quinta-feira, junho 12, 2008

Figueira, Quiaios, Tocha, Mira, Costa Nova, Aveiro, Arouca, Conimbriga, Alcobaça, S: Martinho, Peniche, Alenquer



Começou tudo num momento de stress.

Domingo, depois de uma Tertúlia fascinante no Bar do Além, em Alenquer, depois do filme dos 2-0 à Turquia, no Bar da Piscina do Alenquer Camping, com mais um aniversário no domingo...era tempo de partir.

A semovente KNAUS USB 700 estava aparelhada.
A equipa com um pé no ar, consorte e eu, e eu com sorte.
Sem nenhum destino certo, senão rumar ao norte, para evitar os calores alentejanos, que já apertam.
Assim foi, aos oito de Junho, pelas 17.30h, os 3000 CC da Renault Master nos seus 140 cavalos, mal tocados arrancaram, sempre pelas nacionais (há que poupar nas portagens) e vai-se andando, até de repente que o destino surgiu claro, no entardecer. Figueira da Foz!

Chegamos à plataforma do Porto da Figueira, do domínio publico marítimo, sem problema, e um lugar frente ao canal entre AC-pescadores de cavalas, mesmo a jeito. Estacionar, ronda em volta, fotografia do entorno. E depois, a pé, à procura da janta. Ronda plas ruas, à volta do casino, espreitadela na Caçarola 1 e 2, talvez outro dia, até que um cartaz grita: Festival da Sardinha, 7, 8 e 9 no Coliseu Figuerense. Pergunta logo ali. Fica lá em cima, uns bons 15 minutos a pé. Nada que assuste quem já foi a Santiago de Compostela a pé. Vamos, subimos, e lá em cima o Coliseu, a Praça de touros da Figueira.

Como se entra? pagando. Quanto? 3 euros por pessoa...só que por essa quantia recebeu-se um tabuleiro, duas fatias de broa, uma sopa, talheres de plastico, e uma garrafa de 18CC de tinto Cantanhede. Sardinhas lá dentro. No meio da arena várias mesas corridas, abancamos, morde-se a broa e come-se a sopa. E chegam sardinhas duas a cada. Bonitas, pequenas e jovens de sabor, uma mole. Bem por 3 euros...mas vêm mais, e outra vez mais, e depois mais, de mais, soma total, acredite-se, 16 per capita, as ultimas melhores, maiores e menos moles, vinho...foi-se à recarga, mais 6o cents, mas a broa, na recarga é gratuita, àgua fresca tambem. Resta concluir...por três euros, 6 a dupla, mais os 6o cents do vinho, a refeição mais copiosa, e mais acessivel de sempre. Ver as fotos!

Hora de arredar, descida lenta ate ao canal do Mondego, para desmoer. Depois volta ainda ao recinto, e vistas do telejornal. Continua a greve dos camionistas e transportadores por causa do preço do gasóleo, portagens, impostos. A crise a crescer em indisposição, e em indignação. Em Espanha também.




Dia seguinte, uma surpresa inesperada. O gás nao funciona. O botão de segurança colou, e não descola. Panne...e sem solução. Assim fatias de pão fresco (nada de torradas) e um miraculoso cafe quente automático, daqueles espanhois de camionista, de chocallhar. Sabor menos de sofrivel, mesmo com nuvem de leite. Mas eram já pelas 8.00h e arrancamos, devagar, devagarinho, para não passar dos 9oKM/H nem das 2000 R.P.M....há que poupar.

A volta foi ir até ao fim da marginal, subir a Serra da Boa Viagem espreitar do cimo a vista da Figueira, e seguir para Quiaos, depois Tocha, a seguir Mira, visita ao Museu etnografico, entre telefomenas para Lisboa e de Luanda, pois afinal é segunda, e dia de trabalho. Fotos da Ria, dos barcos e do Museu.



Adiante, sempre pela Costa Nova de paisagens bonitas ao longo do plano de agua da Ria. bonito de se ver, e descansativo. Pescadores de cana por todo o lado. Casas de pijama às riscas. Genuinas, Indigenas e autênticas. Ficam também nas fotos. Depois o Porto de Aveiro , barcos em cemiterio de ferro velho, e seca do bacalhau. Sempre a rolar, até que pelas horas de almoço, Aveiro. Sem gás, o pretexto de ir almoçar fora. Estacionamento da semovente logo a seguir à ponte, depois do Largo do Rossio (antigas salinas) junto e ao longo do canal de São Roque. Excelente area de pernoita e de estacionamento, a 5 minutos do centro! Recomenda-se vivamente, e nas fotos percebe-se porquê.

Almoço no tal largo do Rossio. Restaurante o Moliceiro. Merece encómios. Pessoal diligente, qualidade irrepreensivel...E foi, o prato do dia chanfana, meia dose 6.50€, e para a consorte dois robalinhos do mar (não de aquacultura) por 8.50€, e mais vinho, meia de 2,75, e duas zeros colas cocas, e ovos moles de doce e café, e queijo inicial e tudo, soma, somam uns correctos 26.85€, a refeição mais bem paga do périplo, e até por isso justificável. Coordenadas de GPS do estacionamento e do restaurante... pois não tenho, nem levei GPS.

E a seguir? como bons turistas não acidentais...um passeio de moliceiro na Ria. bilhetes comprados no edificio do Turismo, bem bonito e facilmente identificavel, cada 5 euros, o casal por uma nota de dez, durante 1 hora. Pena estar maré vaza, e uma comporta partida. Não deu para ver as salinas, que alias só estão em trabalho de parto de sal mais para Agosto. Mas percorremos o Canal de São Roque, e por cima la estava a Ac a bom recato! Também se recomenda e com protecção solar. Enfim, ver fotos.





Retomada a semovente, a meta seguinte foi Arouca. E fica já dito: não justifica o desvio. Por varias razões: o turismo local nao abre nem à segunda, nem na terça, O Convento nao estava visitavel. Só a Igreja... e mesmo esta, só a nave principal. Poucas vistas portanto, e a estrada é de ir e voltar. Arouca não fica a caminho de coisa alguma, pelo menos para nós. Ficamo-nos pelos bolos de trazer para casa: pão de ló e castanhas de amendoa e ovos moles...claro, da doçaria tradicional conventual. Valeu a advertência para não nos metermos nas curvas para Castelo de Paiva.




Entretanto, os restos do gasóleo da ultima enchida do tanque em Espanha estavam a escoar-se, e vai de parar numa bomba Galp no meio da serra. Não, não fazemos boicote na Galp, muito menos a GALP...portuguesa, e não estrangeira como a Repsol e a BP, com accionistas portugueses, e com preços neste momento ate abaixo das suas concorrentes directas...1,411...e com o desconto do Continente, do Tio Belmiro, outro português, lá foram menos 5 centimos por litro, e ainda se recebeu uma nota de credito, de mais 3 euros para abater nas contas de mercearia. Foram 60 litros para o depósito que no maximo leva 100...e foram 6 euros para o porta moedas...Boicotar para quê, e porquê?

Então começou o regresso para Sul. Meta? Conimbriga, onde se chegou as 19.39h: mas o museu a 2F estava fechado, e em qualquer caso fecharia as 19.30h. Ficam então as fotos possiveis. Pena o restaurante tambem estar fechado. Mas nota positiva para o estacionamento, onde se pode pernoitar e estacionar de autocaravana. Não tem As...mas as autocaravanas podem bem averbar três dias de autonomia...Ambiente pacifico e muito agradavel. Note-se e anote-se. Coordenadas GPS, pois também nao há.





Entretanto passamos várias concentrações de camionistas. policiadas, mas aparentemente pacificas.
Depois da pausa em Conimbriga...escolha de jantar. Busca que busca nos guias de biblioteca de bordo, e a caminho de Leiria...saiu em rifa a Fonte do Corvo, em Boavista. Excelente escolha. Mais uma recomendação pelo pessoal, da qualidade, e até do local com estacionamento amplo que da para pernoitar à defesa, isto é em recinto murado. A refeição ficou em 17€ o casal. Foram dois menus de 8,50, de leitão (nada fica a dever ao da Bairrada) com sopa excelente, pão, manteiga, sobremesa, vinho ou refrigerante...de registar.

O caminho seguinte foi até Leiria onde já chegamos passava das 22h. Mas apesar dos amplos parques, nada de autocaravanas estacionadas. Subimos ao castelo, ou quase, nada! Então meia volta volver, e aproamos a Batalha, para a AS ja conhecida. Estava lá, mas os estacionamentos todos assinalados como proibidos, excepto a veiculos ligeiros. Ficamos no Terreiro junto a outras semoventes. Valia apena criar-se o símbolo de Parque para Ac. Era mais explícito e reduziam-se as confusões.

Noite dos justos, e acordar dos santos. Noite de 9, manha de 10, 3F, feriado. Eram 7h e de pé. Sol radiante, pequeno almoço de torrada e sandwich de queijo num cafe aberto logo ás 7.30h. Volta pelos passeios, foto ao equestre D. Nuno, que será santificado pelo Papa lá para o outono !



....e depois, na calma, ate Nazare, depois São Martinho, e sempre a poupar na velocidade e no consumo, ate Peniche. Objectivo, a visita ao Forte, ao Museu, e a arqueologia da prisão politica. Importante, ficam as fotos do que foi um local de exilio interno. E uma foto de um desenho de Alvaro Cunhal. Está tudo nas fotos ....
Depois, almoço, e em Peniche só podiam ser sardinhas, no restaurante Sardinha, numa paralela a av. do mar, ou seja numa ruela interior, a Rua Vasco da Gama. Menus turisticos de 4 sardinhas grandes, batata, sopa de peixe, sobremesa, vinho, pão, manteiga e café, 7,50€ por pessoa. Pode-se pedir mais por menos? Não pedimos.






Retomou-se a semovente estacionada junto a largas dezenas de outras, em paz e junto as muralhas da Cidade, e depois, lentamente o caminho para Torres e daqui para Alenquer. Chegamos ao Alenquer Camping e ao seu porto de abrigo para a semovente, num entardecer simpático e acolhedor. Despedidas curtas.
Até sempre, e que sempre, seja sempre que possivel !

Sem comentários: