sexta-feira, dezembro 26, 2008

O Estado da Nação do Autocaravanismo: curto balanço do ano de 2008 e Projecto para 2009



Últimos dias do ano,
mais um elo dos anos de vida de todos nós.
Momento pois, de um curto balanço da Newsletter,

- o estado da Nação do Autocaravanismo,
e do Movimento Autocaravanista.


Introdução


Em síntese, o ano de 2008 foi o melhor ano de sempre para o progresso do Autocaravanismo Itinerante em Portugal, porque:


- Assistimos todos ao multiplicar de instalações adequadas ao estacionamento de autocaravanas, em especial promovidas por Câmaras Municipais, que permitem ir dotando o País de uma rede crescente de apoio ao autocaravanismo itinerante, especialmente no interior de Portugal, apetecível também por estrangeiros por portugueses e de que aqui se salientam e distinguem três exemplos: o caso de Pardilhó, de Torre de Moncorvo e o da Aldeia da Luz. Nesta rede distinguem-se também de anos anteriores, a Batalha, Abrantes, Mação e as estações de serviço para autocaravanas nas auto-estradas A2 (Almodovar), A8 (Óbidos) e A23 (Castelo Branco)

- Assistimos todos ao reconhecimento legal do direito dos autocaravanistas a fazerem campismo nos parques de campismo, e fora destes, nas áreas de serviço para campismo de autocaravanas.
Ou seja, as autocaravanas foram reconhecidas como uma forma idónea de alojamento turístico para fazer campismo, sem prejuizo do autocaravanismo itinerante poder estacionar e pernoitar livremente nos termos do respeito devido às leis e posturas municipais.

- Assistimos todos à importante consciencialização por parte de um organismo oficial, a CCRD do Algarve, a evidenciar a importância do autocaravanismo como forma de turismo ao ar livre de tipo itinerante, e ao início do diálogo adequado com os cidadãos, em termos legítimos e legais. E ao abrigo do Código do Procedimento Administrativo, foi permitido o direito de audição e participação da sociedade civil na elaboração da versão final de um relatório sobre autocaravanismo no Algarve.


- Assistimos todos ao despertar positivo da sociedade civil constituída pelo segmento dos autocaravanistas que integram, com uma pujança criadora e inovadora, novas formas de intervenção e de expressão, através de blogs, web sites e associações que permitirão à opinião pública em geral, e à especializada do jornalismo em especial, uma melhor percepção das realidades e potencialidades do autocaravanismo.

- Assistimos todos a estes propósitos, e à formação emergente de uma consciência crítica da opinião pública esclarecida maioritária, que começa a ser partilhada por autocaravanistas e decisores, de que o problema essencial que fica por resolver do autocaravanismo está nas três questões subsistentes:


- a) falta de lugares de estacionamento para paragens de curta duração adequados ao gabarito das autocaravanas, especialmente junto a centros urbanos, e locais de interesse histórico, cultural, ou paisagístico.

- b) inexistência de parkings, ou seja estacionamentos para mais longa duração de permanências de autocaravanas, em lugares adequados ao seu gabarito, mas limitados a 48h ou 72h, gratuitos ou pagos, e devidamente sinalizados.


- c) lacunas na construção, privada ou municipal, e de divulgação de estações de serviço para autocaravanas, gratuitas ou pagas, isoladas ou integradas em parques de estacionamento, e devidamente sinalizadas, com o pictograma das autocaravanas, a integrar no Código da Estrada.


2008 fica pois na história da evolução do Movimento do Autocaravanismo. Muitos aspectos positivos podem ser sublinhados, de um processo de crescimento que também exibiu alguns aspectos, "horribilis" e negativos, que bem podiam ter sido evitados.[1]


Draft de Relatório do ano 2008

O estado da Nação do Autocaravanismo e o Movimento Autocaravanista:


Um contributo de balanço de
Decarvalho


Limitamo-nos pois, a um contributo de registo observador, sereno, tranquilo, e tanto quanto possível, desapaixonado, dos aspectos mais relevantes:[2]


O primeiro ponto a anotar diz respeito aos conceitos.


Quanto à Nação do Autocaravanismo:
Nada melhor que uma metáfora simples.
É verdade que inovámos com a referência à ideia de Nação do Autocaravanismo. Com isso, pretendemos significar que o Mundo do Autocaravanismo não se esgota nos autocaravanistas.


Estes existem, e desenvolvem a sua actividade, com base em fabricantes e comerciantes que produzem e distribuiem as viaturas sem as quais não podem desenvolver o autocaravanismo. Que por sua vez, para circularem, necessitam de combustíveis, assitência técnica, inspecções, seguros...


Ou seja, há (tem de haver) um enquadramento legal e geral da actividade do autocaravanismo e uma pluralidade de agentes relevantes no Mundo do Autocaravanismo. Todas essas entidades constituem um arquipélado de "ilhas", uma das quais, a central, a do Movimento Autocaravanista, e na sua globalidade integram o que chamamos de Nação do Autocaravanismo.



Com uma visão mais alaragada ainda, poderá dizer-se que esta nação coexiste numa região dita do Turismo de Ar livre, com outras Nações vizinhas ( e porque não? amigas !) como será o caso do Montanhismo, do Todo o Terreno, do Cmapismo, do Ciclo Turismo, entre outras.


E todas estas Nações, e as diversas Regiões onde se implantam, constituiem o território do Turismo. O Autocaravanismo Itinerante, é pois tributário e simultanemante tem direitos de cidadania no Turismo.


O Autocaravanismo como Nação interage com outras Naçõ0es do Turismo de Ar Livre. Finalmente, a Nação do Autocaravanismo exige, para sua afirmação autónoma, de conciliar de forma criativa e genuina a interdependência dos seus vários componentes interdependentes do seu arquipélado.


Quanto às áreas de serviços, estacionamentos e estações de serviço.


Todos sabemos que as palavras não são unívocas, não tem um único significado, e assumem uma dimensão polissémica. Isto é, uma palavra pode ter conteúdos diversos, e por isso quando se trata de ser rigoroso, convém ter algum cuidado.


Ora, atá ao momento, em Portugal, as áreas de serviço constituiram um termo originário dos equipamentos e infraestruturas das auto-estradas. Depois, este conceito foi adapatado na sua utilização para referir várias realidades no mundo do autocaravanismo: parques de estacioanamento para autocaravanas, com ou sem pernoita possível, e com ou sem serviços (água. electricidade e saneamento). E sem disporem de sinalização legal por ausência de consagração do pictograma da autocaravana no Código da Estrada.


A recente portaria sobre campismo adoptou o termo áreas de serviço para autocaravanas para qualificar os mini parques de campismo onde as autocaravanas podem fazer campismo. Este conceito, agora legal, deve ser reduzido na sua aplicação.


Convém pois não aumentar a confusão, e utilizar outros termos, também com suporte legal, para significar as realidades relacionadas com o autocaravanismo itinerante, quando os utilizadores de autocaravnas não a utilizam na modalidade de campismo. Importa ainda remeter para o que se passa em Espanha numa situação similar, (acampadas é sinónimo de campismo) como se encontra e bem, descrito no forum Camping Car Portugal, com a pertinência, qualidade e isenção habitual da sua administração em:
http://www.campingcarportugal.com/forum/viewtopic.php?t=2448

Assim, propomos à apreciação pública, as expressões:

- parques de estacionamento para autocaravanas
- lugares para autocaravanas em parques de estacionamento
- estações de serviço para autocaravanas

Quanto ao Relatório:


Trata-se apenas de um primeiro contributo. Por isso lhe chamamos Draft. Óbvio que tem muitas lacunas, óbviamente que pode e deve ser completado, por exemplo com o recenseamento das novas infrestruturas de apoio ao autocaravanismo....e aqui propõe-se a medalha de ouro para o Munícipio de Abrantes! Espera-se que mais interessados metam construtivamente, mãos a obra. O Movimento Autocaravanista necessita da liderança da tomada de consciência colectiva de tudo o que lhe diga respeito, e não de caudilhos corrosivos e inibidores.



A linha de determinante a sublinhar, que marcou a Nação do Autocaravanismo em 2008, é a vaga de fundo de valores positivos que começa a ter contornos claros entre os autocaravanistas (não de bancada) empenhados no Movimento do Autocaravanismo, e verdadeiramente semoventes, que constituem a população principal da Nação do Autocaravanismo. Numa palavra, o pluralismo da consciência de uma atitude responsável de automobilistas de autocaravana, como turistas itinerantes, ganha terreno e direitos de cidadania!

E...sem esquecer também os outros participantes da Nação do Autocaravanismo, com iguais direitos de cidadania, ou seja, os segmentos do associativismo, dos comerciantes de serviços e de equipamento rolante, dos parques de campismo e das autoridades interlocutoras, co-relacionadas com o autocaravanismo, desde as policiais até as autárquicas, e às soberanas, os governantes e legisladores.

O CPA mantêm-se como o maior clube português do autocaravanismo,
sendo de saudar o aumento muito significativo do número de novos associados. Mas não é o único, devendo citar-se como outros clubes, a APANAT e agora, o surgimento a completar um panorama alargado, o CAN (norte) e o CAS, (oeste) e os Amigos do Centro (centro), havendo naturais rumores positivos sobre outros clubes de autocaravanistas em processo de constituição, formal ou informal, de base regional.

A direcção do CPA eleita em 2008, pelo seu lado, mantêm um forum aberto a sócios e não sócios, e aqui também, este local de encontro virtual dos autocaravanistas não está sozinho. Existem, além do forum mais antigo e quase inactivo do CAMPCAR, o do portal e projecto CCP- Camping Car Portugal, mais outros dois foruns emergentes de interesse geral, do Clube Campinanda e o Autocaravanismo.net, e outro de sector especializado, a Tribo das Estrelas, para além do recente forum regional dos Amigos do Centro, como aliás esta Newsletter tem divulgado. Há assim já sete foruns de autocaravanismo, e de portas abertas!

Neste particular há a lamentar o encerramento do forum do CPA em duas ocasiões, uma voluntária, e outra involuntária, para além da instabilidade do desempenho da função de moderador do forum.

Anota-se no caso dos foruns mais representativos – do CPA Clube de Autocaravanas de Portugal, e do CCP Camping Car Portugal, que cabe realçar a aproximação do diálogo entre as duas administrações, em tempos de costas voltadas.




Três indicadores positivos ficam aqui registados:

1)os votos de parabéns aos eleitos em 2008, para a Direcção do CPA, emitidos publicamente pelos responsáveis do forum CCP.

2) a adopção pelo CCP da sua vocação exclusiva pelo autocaravanismo, com natural alteração do respectivo logótipo. ( de onde foi eliminada a figura da caravana)

3) o lançamento em cooperação com a Associação ANIMAR, do projecto Portugal Tradicional, pelo CCP e com divulgação no CPA.

A par da existência de número crescente de sócios autocaravanistas em Clubes de Campismo e Caravanismo, sublinha-se entretanto, o interesse do
ACP- Automóvel Clube de Portugal, o maior clube de automobilistas de Portugal, em dedicar-se também ao autocaravanismo, e a promessa já concretizada, do alargamento da reconstituída secção de campismo e caravanismo ao autocaravanismo, com adopção de um logótipo específico, e que bem retrata uma autocaravana, pois este avanço é decerto já um contributo de relevo para o desenvolvimento do sector.
Na realidade, o ACP tem já mais de 1186 sócios autocaravanistas, que com os respectivos cônjuges e filhos, perfazem um total de cerca de 2413. Ou seja, provavelmente mais do que o CPA nesta contabilidade familiar.

Registe-se ainda, que na ausência de interesse do CPA em estabelecer um diálogo de cooperação com o ACP, tem sido o MIDAP –com a representatividade inegável da plataforma que constitui, e que lhe é já reconhecida legitimidade por entidades públicas e privadas, a desenvolver e aprofundar essa relação promissora. Sublinhe-se também, que o CAB igualmente contou no acto da sua constituição, com a assistência por uma delegada do ACP .

A par do ACP, regista-se também o interesse de outras entidades díspares, como por exemplo um inovador portal privado de Turismo e Cultura MYGUIDE, e a Revista de Turismo VIAJAR, que já admitiram neste ano de 2008, vir a estudar em 2009 (apesar da crise económico-financeira) contributos sobre o tema do Autocaravanismo, prevendo-se a possível edição de uma edição Nº 1 da Revista Viajar em Autocaravana por ocasião da Nauticampo.

Do lado da oferta, também há indícios de movimentações interessadas, estando em estudo uma plataforma tripartida que envolveria a ACAP, (Associação dos Comerciantes de Automóveis de Portugal) a AECAMP (Associação das Empresas de Parques de Campismo de Portugal) e a FPCM, (Federação Portuguesa de Campismo e Montanhismo) também orientada para se ocupar sobre os desafios do autocaravanismo.

Last but not the least, há a registar, apenas no segundo semestre, quatro iniciativas inovadoras:

1) a criação do MIDAP- Movimento Independente para Desenvolvimento do Au
tocaravanismo em Portugal.
(
www.midap.blogspot.com)
Constituído de forma mista por autocaravanistas e entidades do sector, apostados em contribuir de forma dedicada, e graciosa, a favor de uma plataforma com tudo quanto ajude ao desenvolvimento do sector, e assim, com a presença do Presidente do CPA e membros da administração do CCP já se realizaram varias reuniões internas de trabalho.

Também, para com o exterior há anotar contactos e reuniões com Câmaras Municipais, a GNR, PSP, ACP e ainda com o Instituto de Turismo de Portugal, bem como contactos já estabelecidos com o Presidente da Subcomissão Parlamentar de Turismo da Assembleia da República, e ainda com Câmaras Municipais.

De registar estar ainda em preparação, um seminário (ou Jornadas Técnicas) sobre autocaravanismo. Por outro lado, o MIDAP esteve presente na constituição do CAB. Evidentemente que a legitimidade da representatividade do MIDAP é inquestionável dada a sua natureza de única plataforma plural do sector.

2) a criação do CAB- Circulo de Autocaravanistas da Blogo-esfera,
(www.cab-circulo.blogspot.com)
Associação original, sem fins lucrativos, que reúne já de forma representativa, e de forma inédita bloguistas, e web masters de sites relativos ao autocaravanismo.

A assembleia de fundadores aderentes ao CAB adoptou uma declaração de princípios, incluindo as regras de comportamento do Respeito, e visa estreitar as relações entre este importante sector de autocaravanistas do domínio da comunicação social, o intercâmbio entre os produtores de conteúdos sobre autocaravanismo, e o desenvolvimento de iniciativas conjuntas.

Depois da adopção unânime, da Declaração de Alenquer, e do código de ética RESPEITO, o CAB projecta realizar a 31 de Janeiro na Batalha, mais uma sessão de estudo e trabalho, e uma visita cultural no são convívio dos seus membros que desenvolvem também a sua actividade de forma voluntária e gratuita.

Note-se que não entra quem quer no CAB, mas sim quem pode, e como tal for aceite de acordo com as regras do colectivo do circulo, e pela sua coordenação. O CAB só aceita plataformas de internet (blogs, web sites, foruns) que tratem o tema do autocaravanismo, e se enquadrem nos princípios da declaração de Alenquer, e por isso adoptem a declaração do Respeito nela contida, e disponivel no site do Circulo.

3) A continuação da preparação da criação do ONGAI- Observatório Não Governamental do Autocaravanismo Itinerante
(
www.ongai.observatorio.blogspot.com)

com o objectivo de reunir interlocutores do sector do autocaravanismo, quer isoladamente e a título individual, quer estejam já integrados em outras plataformas ou associações, e cuja sensibilidade, experiência, autoridade ou competências, possam contribuir para o desenvolvimento do Autocaravanismo Itinerante em Portugal.

4) A preparação inicial de um Anuário do Autocaravanismo Português,
(
http://anuarioautocaravanismo.blogspot.com/)
como referência de, e para todas as iniciativas válidas deste sector, e que se destina a ser uma base de informação e consulta em permanente evolução, e actualização, de modo a constituir um recurso espontâneo como banco de dados informal de acesso a todos os interessados.

Pelo seu lado, a Newsletter, para além do apoio a todas estas iniciativas, organizou o inédito I Concurso de textos de viagens em Autocaravana, e o seu gabinete de estudos produziu, colaborou e publicou textos de pareceres sobre legislação em preparação no domínio do turismo do espaço rural e do Campismo, bem como sobre o Relatório da CCDR do Algarve sobre Autocaravanismo.

Note-se mais uma vez, que na nova legislação de campismo, e de que resultou uma portaria, onde pela primeira vez utiliza a expressão autocaravanas, vem aplicar-se exclusivamente a estas, só e quando ligadas à actividade do campismo, ou nos parques de campismo, ou fora destes, nas áreas de serviço para campismo com autocaravanas, na terminologia legal. Não é pois necessário fomentar o alarme entre os autocaravanistas.

A Newsletter, por outro lado, também apoiou e participou voluntária, desinteressada e activamente no processo de formação do MIDAP, do CAB, do ONGAI e do Anuário de Autocaravanismo, bem como participou nas reuniões havidas com o ACP, e Turismo de Portugal, entre outras. Do mesmo modo, contribuiu discretamente, para a inclusão de um dos cinco destinos iniciais do projecto Portugal Tradicional acima mencionado, tendo divulgado de forma objectiva e isenta, todas as iniciativas válidas e sérias ocorridas (na ilha) no Movimento Autocaravanista integrada (no arquipélago) e na Nação do Autocaravanismo.

As notas menos positivas centram-se sobretudo nos factos seguintes:

1) De as autoridades soberanas (titulares do poder legislativo) não terem ainda legislado, nem sobre o favorecimento do estacionamento de veículos autocaravanas, nem sobre sinalética de interesse para o autocaravanismo, tendo-se assim verificado por parte da FPCM o registo de (marcas) com símbolos e logótipos, de forma privada, mas que constituem património de interesse e do domínio público a nível europeu, e por isso insusceptiveis de apropriação particular e exclusiva,

2) A existência de actuações de uma minoria de autocaravanistas, nacionais e estrangeiros, que utilizam as autocaravanas com desrespeito pelos códigos comportamentais do sector, geralmente utilizados e divulgados por todos os clubes de autocravanismo, e que deslustram e denigrem a imagem que a opinião pública poderá formar sobre os autocaravanistas em geral, facto este agravado por uma comunicação social pouco sensibilizada e sensacionalista.
Programa para 2009

Na Newsletter, sublinha-se, somos pelo direito ao Autocaravanismo itinerante, o que significa a lieberdade de usar o veículo autocaravana, como tal, em estacionamentos adequados, pontualmente ou de longa duraçao, inclusive para pernoita, ou como alojamento turístico em parques de campismo, ou nas futuras áreas de serviço para campismo com autocaravanas:

- Por isso, com a equipa de redacção e do gabinete de estudos, a Newsletter prosseguirá e apoiará a divulgação de todas as iniciativas, nacionais ou estrangeiras, que se relacionem com o autocaravanismo itinerante, e matérias conexas, sempre de forma positiva, contribuindo assim, de modo pró activo e construtivo, para a consolidação de uma consciência crítica, fundamentada, séria e informada sobre o sector, que potencie um maior envolvimento e cooperação de todos os genuínos interessados.

- Deste modo, a Newsletter, sem todavia se intrometer, estará sempre disponível para colaborar com o CPA, o CCP, o ACP, o MIDAP, o CAB, e bem como com as demais associações privadas, ou entidades públicas e que nisso possam ver interesse, actuando independente e autonomamente, como agente assessor ou catalizador, mas nunca com projectos de poder, ou pretensões de liderar processos de interesse para a causa pública.

Ou seja, na Newsletter não somos:

-nem pela unicidade do Movimento Autocaravanista, pois todas as regras unanimistas e absolutistas resvalam para o totalitarismo, negam a liberdade de expressão e assumem a manipulação e perversidade de modelos do passado de inspiração Gobeliana (repetição de mentiras até se converterem em aparência de verdades) e leninista, com as suas vanguardas auto-convencidas.

-nem pela unidade de direcção do Movimento do Autocaravanismo, sob uma só batuta, hegemónica, e dominante, que pode esconder e abafar tendências, que mesmo exprimeindo sensibilidades minoritárias, não devem ser desconsideradas num modelo qualitativo e participativo, e não apenas quantitativamente democrático. Ou seja, importa ter a força da razão, e não apenas a razão da força (incluindo a numérica)

- Na Newsletter, somos sim, pela União consensual de esforços plurais, pelo pluralismo de ideias convergentes, de ideais comuns, de partilha de contribuições, da inclusão de tendências, de complementaridades, e de especificidades, sob o maior denominador comum que é o do autocaravanismo itinerante, e do valor da livre escolha dos autocaravanistas pelo acolhimento ou em parques de campismo, ou em locais com estacionamentos adequados. A união permite manter autonomias do que une, sem as reduzir ao uno, ou unidade, caminho resvaladiço para a unicidade. A união como conceito de ciência política permite pois uma acção conjunta e eficaz, sem prejuizo das soberanias unidas, mas não unificadas. Onde e como? Pois num congresso nacional a agendar em tempo oportuno, e a preparar gradualmente

Desde sempre defendemos na Newsletter, e publicamente em foruns, esta visão de união, que exige uma estruturação, e uma institucionalização participativa muito séria para o sector, que no título deste contributo, identificamos como a Nação do Autocaravanismo integrando, como coluna vertebral, o Movimento Autocaravanista responsável, o que desde logo excede o simples conceito de autocaravanistas. Não são estes, os únicos a ter direitos de cidadania activa na sociedade plural relativa à Nação do Autocaravanismo. Mas são uma componente essencial para a União de esforços favoráveis a consolidação do Direito ao Autocaravanismo.

Para efeito de melhor pedagogia, retomam-se agora sugestões já apresentadas (pelo responsável da Newsletter, como sócio do CPA) pública e transparentemente, na altura, à Direcção do CPA, antes, durante e depois da assembleia geral de 16 de Fevereiro de 2008, referidas no forum do CPA, quando ainda se poderia admitir que este clube assumisse plenamente a quota-parte das suas actividades clubisticas relativas à sua vocação federativa:

1) Criação de um gabinete de estudos de apoio à direcção,

2) Criação de um observatório não governamental do autocaravanismo, aberto a todas as entidades, Interlocutores e autoridades de relevo para este sector,

3) Realização de mesas redondas curtas (1h) por ocasião das concentrações ou passeios do CPA ,

4) Divulgação de um código de etiqueta para o forum, e do moderador,

5) Mudança do logótipo do clube, para um mais moderno e institucional,

6) realização de jornadas de portas abertas nas delegações regionais,

7) preparação e realização do I Congresso Nacional do Autocaravanismo.

Mas, passados os 100 dias de graça, que a actual Direcção do Clube merecia, após a sua eleição, as respostas foram nulas, nem foi motivado o interesse dos associados no forum e na ausência de artigos de opinião no Boletim. Assim se justifica, que o dever e compromisso livremente assumido pelo responssável da Newsletter, de participação cívica, no exercício de um dever de cidadania e de responsabilidade social, se tivesse que desenvolver, e da mesma forma desinteressada e gratuita, em outras direcções.

Ora, não tendo sido ainda possível cooperar directamente com o CPA, e não sendo opção, por imperativo categórico e ético indeclinável, conspirar contra o CPA, a solução estava em desenvolver no exterior, com espontâneas boas vontades qualificadas, e inconformadas com a situação de crise evidente, evidenciada pela multiplicação de formas anónimas e agressivas de intervenção na Internet.
Por uma atitude pró activa, de vez e pela positiva, foi adoptada uma nova estratégia de apoio para uma clara e decidida estruturação e institucionalização dignificante do sector do Autocaravanismo, ainda durante o segundo semestre do ano. verificamos sem surpresa, que para este projecto não faltaram nem boas vontades, nem colaborações desinteressadas,voluntárias e gratuitamente.

A todos o meu Bem Hajam, aos que ajam por Bem.

Não obstante esse esforço, manteve-se a possível colaboração no forum do CPA, apesar do seu crescente desinteresse. Ficou pois claro, que encontrados novos interlocutores estratégicos intressados, estes quiseram em boa hora, assumir em mãos um trabalho áspero e gracioso, mas indispensável para consolidar uma atitude alicerçada com pensamento estratégico consistente, e que permitiu identificar uma percepção generalizada, exigente e coerente do autocaravanismo, como um sector relevante do turismo itinerante motorizado.

Felizmente, esse desiderato foi plenamente alcançado, e os resultados gratificantes ficam à vista de todos, com portas abertas, e acham-se registados com transparência patenteada neste relatório.

O eixo dinâmico e o epicentro de referência do Movimento do Autocaravanismo visa mais além, tem hoje um novo rosto estruturado, credível, reconhecido como tal, e embora jovem, já está prenhe de realizações e de projectos, com conciliação de motivações diversas nos seus suportes plurais, e por isso mesmo, com valor criativo, inovador, e com acrescentado factor representativo.

De facto:
- Não basta ter-se, quantitativamente, o maior clube de autocaravanas.
- É necessário ser, qualitativamente, a melhor estrutura Autocaravanista.

Por outro lado, há que elaborar prioridades e estabelecer patamares de programas e projectos a realizar, em função dos recursos existentes, e das potencialidades disponíveis:

Neste momento são estes desde já os nossos desafios de apoios inadiáveis expectáveis para 2009 !

1) A necessidade de apoio à formação e consolidação de novos clubes de autocaravanistas reunidos à volta de marcas (caso Aventure, e Tribo das Estrelas) ou de base regional (Amigos do Centro e CAS) ou ainda de natureza sectorial, de forma espontânea, ou pela via, desmultiplicada, se auto-consentida, pelos associados do CPA, caso entendam gerar novos clubes por destaque, e sub agrupamento dos seus associados, por exemplo, de base regional. Estas realidades já emergentes poderão ser a longo prazo, o substrato de uma possível e futura FATI-FEDERAÇAO DO AUTOCARAVANISMO de TURISMO ITINERANTE.

2) Criação e entrada em funcionamento gradual de um ONGAI - Observatório Não Governamental do Autocaravanismo Itinerante (está no programa do MIDAP, e o site foi criado)

3) O desenvolvimento, projecção e consolidação do MIDAP- Movimento Independente para Desenvolvimento do
Autocaravanismo em Portugal, como uma plataforma de união e cooperação de autocaravanistas e entidades interessadas e com intervenção no autocaravanismo, e onde se aguarda sempre a presença do CPA, muito especialmente no diálogo com as entidades oficiais. Designadamente, coadjuvaremos o MIDAP no diálogo ja encetado, com os poderes soberanos, com a Sucomissão Parlamentar do Turismo, com o Turismo de Portugal da Secretaria de Estado do Turismo, com a CCR do Algarve, e Câmaras Municipais.

4) A dinamização do CAB – Circulo de autocaravanistas de Blogo-esfera como uma rede representativa de plataformas de internet de produtores de conteudos de autocaravanismo, e de especial relação com a comunicação social.

5) Criação gradual de um Anuário do Autocaravanismo, on line, como banco de dados de actualizaçao permanente (site criado)

6) Apoio à organização de um Congresso do Direito ao Autocaravanismo Itinerante, como forma de Turismo de Ar Livre ( em estudo)

7) A manutenção de um Gabinete de Estudos inter-disciplinares, e a prática de funcionamento de grupos de trabalho informais, para a preparação séria de documentos e de estudos, que sirvam para apoio da reflexão dos temas do Autocaravanismo, em especial do direito ao autocaravanismo itinerante, e que a Neswletter continuará a apoiar.

Lisboa, no Solstício de Inverno, de Dezembro de 2008
Decarvalho
(simplesmente)

COPYRIGHT:
é autorizada a livre divulgação, total ou parcial deste texto, com menção da origem.
Não se referenciam situações da blogo-esfera, efémeras, e sem consistência, que não merecem essa importância, nem inarráveis posts em foruns, que apenas se servem do tema do autocaravanismo, para fomentarem a difusão obsessiva de injúrias e difamações, com provocações gratuitas e ataques pessoais compulsivos, ao bom nome de pessoas de bem. Estas atitudes não mereceram resposta, senão em sede de Justiça.
[2]
A Newsletter é um blog independente, de autor, (o mais lido da blogo-esfera com mais de 120.000 visitas reais,-cerca de 48.000 só desde 11 de Abril de 2008), e que tem o patrocínio do Alenquer Camping, como é publicamente mencionado na respectiva web page. Este facto em nada compromete a autonomia da opinião e informação divulgadas, tanto mais que o Parque de Campismo de Alenquer é o único camping privado a manter um protocolo com o CPA- Clube de Autocaravanas de Portugal. Assim está acessível, desde Janeiro de 2007, aos autocaravanistas itinerantes para utilizarem a sua estação de serviço, sem necessidade de acamparem, (na zona reservada ao campismo) ou sequer estacionarem para pernoita (na plataforma reservada ao autocaravanismo itinerante). Sobre a certificação da área de apoio aos autocaravanistas deste Camping pelo CPA, veja-se o artigo no fórum deste Clube em:
http://cpa-autocaravanas.com/forum/index.php/topic,607.msg3618.html#msg3618

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