sábado, julho 12, 2008

Como combater a crise: conselhos as famílias do DIARIO ECONOMICO

. crédito à habitação
Renegociar o ‘spread’ é uma das forma para conseguir reduzir a prestação da casa. Argumente que já amortizou parte do crédito e que tem sido cumpridor dos seus compromissos. Mostre simulações de outras instituições financeiras e se o seu banco não oferecer melhores condições transfira o seu empréstimo. Mas tenha atenção às comissões de transferência. Se o seu banco, para lhe reduzir o ‘spread’, sugerir que subscreva um produto verifique se compensa. Isto porque, se a prestação baixar 20 euros mas o novo produto lhe custar, por exemplo, 25 euros por mês, está a perder dinheiro. Alargar o prazo do empréstimo é outra das forma de baixar a prestação. No entanto, esta solução deve ser um último recurso. Isto porque, ao prolongar o prazo está a aumentar o período de pagamento de juros e, no final do prazo, acaba por pagar mais pelo empréstimo da casa.
2. despesas da casa
É possível reduzir a factura da água, luz e gás com alguns pequenos gestos. Utilize lâmpadas fluorescentes e desligue os aparelhos, pois em modo ‘stand by’ gastam energia. Abra as janelas e aproveite o horário de verão para ter luz natural até mais tarde. Reduza o tempo do banho e opte por duches rápidos, desligando sempre a água quando não a está a utilizar. E faça uma simulação no site da EDP para verificar qual o tarifário que se aplica melhor ao seu caso.
3. transportes
Partilhar o carro com colegas do trabalho permite-lhe dividir gastos e, por isso, gastar menos dinheiro. No entanto, deixar o carro em casa é sempre a opção mais barata. Com o preço médio da gasolina a rondar os 1,518 euros por litro, e no caso do gasóleo os 1,428 euros por litro, quem atesta o carro duas vezes por mês gasta 227,7 euros em gasolina ou 214,2 euros em gasóleo. Tendo em atenção que, por exemplo, o passe (L1) em Lisboa – que combina metro, autocarro, comboio e barco – custa 38,30 euros, ao optar pelos transportes está a poupar entre 175 e 190 euros mensais
.4. cartão de crédito
Livre-se do cartão de crédito. Em tempo de crise o que menos se quer é acumular dívidas, sobretudo com juros elevados. Se tiver uma poupança aproveite para amortizar a dívida do cartão de crédito. Pois mesmo a ganhar 4% ao ano num depósito, com uma dívida cujos juros são de 20%, está a perder dinheiro, uma vez que está a pagar um juro mais elevado ao banco do que o banco o remunera a si.
5. clubes e ginásio
Se é daqueles que só se inscreve no ginásio a partir de Março, por causa do verão, cancele a sua assinatura. Sempre são cerca de 50 euros mensais que poupa. Aproveite os jardins e a praia para correr e fazer exercício. É uma solução saudável para si e para a sua carteira.
6. comunicações
Nos dias de hoje a Internet e o telemóvel são quase uma extensão de cada pessoa. Mas mesmo sendo imprescindível é possível reduzir os custos. Se apenas vê cinco ou seis canais, por que razão precisa do pacote completo de canais. Utilize as mensagens sempre que compense e aproveite o ‘site’ da Anacom para simular qual o tarifário mais adequado nas chamadas móveis.
7. comissões bancárias
Requisição de cheques, transferências bancárias e consultas de extractos são algumas das operações que a maioria da pessoas utiliza. Em vez do balcão, opte pelo ‘Internet banking’ ou pelo multibanco. Em alguns casos a poupança é considerável, uma vez que as operações que até apresentam um custo ao balcão saem a custo zero através da Internet.
8. supermercado
Faça uma lista antes de ir às compras e, sempre que possível, opte pelas marcas brancas. A diferença pode parecer pouca, inicialmente, mas acaba por poupar alguns euros. Por exemplo, um carrinho cheio que represente uma conta de 300 euros, poderá ficar por 200 euros, substituindo alguns produtos.
9. almoçar e jantar fora
Ponha o preconceito de lado e comece a levar o almoço para o trabalho. Vai ver que, ao final do mês, não vai sentir vergonha quando tiver conseguido poupar mais de 200 euros. Sempre que possível opte por jantar em casa, as refeições fora são um gasto supérfluo que deve ser dos primeiros a cortar.
10. Seguros
Renegociar o seguro do carro ou mesmo mudar de seguradora pode representar um poupança anual considerável. Reavalie a sua situação. Algumas seguradoras ‘on-line’ oferecem preços bastante convidativos, com poupanças face às restantes que chegam a ser superiores em 150 euros.
11. Férias e entretenimento
Esteja atento às promoções. Planeie com antecedência e compre viagens através da Internet – que oferece planos mais económicos. As companhias ‘low cost’ são uma boa opção. Aproveite praias e jardins perto de casa para os passeios. Informe-se sobre espectáculos e concertos gratuitos. Se tem assinaturas de revistas que não lê, cancele-as. Se fuma e está a adiar para deixar o vício, esta pode ser uma boa altura – sempre são cerca de 100 euros que poupa por mês.
12. Consolidar os créditos
Juntar todos os créditos num pode já ser a única solução para algumas famílias. Prestação da casa, carro, crédito pessoal e cartões são aglomerados numa só prestação. Esta solução poderá representar uma poupança de até 60%. Por exemplo, num caso em que a soma das prestações todas seja cerca de 1.900 euros, consolidando os créditos num só pode passar para cerca de 760 euros mensais. Mas no final acabará por pagar mais, uma vez que créditos de curto prazo como o caso do crédito automóvel ou o cartão de crédito são diluídos no tempo. Apenas devem recorrer à consolidação as famílias cujo orçamento já esteja esgotado e os rendimentos não sejam suficientes para fazer face às dívidas. Os casos devem ser analisados individualmente, pois se compensa para umas famílias o mesmo não acontece para outras.
13. Certificados de aforro
Nos últimos meses a rentabilidade dos certificados de aforro tem aumentado, na sequência da subida da Euribor – o indexante utilizado no cálculo da rentabilidade dos certificados. Este mês, a taxa de rendibilidade fixou-se em 3,966%.
14. Depósitos a prazo
Com o aumento dos juros, os bancos oferecem também taxas superiores nos depósitos a prazo, podendo esta ser uma oportunidade para pôr o seu dinheiro a render. Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, em Abril a taxa de juro praticada nos novos depósitos a prazo foi de 4,13%, um aumento de 0,13 pontos percentuais em relação aos 4% do mês anterior.
15. Acções
As bolsas têm vindo a acumular perdas consideráveis desde o início do ano, com muitos títulos a tocarem mínimos. Com alguns títulos baratos, esta pode ser uma boa altura para comprar, numa óptica de investimento a médio/longo prazo, para que o risco seja diluído no tempo.
16. Imobiliário
Foi no mercado imobiliário que a crise começou. Mas também é sabido que os cenários de crise criam oportunidades e o imobiliário é uma delas. Para quem tem capital, este pode ser um bom investimento no longo prazo. Existem também fundos imobiliários que permitem ganhar com a valorização do mercado imobiliário mas com o risco mais diluído.
17. Matérias-primas
O ouro e o petróleo são conhecidos como refúgios em alturas de maior incerteza. Uma vez que o crude tem vindo a renovar máximos históricos e prevê-se que continue a subir, investir em petrolíferas ou fundos com exposição ao petróleo pode ser um bom.
18. Volatilidade
A volatilidade está instalada nos mercados financeiros. Num dia as acções estão em alta e no dia seguinte em mínimos: uma autêntica montanha-russa imprópria para cardíacos. Em vez de apanhar sustos com as subidas e descidas, faça da volatilidade uma fonte de rendimento. O fundo CAAM Volatility Euro Equity comercializado pelo ActivoBank7 e Banco Best está a ganhar no último ano 15%.
19. Inflação
O aumento da inflação é quase inevitável, por isso, se não é possível evitá-la, invista nela. O Parveste Global Inflation-Linked Bond L, comercializado, pelo Banco Best, investe na inflação e nos últimos 12 meses está a ganhar mais de 11%.
20. Fundos de investimento
Os fundos de investimento permitem diversificar o investimento e reduzir o risco. Por essa razão, e de acordo com o seu perfil, poderá optar por um fundo mais conservador ou até mesmo agressivo. Consoante os activos que componham a carteira a rendibilidade pode ser atractiva. Mas não deve fazer do passado a história do fundo. Lembre-se que rendibilidades passadas não são garantias de ganhos futuros.

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