quarta-feira, abril 15, 2009

Pascoa 2009 II, da Praia da Rocha a Vilamoura


Pascoa 2009-II, Da Praia da Rocha a Vilamoura.

Chegamos pois a Rocha já depois do jantar do Carvoeiro. Caminho feito pela Via do Infante, para encurtar distâncias e com saída direita ao hospital de Portimão, e depois pelas vias largas, até junto a arriba do mar, na rotunda dos Três Castelos, viragem a esquerda e paralelos a linha de costa até a primeira rotunda. Inversão do sentido de marcha, e depois quase, quase antes da rotunda dos Três Castelos, virar à direita, e logo se vislumbram duas zonas pejadas de autocaravanas.

É aí. GPS 37º 07´13,20´´ Norte, e 8º 32´49 11 Oeste.

Noite descansada depois de um parquear ajudado por um dos pouquíssimos autocaravanistas portugueses que se esgueirou mais um pouco para cabermos os dois em paralelo. Porém é de dar nota negativa aos muitos estrangeiros parqueados no segundo estacionamento já que no primeiro, cheio, estava tudo correcto. Ou seja parados na vertical do horizonte e não na longitudinal, ocupando quase 4 lugares de parqueamento de outras mais 3 autocaravanas.

Acordar dia 9 de Abril, 5F. O som de despertar foi o grasnar esvoaçado de gaivotas. Ora gaivotas em Terra…O pequeno-almoço típico, só que foram de torradas de pão alentejano comprado no Algarve, em Lagos. Depois uma volta pelos arredores, a tempo de ver despejo de cassete de um inglês nas ervas altas atrás de autocaravana. Resta saber s e houvesse uma área de serviço se se daria ao incómodo de lá se deslocar. Outros com bicicletas e cadeiras de estender preparavam-se para se esticarem ao sol, e ainda outros dentro dos seus blindados, esperavam que a roupa secasse ao sol nos estendais. Tudo gipsy style.

O tempo clareava, ensoleirava-se, mas não o suficiente para ir a banhos, Passear a pé sim…e sem descer ao areal, beneficiado com os passadiços de madeirame pontilhados de restaurantes modernaços, ficamo-nos pelas arribas, e pelo percurso ao longo da costa por entre esplanadas de restaurantes e vistas de mar, e de gaivotas, e de gentes lá em baixo na praia aconchegados por tee-shirts não despidas. As fotos aí estão!

Era de aproveitar ainda mais o tempo. Assim comprado o jornal, foi a escolha de uma esplanada mais ao sol e leitura vagarosa dos títulos ao lado de um café. Tempo de descanso e depois o inevitável acerto de horas de almoço, a ida ao Continente para comprar uns camarões, um vinho, um presunto fatiado, e pelo meio-dia lá estávamos no terraço virado à baía do Arade na boa da conversa, com o Rui e mulher. Bom almoço, bons amigos, bom tempo!


As despedidas vieram a tempo de se poder fazer uma visita a umas lacunas de cultura algarvia, e já vão bem mais de 50 anos de Algarves: Milreu e Estoi!

Seguimos outra vez pela via do Infante, e a saída fez-se na vertical de Olhão. Logo depois Milreu e as suas celebradas ruínas romanas. Eram 16.50h. mas na portaria o funcionário logo disse que já não valia a pena entrar porque fechavam as 17h! E mais nem queria vender os ingressos! De repente armou-se um pé de vento…como tal seria possível se na internet esta indicado o horário de fecho as 18H! se no próprio local a mesma indicação esta impressa no aviso exposto ao publico?
Gentes diversas protestam perante a atitude anti-turística, anti-economia nacional, anti-imagem do País. Não lembra que a uma 5f integrada na semana da Páscoa, com um fluxo de turistas portugueses e espanhóis, e depois da mudança da hora, os dirigentes da Cultura da Região do Algarve continuem de olhos fechados ou cegos as exigências de uma gestão consequente. Pois lá ficou o protesto escrito, veio copia que agora segue para o Ministro da cultura… e em 5 minutos em passo de corrida, e lá se percorreram as ruínas de Milreu, romanas de origem e valorizadas pela ocupação cristã do templo do século V. Ficam as fotos.


Saímos de Milreu pois pelas 17.15m perante um vigilante que parecia de discoteca, ou de ginásio de culturismo, um funcionário frustrado por ter saído do seu local de trabalho já passava das 17h. Etapa seguinte…Estói, Palácio hoje transformado em pousada pelo Grupo Pestana.

Obviamente que me vésperas de inauguração a azáfama era grande. Camions, e camionetas, brigadas de jardineiros, electricistas, pintores, canalizadores, etc. Acotovelam-se por todo o lado quer na zona da piscina, quer nos jardins quer nas entradas do corpo novo acoplado à estrutura do século XIX, que permite um total de 60 e tais quartos. Alguns já estavam com hóspedes, e no café e terraço varais pessoas faziam as primeiras despesas hoteleiras.

Que dizer? Uma maravilha de politica de investimento privado, uma valorização do património cultural do Algarve, uma abertura ao publico em geral e pelo preço de um café, pró exemplo, de salões monumentais que de outro modo estariam no segredo dos possidentes. Pode ser que daqui a algum tempo haja reflexos consequentes na abertura das ruínas de Milreu ao Publico…


Apenas uma nota para os autocaravanistas. Os acessos... não são um modelo. Por cima, pela vila, há uma rua de sentido único, e por baixo, antes da entrada na vila há uma outra via de duplo sentido, estreita, entre muros de quintas e que…é sem saída…espera-se que os arranjos finais melhorem a circulação, mas definitivamente que é um local de luxo (por enquanto só com 3 estrelas) e para automóveis ligeiros ate 2 metros de largo. Alternativa possível é estacionar a AC algures e fazer o percurso pedestre até ao palácio.

Tempo então de rumar a Vilamoura, mas antes passamos pela Quarteira para ponderar uma dormida na Praia do Forte Novo (que já lá está) . Impossível.... dezenas e dezenas de autocaravanas estacionadas e acampadas junto aos canaviais da praia. O que será no verão? Definitivamente amis um alerta para as CM não perderem as receitas que assim não percebem, e que pdoerão obter com locais devidamente infraestruturados e adaptados ao estacionamneto, e pernoita de AC. O mesmo se diga aliás do que vimos depois frente ao Guadiana em Vila Real de St Antonio. A norte da estação fluvial são dezenas e dezenas de autocaravanas que bem poderiam usufruir de melhores condições, em beneficio próprio, para vantagem da autraquia e de todos nós. A liberdade em sociedade não se confunde com promiscuidade, nem com anarquia, nem como vale tudo, como e bem, o Movimento Autocaravanista, sem fundamentalismos, nem populismos, tem vindo a teorizar e a defender com a credibilidade que lhe tem vindo a ser unanimemente reconhecida. Há que preparar o verão, mas a trote.... e já vai tarde! Casos paradigmáticos de excelência como é Castro Marim, Aldeia da Luz, Batalha, Abrantes etc. ainda são excepção. Cá fica mais este alerta para os nossos leitores com capacidade de intervenção positiva !
O jantar estava previsto com mais família, agora do lado da consorte. Por isso seguimos quase até Olhão e depois calmamente pela estrada velha, a 125, até Vilamoura. O estacionamento fácil encontra-se em zona bem central, no parque de estacionamento do MacDonalds…mas optamos por um outro local mais recatado, igualmente central, mas que egoisticamente não divulgamos as coordenadas… senão lá se vai ele para as concentrações autocaravanistas, …e depois para as listas de proibições… fica só para quem perguntar e for amigo!

Estacionados no local que seria também de pernoita, fomos as voltas a pé pela Marina, que nos últimos 2/3 anos sofreu melhorias diversas no aspecto dos restaurantes que todavia afixam preços do simples cerca de 7€ por prato até ao complexo aritmético de mais de 50€. O Tempo já pré anunciado de frescor pelas gaivotas matutinas, assim se confirmava com brisa marítima adjuvante, e por isso a hora do apero (diria um francês) a taça de vinho branco foi tomada no interior, e não na esplanada do mítico bar 7 do China do figo e demais gentes da Bola. Toda a decoração é essa mesmo…cracks da Bola, vídeos da Bola, fotos da Bola, camisolas da Bola. Gentes clientes, estrangeiros em grande maioria e de cerveja. Preços aceitáveis.


E depois foi a janta. Local escolhido pelos anfitriões…o AQUAVIT. Qualidade da melhor, companhia a melhor, e deste modo eram 2h da manhã quando os ponteiros surpreendem pela sua posição avançada. Despedidas, actualização de mails de tios e sobrinhos, e primos, e regresso a pé, através da marina quase deserta para a semovente para a noite, melhor diria, para a madrugada de sexta feira santa da Páscoa de 2009.

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