para estacionamentos e pernoita e com estação de serviços que não se encontra nos guias que temos disponíveis Recomendamos pois e aqui ficam as coordenadas GPS:
N- 44º 08´ 00,58´´
0- 1º 05´ 08,05´´


A noite não teve problema, mas janelas fechadas, porque se estava num parque de estacionamento simples e comum a outras viaturas. Bastou-nos pois ter as claraboias escancaradas!

Assim, logo que prontos e por ser dia de mercado, -não perdemos habitualmente as visitas aos mercados, sejam cobertos, sejam de rua, sejam de cidade sejam de estrada, ou de qualquer outro tipo, lá fomos ao footing matinal.
Depois foi rever o portal da Igreja medieval (O claustro famoso ainda estava fechado) e que tem a curiosidade do umbral esquerdo, no painel direito representar o diabo em posição estranhamente grotesca diabolizando sexualmente a mulher com os seios a serem mordidos por serpentes e o púbis por um lagarto, enquanto outro painel exorciza morte do avarento com baixo relevos muito expressivos. Fica nas fotos!

Percorremos a feira sem novidade e depois já montados na semovente seguimos para a ponte canal de Moissac, que aliás esta rodeada de eclusas. É muito menos majestosa que a de Briare, mas tem interesse ver uma ponte sobre um rio, que me vez de ser uma estrada (ou um caminho de ferro) é um canal por onde passam barcos….ou seja barcos do canal passam por cima de barcos que em baixo seguem pelo rio.


Etapa seguinte foi Agen, com curta entrada em supermercado para alguns reabastecimentos, e à saída passagem sob outra ponte canal…à semelhança mas mais imponente que a de Moissac. E continuámos para Cadiallac em direcção a Bordéus.

Era hora de almoço, e desta vez parámos em Cadillac, outravez, como no início desta viagem inciada há 7 etapas atrás, no mesmo local frente ás muralhas mas ao invés de comermos dentro de muralhas optámos por comer no exterior, num restaurante hotel de beira de estrada, chamado Detree, na Av du Pont…em boa hora!

Excelente o preço do menú completo….10 euros, menos que os que os 11€ afixados, porque entretanto baixou o IVA nos restaurantes franceses de 19,5% para 5,5%, desde 1 de Julho…tal como em Portugal, não é? e assim o menu habitual de 11 euros baixou para 10€ com sopa, entrada, prato principal e sobremesa…bebidas à parte, mas meio litro de vinho da região é aqui facturado a 3,10€, logo dois almoços custaram 23.10€. Qualidade e quantidade de braços dados.

Até o tempo ajudava e o sol em esconde-esconde não foi impeditivo de comer-se na esplanada exterior. Um sossego. Valeu pois esta revisita a Cadillac!

Seguiu-se calmamente para Bordéus sempre pela margem direita do Rio Garonne, com o objectivo de entra mesmo e ir ao centro desta cidade…uma estreia!

Entrámos sem dificuldade, vindos do sul, no periférico de Bordéus, direcção Bassin de Arcachon, Bayonne e logo, na primeira saída, para o "centre ville" lá fomos. Então! -já lá vão mais de 32 anos de viagens por França, e nunca tínhamos senão circulado pelo exterior de Bordéus, a caminho dos destinos que em cada momento se colocavam... era tempo de irromper pela cidade adentro.

Foi pois uma surpresa o gigantismo da urbe, a imensidão do seu centro, e o enorme número de pessoas que se acotovelavam nas ruas de peões, com saldos anunciados nas montras, em todas as lojas atá 70%. Tudo debaixo de um calor sufocante.

Porém não houve qualquer dificuldade em estacionar a semovente. À sombra, em parque espaçoso reservado a ligeiros e a bus…ditos cars de tourisme, no lado norte da esplanada de Quinconces, frente ao rio, a seguir a Ponte de Pedra, de quem vem do sul…daí ao Turismo foi um passo ...e lá confirmamos que sim senhor que a AC estava bem estacionada e que podíamos seguir descansados ao passeio pedestre.



Lá estivemos, mas não por muito tempo…algo no ar e nos edifícios faz lembrar fortemente Paris, em grandiosidade. Passamos pelo Grand Theatre, seguimos pela rua de Sta Catarina, vimos a torre Pey-Berland, a Catedral pelo exterior e em obras de manutenção, o edifício da Câmara, e mais ruas e ruelas do quadrado central, passando por vários casamentos, em fotos por todos os cantos..era sábado, dia 4, o primeiro sábado de Julho e de férias mais generalizadas.

Feitas as fotos de documentação, era altura de desaparecer daquele ambiente fora do estilo desejado para estes dias de férias, e assim retomámos a marginal, junto ao rio, para regressar na direcção Bayonne…e eis senão quando, do outro lado da marginal (fluvial) aparecem numa autocaravana, em sentido contrário, as letras vermelhas de PAPA LÈGUAS…isso mesmo, o companheiro autocaravanista que mantém um blog com assiduidade rara. Foi essa apenas a terceira vez que vimos uma autocaravana portuguesa, fora de Portugal, nesta viagem…

Rápida troca de saudações pelo telemóvel, indicações sobre o estacionamento que tínhamos utilizado com sucesso…e cada um seguiu ao seu destino, um para sul, em fim de férias, outro para norte em príncpio de férias, como votos recíprocos de boa viagem!

Então lá fomos descendo para sul. Objectivo, o Lago Leon, para ir descer a corrente de Huchet, uma curiosidade natural que consta de todos os guias turísticos e informações sobre reservas naturais.

Para saber mais basta ir pela internet:
http://www.reservenaturelle.couranthuchet.org/

Pois lá chegámos ao fim de tarde, tardios. A área de autocaravanas é ampla, relvada, consta dos guias respectivos e custa 8 euros noite, dispondo de estação de serviços gratuita, onde aproveitamos para uma total toilette à semovente. Como fica junto à paria fluvial (ou lagunar) de Leon, há vários equipamentos como sanitários, com duches exteriores, cafés, restaurantes, parques infantis, canoas e gaivotas para aluguer, parques de campismo e padarias, mercearias ou mini supermercados, tabacarias, etc.

Enfim, um local bem equipado até para uma estadia mais prolongada, especialmente para quem tenha crianças, para beneficiarem de um espaço seguro com praia, floresta e vários caminhos pedestres e para biclicletas.

À hora de chegada, foi preparar logo mais uma vez um jantar, de moules. Desta vez sem as frites, que comemos no exterior da AC numa das várias mesas de pic nic do parque reservadas aos autocaravanistas, e sob uma luminosidade e temperatura ideais, sem mosquitos, nem outros insectos incómodos…e depois a passeata pós janta, a pé pelas imediações, para a consorte se deliciar com um crepe de sobremesa!

Estava concluída a jornada! Lidos jornais, ouvida a rádio, espreitada a televisão, feitos telefonemas habituais para casa para a família, foi entrar em sonhos até Morfeu desaparecer ás primeiras horas da manhã, decerto assustado com os raios solares.

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