O Autocaravanismo, estaria certamente em discussão e em debate no momento que se vão processar eleições do CPA- Clube Português de Autocaravanas, que neste sector tão específico contabiliza o maior número de autocaravanas.
Porém para quem não é sócio do clube, certamente se admira que as notícias pré-eleitorais que vêem a público no respectivo forum, sejam maioritariamente de discussão processual de como participar em assembleias gerais, com afirmações catedráticas próprias de um curso por correspondência, e de intervenções agressivas e insultuosas por parte de vários sócios, até contra não é já sócio, ou candidato a opinar sobre questões internas do clube.
Raras, rarissimas são as opiniões sobre autocaravanismo.
Razão essa mais do que suficiente para nos ocuparmos desta tema aqui, e em outro forum, o do CampingCarPortugal:
e apenas, desde que colocamos este post no forum do CPA, também se encontra referência em:
Só acrescentamos aos nossos leitores que queiram dar opinião e a susbcrevem (isto é não aceitamos pedradas anónimas) que nos comuniquem opiniões se o entenderem para publicação aqui no Blog.
Ora comecemos por sugerir aos nossos amigos que nos acompanham...a leitura e reflexão sobre estes dois sites:
Ver FFCC
e FFACC
Aqui estão pois dois sites franceses que valeria apena profundar ( o estudo comparativo) e até discuti-los num seminario aberto à participaçao dos leitores, para melhor compreensao do que é o autocaravanismo a sério, do ponto de vista:
- da sua representatividade associativa
- da sua dimensão sócio-económica
- da sua estrutura organizativa
- da sua capacidade de interlocutor das autoridades e entidades
Ou seja: Em França ha uma Federação de Campismo e Carvanismo que se ocupa também do Autocaravanismo (incluindo o itinerante) embora com menos entusiasmo, do que e Federação de (clubes de) Auutocaravanismo.
... Quanto ao mais.....e mais infindáveis discussões...
Nestes últimos 4 anos em que mantenho este Blog, e que tenho frequentado vários foruns -CPA e CCP por cá, e outros no estrangeiro) ...já me deparei com quase todas as opiniões, que ciclicamente renascem e e se desvanecem, de forma inconsequente, porque periódicamente irrompem os salvadores da pátria autocaravanista, e logo em paralelo os seus detractores, quantas vezes pelo sistema do bota abaixo.
Isto é, raro se vê o meio termo (nada tem a ver com meias tintas), e a eficácia pro-activa e construtiva. Basta procurar em PESQUISAR nos dois foruns citados, e em outros web sites em que também se fala em autocaravanismo e federação, e se verá que:
- o modelo de Federação exige sempre dispersão, pois só se federa uma pluraidade de clubes. Estes, das duas uma, ou são criados de cima para baixo, por partição programada de clubes maiores em quantidade de aderentes, por exemplo, pela autonomia e independencia de suas delegações, ou se formam debaixo para cima, a partir de uma base regional (ja aventei até a base de mono marcas tambem), ou ainda a Federação pode surgir desses dois modelos, de forma mista.
- O autocaravanismo é uma modaliadade de turismo rodoviario, ainda emergente e não estabilizada. Isto é, para mim, que recuso fundamentalismo e apriorismo catequistas por principio, entendo que quem faz touring de autocaravana, o tal turismo itinerante ou autocaravanismo distingue-se claramante de situações similares, mas distintas.
1- a de frequentador de parques de campismo, como campista,p or temporada não itinerante, ou seja por estadias superiores a 24/48h) e com vivencia clara na utilizaçaod e todos os equipamentos comuns do parque, podendo para o feito usar tenda, caravana, autocaravana, ou bubgalow e
2- a do utilizador da autocravana como segunda residência, mesmo fora de parques de campismo, como relatado em recente reportagem do jornal I, em que se refre quem durante um ano estacionava, pernoitava e permanecia na zona ribeirinha do Tejo, e todos os dias seguia para os eu emprego de viatura, bicicleta etc.
Ora, apenas em minha opinião (que nada nem ningém represento,nem quero representar) o autocaravanista típico, como sinónimo de automobilista em autocaravana a praticar turismo ou lazer itinerante, ou seja o touring dos manuais de turismo tanto pode:
- utilizar parques de campismo como - utilizar parques adequados ao uso de autocaravanas, com ou sem serviços de apoio, mas com acessos e e dimensões adequados ao gabarito dos seus veiculos, e localizados, quer no interior dos centros urbanos,quer em zonas rurais, costeiras, de montanha, etc. etc.
A questão está na liberdade da opção da escolha, o que pressupõe que exista oferta por onde escolher, parques de campismo adequados ao seu uso por autocaravanas, e parques e estacionamentos adequados a autocaravanas.
Sem nenhuns dramas ou frases feitas, fundamentalismos e apriorimos, portanto, tranquila e serenamente, com toda a calma do mundo, pergunta-se então:
O que é necessario para se progredir?
1º Uma consciência estruturada no maior numero possivel de autocaravanistas (ditos típicos)
2º O gregarismo representativo em quantidade e acima de tudo em qualidade, destes grupos (clubes e similares)
3º A pratica de uma filosofia pro-activa e consequente do autocaravanismo assim entendido, e portanto através da adpoção de uma atitude interveniente e dialogante com os seus interlocutores naturais: Cãmaras muncipais, autoridades em geral e entidades do turismo e cultura.
Neste sentido serão muito uteis, indispensáveis, e certamente interessados os autocaravanistas em grupos e clubes (até informais) de autocaravanistas, os membros de clubes de campismo com núcleos de autocaravanistas, e o os membros de clubes de automobilismo, como o ACP e outros... fechando-se assim um triangulo de interesses (potencialmente) convergentes, senão sempre, pelo menos com sinergias possiveis e frequentes.
Seminarios, reuniões, debates sobre autocaravanismo têm pois toda a razão de ser, e a criação de um observatório do autocaravanismo, - quer do autocaravanismo que utilize parques de campismo, quer não utilize parques de campismo, é em minha opinião, indispensável e desejavel para a comunicação social ser também um instrumento aliado face a opinião que se publica.
Pela minha parte -como praticante do autocaravanismo- entendo que as intervenções sobre este tema só nos interessam se tiverem sentido lúdico também, ou seja se se desenvolverem com convergência de esforços e sentimento de utilidade e responsabilidade partilhada, e nunca por competição (em que não estou interessado) nem por concorrência a ninguém, mas tão somente por um dever de intervenção pro bono.
-Ou seja: não sou candidato nem a cargos, nem a funções ou a polémicas, nem a projeccções mediáticas.
Na expectativa de ter contribuido para o tema, as minhas boas noites, boas madrugadas ou bons dias e boas tardes, cononforme a hora daqueles que me lerem!
E boas voltas e reviravoltas, inclusivé de neurónios. Bom fim de semana!
Decarvalho, simplesmente.
1 comentário:
Como (quase) sempre os posts aqui publicados merecem atenção e discussão serena e construtiva.
O autocaravanismo, praticado segundo as suas diferentes formas ou seja, mais itinerante ou mais campista, é uma actividade em desenvolvimento e, mais cedo ou mais tarde, quer nós queiramos quer não, vai ser mais regulamentado. Infelizmente, é muito provável que a regulamentação que venha a surgir seja impulsionada pelos que querem minimizar a sua vertente itinerante e que consideram que “é proibido dormir dentro de uma autocaravana fora de parques de campismo” (tese da Federação em que está filiado o CPA e portanto, presumo, do próprio CPA).
As condições para discutir serenamente o tema do autocaravanismo não existem no seio do CPA. Veja-se o espectáculo que se verificou neste período pré-eleitoral. O Clube tem, parece, cerca de 2000 associados. Foram marcadas eleições. Não apareceram listas candidatas. Vai-se chegar ao dia da Assembleia Geral sem saber se alguém se vai candidatar e, caso positivo, qual será o programa dessa eventual candidatura para gerir os destinos do Clube no próximo biénio. Porém, ai de quem se arrisque a sugerir que alguma coisa deve mudar; o CPA é a coutada restrita de um núcleo que não autoriza qualquer mudança (até me admira que autorizem a admissão de novos sócios sem lhes impor que devem estar calados e nada pretender mudar). Também é verdade que, na minha opinião, quem quer que seja que concorra às eleições e vença tem um pesado fardo: os Estatutos por que se deve reger. Estatutos que o obrigam a ser um clube campista e não autocaravanista.
No dia 12 de Janeiro, no Blogue RAPOSA ASTUTA, foi publicado um post a que demos realce no nosso próprio Blogue. Seria curioso saber se o nosso companheiro que lançou aquele desafio teve alguma resposta.
No entanto acho que é o único caminho que pode salvar a actividade autocaravanista, na sua vertente de turismo itinerante, no nosso país.
O que se vai passar, creio eu, é que a maioria dos autocaravanistas portugueses, colocados perante o tipo de discussões e comportamentos que estão a preceder estas eleições no CPA se disponha a praticar a actividade sem recurso a qualquer tipo de associativismo. Mais tarde ir-se-ão queixar que foram aprovadas restrições à sua liberdade sem que lhes tenha sido dada a palavra.
Quanto ao desafio para os dois sites franceses: ele está a ser tido em conta e vai ser alvo de publicação de reflexões sobre os mesmos.
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