- Assistimos todos ao multiplicar de instalações adequadas ao estacionamento de autocaravanas, em especial promovidas por Câmaras Municipais, que permitem ir dotando o País de uma rede crescente de apoio ao autocaravanismo itinerante, especialmente no interior de Portugal, apetecível também por estrangeiros por portugueses e de que aqui se salientam e distinguem três exemplos: o caso de Pardilhó, de Torre de Moncorvo e o da Aldeia da Luz. Nesta rede distinguem-se também de anos anteriores, a Batalha, Abrantes, Mação e as estações de serviço para autocaravanas nas auto-estradas A2 (Almodovar), A8 (Óbidos) e A23 (Castelo Branco)
- Assistimos todos ao reconhecimento legal do direito dos autocaravanistas a fazerem campismo nos parques de campismo, e fora destes, nas áreas de serviço para campismo de autocaravanas.- Assistimos todos a estes propósitos, e à formação emergente de uma consciência crítica da opinião pública esclarecida maioritária, que começa a ser partilhada por autocaravanistas e decisores, de que o problema essencial que fica por resolver do autocaravanismo está nas três questões subsistentes:
- b) inexistência de parkings, ou seja estacionamentos para mais longa duração de permanências de autocaravanas, em lugares adequados ao seu gabarito, mas limitados a 48h ou 72h, gratuitos ou pagos, e devidamente sinalizados.
Assim, propomos à apreciação pública, as expressões:
Quanto ao Relatório:
E...sem esquecer também os outros participantes da Nação do Autocaravanismo, com iguais direitos de cidadania, ou seja, os segmentos do associativismo, dos comerciantes de serviços e de equipamento rolante, dos parques de campismo e das autoridades interlocutoras, co-relacionadas com o autocaravanismo, desde as policiais até as autárquicas, e às soberanas, os governantes e legisladores.
O CPA mantêm-se como o maior clube português do autocaravanismo, sendo de saudar o aumento muito significativo do número de novos associados. Mas não é o único, devendo citar-se como outros clubes, a APANAT e agora, o surgimento a completar um panorama alargado, o CAN (norte) e o CAS, (oeste) e os Amigos do Centro (centro), havendo naturais rumores positivos sobre outros clubes de autocaravanistas em processo de constituição, formal ou informal, de base regional.
A direcção do CPA eleita em 2008, pelo seu lado, mantêm um forum aberto a sócios e não sócios, e aqui também, este local de encontro virtual dos autocaravanistas não está sozinho. Existem, além do forum mais antigo e quase inactivo do CAMPCAR, o do portal e projecto CCP- Camping Car Portugal, mais outros dois foruns emergentes de interesse geral, do Clube Campinanda e o Autocaravanismo.net, e outro de sector especializado, a Tribo das Estrelas, para além do recente forum regional dos Amigos do Centro, como aliás esta Newsletter tem divulgado. Há assim já sete foruns de autocaravanismo, e de portas abertas!
Neste particular há a lamentar o encerramento do forum do CPA em duas ocasiões, uma voluntária, e outra involuntária, para além da instabilidade do desempenho da função de moderador do forum.
Anota-se no caso dos foruns mais representativos – do CPA Clube de Autocaravanas de Portugal, e do CCP Camping Car Portugal, que cabe realçar a aproximação do diálogo entre as duas administrações, em tempos de costas voltadas.
Três indicadores positivos ficam aqui registados:
1)os votos de parabéns aos eleitos em 2008, para a Direcção do CPA, emitidos publicamente pelos responsáveis do forum CCP.
2) a adopção pelo CCP da sua vocação exclusiva pelo autocaravanismo, com natural alteração do respectivo logótipo. ( de onde foi eliminada a figura da caravana)
3) o lançamento em cooperação com a Associação ANIMAR, do projecto Portugal Tradicional, pelo CCP e com divulgação no CPA.
A par da existência de número crescente de sócios autocaravanistas em Clubes de Campismo e Caravanismo, sublinha-se entretanto, o interesse do
Registe-se ainda, que na ausência de interesse do CPA em estabelecer um diálogo de cooperação com o ACP, tem sido o MIDAP –com a representatividade inegável da plataforma que constitui, e que lhe é já reconhecida legitimidade por entidades públicas e privadas, a desenvolver e aprofundar essa relação promissora. Sublinhe-se também, que o CAB igualmente contou no acto da sua constituição, com a assistência por uma delegada do ACP .
A par do ACP, regista-se também o interesse de outras entidades díspares, como por exemplo um inovador portal privado de Turismo e Cultura MYGUIDE, e a Revista de Turismo VIAJAR, que já admitiram neste ano de 2008, vir a estudar em 2009 (apesar da crise económico-financeira) contributos sobre o tema do Autocaravanismo, prevendo-se a possível edição de uma edição Nº 1 da Revista Viajar em Autocaravana por ocasião da Nauticampo.
Do lado da oferta, também há indícios de movimentações interessadas, estando em estudo uma plataforma tripartida que envolveria a ACAP, (Associação dos Comerciantes de Automóveis de Portugal) a AECAMP (Associação das Empresas de Parques de Campismo de Portugal) e a FPCM, (Federação Portuguesa de Campismo e Montanhismo) também orientada para se ocupar sobre os desafios do autocaravanismo.
Last but not the least, há a registar, apenas no segundo semestre, quatro iniciativas inovadoras:
1) a criação do MIDAP- Movimento Independente para Desenvolvimento do Autocaravanismo em Portugal.
(www.midap.blogspot.com)
Constituído de forma mista por autocaravanistas e entidades do sector, apostados em contribuir de forma dedicada, e graciosa, a favor de uma plataforma com tudo quanto ajude ao desenvolvimento do sector, e assim, com a presença do Presidente do CPA e membros da administração do CCP já se realizaram varias reuniões internas de trabalho.
2) a criação do CAB- Circulo de Autocaravanistas da Blogo-esfera,
Associação original, sem fins lucrativos, que reúne já de forma representativa, e de forma inédita bloguistas, e web masters de sites relativos ao autocaravanismo.
3) A continuação da preparação da criação do ONGAI- Observatório Não Governamental do Autocaravanismo Itinerante
(www.ongai.observatorio.blogspot.com)
4) A preparação inicial de um Anuário do Autocaravanismo Português,
(http://anuarioautocaravanismo.blogspot.com/)
como referência de, e para todas as iniciativas válidas deste sector, e que se destina a ser uma base de informação e consulta em permanente evolução, e actualização, de modo a constituir um recurso espontâneo como banco de dados informal de acesso a todos os interessados.
Pelo seu lado, a Newsletter, para além do apoio a todas estas iniciativas, organizou o inédito I Concurso de textos de viagens em Autocaravana, e o seu gabinete de estudos produziu, colaborou e publicou textos de pareceres sobre legislação em preparação no domínio do turismo do espaço rural e do Campismo, bem como sobre o Relatório da CCDR do Algarve sobre Autocaravanismo.
Note-se mais uma vez, que na nova legislação de campismo, e de que resultou uma portaria, onde pela primeira vez utiliza a expressão autocaravanas, vem aplicar-se exclusivamente a estas, só e quando ligadas à actividade do campismo, ou nos parques de campismo, ou fora destes, nas áreas de serviço para campismo com autocaravanas, na terminologia legal. Não é pois necessário fomentar o alarme entre os autocaravanistas.
A Newsletter, por outro lado, também apoiou e participou voluntária, desinteressada e activamente no processo de formação do MIDAP, do CAB, do ONGAI e do Anuário de Autocaravanismo, bem como participou nas reuniões havidas com o ACP, e Turismo de Portugal, entre outras. Do mesmo modo, contribuiu discretamente, para a inclusão de um dos cinco destinos iniciais do projecto Portugal Tradicional acima mencionado, tendo divulgado de forma objectiva e isenta, todas as iniciativas válidas e sérias ocorridas (na ilha) no Movimento Autocaravanista integrada (no arquipélago) e na Nação do Autocaravanismo.
As notas menos positivas centram-se sobretudo nos factos seguintes:
1) De as autoridades soberanas (titulares do poder legislativo) não terem ainda legislado, nem sobre o favorecimento do estacionamento de veículos autocaravanas, nem sobre sinalética de interesse para o autocaravanismo, tendo-se assim verificado por parte da FPCM o registo de (marcas) com símbolos e logótipos, de forma privada, mas que constituem património de interesse e do domínio público a nível europeu, e por isso insusceptiveis de apropriação particular e exclusiva,
2) A existência de actuações de uma minoria de autocaravanistas, nacionais e estrangeiros, que utilizam as autocaravanas com desrespeito pelos códigos comportamentais do sector, geralmente utilizados e divulgados por todos os clubes de autocravanismo, e que deslustram e denigrem a imagem que a opinião pública poderá formar sobre os autocaravanistas em geral, facto este agravado por uma comunicação social pouco sensibilizada e sensacionalista.
Na Newsletter, sublinha-se, somos pelo direito ao Autocaravanismo itinerante, o que significa a lieberdade de usar o veículo autocaravana, como tal, em estacionamentos adequados, pontualmente ou de longa duraçao, inclusive para pernoita, ou como alojamento turístico em parques de campismo, ou nas futuras áreas de serviço para campismo com autocaravanas:
- Por isso, com a equipa de redacção e do gabinete de estudos, a Newsletter prosseguirá e apoiará a divulgação de todas as iniciativas, nacionais ou estrangeiras, que se relacionem com o autocaravanismo itinerante, e matérias conexas, sempre de forma positiva, contribuindo assim, de modo pró activo e construtivo, para a consolidação de uma consciência crítica, fundamentada, séria e informada sobre o sector, que potencie um maior envolvimento e cooperação de todos os genuínos interessados.
- Deste modo, a Newsletter, sem todavia se intrometer, estará sempre disponível para colaborar com o CPA, o CCP, o ACP, o MIDAP, o CAB, e bem como com as demais associações privadas, ou entidades públicas e que nisso possam ver interesse, actuando independente e autonomamente, como agente assessor ou catalizador, mas nunca com projectos de poder, ou pretensões de liderar processos de interesse para a causa pública.
Ou seja, na Newsletter não somos:
-nem pela unicidade do Movimento Autocaravanista, pois todas as regras unanimistas e absolutistas resvalam para o totalitarismo, negam a liberdade de expressão e assumem a manipulação e perversidade de modelos do passado de inspiração Gobeliana (repetição de mentiras até se converterem em aparência de verdades) e leninista, com as suas vanguardas auto-convencidas.
-nem pela unidade de direcção do Movimento do Autocaravanismo, sob uma só batuta, hegemónica, e dominante, que pode esconder e abafar tendências, que mesmo exprimeindo sensibilidades minoritárias, não devem ser desconsideradas num modelo qualitativo e participativo, e não apenas quantitativamente democrático. Ou seja, importa ter a força da razão, e não apenas a razão da força (incluindo a numérica)
- Na Newsletter, somos sim, pela União consensual de esforços plurais, pelo pluralismo de ideias convergentes, de ideais comuns, de partilha de contribuições, da inclusão de tendências, de complementaridades, e de especificidades, sob o maior denominador comum que é o do autocaravanismo itinerante, e do valor da livre escolha dos autocaravanistas pelo acolhimento ou em parques de campismo, ou em locais com estacionamentos adequados. A união permite manter autonomias do que une, sem as reduzir ao uno, ou unidade, caminho resvaladiço para a unicidade. A união como conceito de ciência política permite pois uma acção conjunta e eficaz, sem prejuizo das soberanias unidas, mas não unificadas. Onde e como? Pois num congresso nacional a agendar em tempo oportuno, e a preparar gradualmente
Desde sempre defendemos na Newsletter, e publicamente em foruns, esta visão de união, que exige uma estruturação, e uma institucionalização participativa muito séria para o sector, que no título deste contributo, identificamos como a Nação do Autocaravanismo integrando, como coluna vertebral, o Movimento Autocaravanista responsável, o que desde logo excede o simples conceito de autocaravanistas. Não são estes, os únicos a ter direitos de cidadania activa na sociedade plural relativa à Nação do Autocaravanismo. Mas são uma componente essencial para a União de esforços favoráveis a consolidação do Direito ao Autocaravanismo.
Para efeito de melhor pedagogia, retomam-se agora sugestões já apresentadas (pelo responsável da Newsletter, como sócio do CPA) pública e transparentemente, na altura, à Direcção do CPA, antes, durante e depois da assembleia geral de 16 de Fevereiro de 2008, referidas no forum do CPA, quando ainda se poderia admitir que este clube assumisse plenamente a quota-parte das suas actividades clubisticas relativas à sua vocação federativa:
1) Criação de um gabinete de estudos de apoio à direcção,
2) Criação de um observatório não governamental do autocaravanismo, aberto a todas as entidades, Interlocutores e autoridades de relevo para este sector,
3) Realização de mesas redondas curtas (1h) por ocasião das concentrações ou passeios do CPA ,
4) Divulgação de um código de etiqueta para o forum, e do moderador,
5) Mudança do logótipo do clube, para um mais moderno e institucional,
6) realização de jornadas de portas abertas nas delegações regionais,
7) preparação e realização do I Congresso Nacional do Autocaravanismo.
Mas, passados os 100 dias de graça, que a actual Direcção do Clube merecia, após a sua eleição, as respostas foram nulas, nem foi motivado o interesse dos associados no forum e na ausência de artigos de opinião no Boletim. Assim se justifica, que o dever e compromisso livremente assumido pelo responssável da Newsletter, de participação cívica, no exercício de um dever de cidadania e de responsabilidade social, se tivesse que desenvolver, e da mesma forma desinteressada e gratuita, em outras direcções.
Ora, não tendo sido ainda possível cooperar directamente com o CPA, e não sendo opção, por imperativo categórico e ético indeclinável, conspirar contra o CPA, a solução estava em desenvolver no exterior, com espontâneas boas vontades qualificadas, e inconformadas com a situação de crise evidente, evidenciada pela multiplicação de formas anónimas e agressivas de intervenção na Internet.
O eixo dinâmico e o epicentro de referência do Movimento do Autocaravanismo visa mais além, tem hoje um novo rosto estruturado, credível, reconhecido como tal, e embora jovem, já está prenhe de realizações e de projectos, com conciliação de motivações diversas nos seus suportes plurais, e por isso mesmo, com valor criativo, inovador, e com acrescentado factor representativo.
De facto:
- Não basta ter-se, quantitativamente, o maior clube de autocaravanas.
- É necessário ser, qualitativamente, a melhor estrutura Autocaravanista.
Por outro lado, há que elaborar prioridades e estabelecer patamares de programas e projectos a realizar, em função dos recursos existentes, e das potencialidades disponíveis:
1) A necessidade de apoio à formação e consolidação de novos clubes de autocaravanistas reunidos à volta de marcas (caso Aventure, e Tribo das Estrelas) ou de base regional (Amigos do Centro e CAS) ou ainda de natureza sectorial, de forma espontânea, ou pela via, desmultiplicada, se auto-consentida, pelos associados do CPA, caso entendam gerar novos clubes por destaque, e sub agrupamento dos seus associados, por exemplo, de base regional. Estas realidades já emergentes poderão ser a longo prazo, o substrato de uma possível e futura FATI-FEDERAÇAO DO AUTOCARAVANISMO de TURISMO ITINERANTE.
2) Criação e entrada em funcionamento gradual de um ONGAI - Observatório Não Governamental do Autocaravanismo Itinerante (está no programa do MIDAP, e o site foi criado)
3) O desenvolvimento, projecção e consolidação do MIDAP- Movimento Independente para Desenvolvimento do Autocaravanismo em Portugal, como uma plataforma de união e cooperação de autocaravanistas e entidades interessadas e com intervenção no autocaravanismo, e onde se aguarda sempre a presença do CPA, muito especialmente no diálogo com as entidades oficiais. Designadamente, coadjuvaremos o MIDAP no diálogo ja encetado, com os poderes soberanos, com a Sucomissão Parlamentar do Turismo, com o Turismo de Portugal da Secretaria de Estado do Turismo, com a CCR do Algarve, e Câmaras Municipais.
4) A dinamização do CAB – Circulo de autocaravanistas de Blogo-esfera como uma rede representativa de plataformas de internet de produtores de conteudos de autocaravanismo, e de especial relação com a comunicação social.
6) Apoio à organização de um Congresso do Direito ao Autocaravanismo Itinerante, como forma de Turismo de Ar Livre ( em estudo)
7) A manutenção de um Gabinete de Estudos inter-disciplinares, e a prática de funcionamento de grupos de trabalho informais, para a preparação séria de documentos e de estudos, que sirvam para apoio da reflexão dos temas do Autocaravanismo, em especial do direito ao autocaravanismo itinerante, e que a Neswletter continuará a apoiar.
Lisboa, no Solstício de Inverno, de Dezembro de 2008
Decarvalho
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http://cpa-autocaravanas.com/forum/index.php/topic,607.msg3618.html#msg3618
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