terça-feira, junho 22, 2010

Regresso a Alenquer da viagem de She and Me de semovente de Nice, Junho de 2010

III Etapa
She and Me de semovente, no regresso a Alenquer vindos de Issambres na Corniche d´Or

Dia 7 de Junho, 2f

Acordar com idade maior, às 7h ao zumbido de mosquitos impertinentes em voos picados e perfurantes, e esperar pela oitava hora para pagar o parque e comprar a baguette ao Jacky tudo por por 11€. Apesar da hora matutina, desta vez havia mais movimento generalizado nas outras autocaravanas do que o habitual. O tempo fresco e cinza azulado, sem sol, mas com passaritos espevitados a ensaiar concertos filarmónicos nas árvores abundantes. O controlo do frigorífico detectou que este continuava meio aparvalhado, a fazer frio no congelador mas não no restante.

Saíamos pouco em cima das oito, directos a St Tropez para uma visita de saudade e um reforço de pequeno-almoço. Encontramos fácil na data hora da chegada com pouco trânsito, um estacionamento livre junto ao terminal das camionetas, e por 1 hora, foram-se 2,50€. Mas valeu a pena, pois no final de Agosto de 2009 foi impossível parar sequer.

Pois agradável a passeata ao porto velho, ao mercado do peixe, aos jardins centrais, às ruelas sob uma temperatura ideal da Côte d´Azur, berço do turismo ocidental no final do século XIX. Café e croissants e "pain au chocolat" na esplanada da boutique L´ami du pain.


Depois, rota batida e pela auto-estrada, umas vezes paga, outras não directos a Nimes. Aqui, saída à procura da cafetaria do Geant Casino, para um almoço de routier fora de restaurante de estrada, e compras no supermercado, espumoso Ritter para o jantar, e mais uns víveres e outras minudências de viajante em semovente.

Logo a seguir, rota e rumo para Perpignan e algures na auto-estrada para desentorpecer pernas, a escolha de uma estação de serviço Carrefour… que aqui pelo sul aparecem em concorrência às marcas tradicionais de combustíveis, e  já nas auto-estradas. De particularidade o facto de na loja haver muitíssimo material a 12 volts e a 24 (para os camionistas) e a preços convidativos, mas nada de tentações com gadegts provavelmente úteis, a não ser com uma espantosa ventoinha a pilhas sobre um depósito de água, que permite borrifar e refrescar! Um achado para viagens longas e quentes sem ar condicionado. Testada, funcionou!

O resto da viagem sem história com lady nokia a debitar informações de GPS desactualizadas logo após entrada em Espanha, por causa das novas vias. Passámos muito ao largo (norte) de Barcelona, depois Tarragona e finalmente a saída para Salou, também em obras, e depois mais um engano por falta da placa final de indicação do Camping Salou (à direita, a seguir à praceta (pequena, de Vénus).

Por telemóvel já a família estava alertada, e assim recebeu-nos ali mesmo, esbracejante de boas vindas. Feita a inscrição na recepção, recebida a documentação e entrámos com o guia do Camping Sanguli à frente, na procura do local previsto relativamente próximo dos bungalows do tipo Bali.

 Logo deu para perceber que estávamos numa espécie de aldeamento turístico de luxo, com 3 grupos de piscinas, 2 supermercados, cinema, campos de jogos, anfiteatro ao ar livre, parques infantis, 2 restaurantes etc. e um ajardinamento de eleição e cuidado.


Coordenadas? Aqui ficam:

N 41º, o4´, 507´´
E 01º, 07´, 053´´

Por todo o lado holandeses, alemães e belgas. Ingleses também, poucos espanhóis, alguns franceses, escassos italianos e portugueses… só olhando no espelho meu, e perguntando sem resposta: há por aqui mais portugueses de Autocaravana como eu?

Pois lá para as 9h, depois de banho e mudança de roupa, um jantar a cinco na piscina principal, diga-se excelente de serviço, e por um preço global aceitável- e depois das sobremesas, bolo de anos no bungalow bali com o espumoso já refrescado.

Fim de dia descansado em boa companhia, adeuses e cada uma aos seus quartéis.

Dia 8 de Junho, 3f

A natureza acolhia o despertar com um destacamento de rolas, melros e mais passarada anónima e animada. Dia cinza porém, temperatura amena. Fomos às compras inevitáveis para "Me": milho frito, cortezas que não existem em Portugal, nem nenhures na Europa, e para "She" os espargos.

Entretanto, a família também acordara no bungalow, mas só pelas 10h. Esclarecido que a recepção permitia a permanência da semovente até as 16h, delineou-se logo ali um meio dia de detente familiar: roteiro das piscinas..a do repuxo, e do jacuzzi (gelado) e a do bar com bancos dentro de agua… banhos sucessivos do mais velho e da mais nova do grupo (noblesse oblige). E divisão de tarefas para os outros encomendarem no take away do camping, as paellas e o frango assado. Mais as cervejas e o vinho, o pão, e o almoço ficou aprazado para o bungalow onde os cinco sempre se sentavam melhor do que na semovente.

À sobremesa, um disputado jogo do queijo (perguntas triviais por categorias de temas seleccionadas por dados) jogado entre todos, deu o sinal das despedidas. Antes das 15.30 já estávamos de saída em direcção a Valência, mas de modo a permitir um desvio para a antiga fenícia Sagunto.

Finalmente Valência, com entrada pela via marginal a norte e circundando o porto sempre rumo à parte nova que se situa a sul. A preparação de uma prova desportiva com muitas alterações de trânsito, baralhou mais uma vez o GPS de Lady Nokia. Mas chegámos e maravilhamo-nos. Difícil ao princípio detectar o estacionamento possível, mas ele apareceu a partir das 18.30h com naturalidade, e lá fomos ver a pé o arremedo da Expo (náutica da prova de vela de há uns amos perdida por Lisboa) e o traço do arquitecto Calatrava que tem a assinatura na Estação do Oriente entre nós.


Muito interessante!

A decisão seguinte sobre a pernoita foi unânime a favor de um parque de campismo a cerca de 5KM de distância em El Saler (zona de praia). O cansaço de fim de viagem (era a 17ª noite) e o desejo de não arriscar dormir em qualquer lugar (os guias não apontavam solução fácil) remeteram-nos sem qualquer frustração, para o Camping próximo, que todavia tem ao lado uma instalação policial dotada de um terreiro fronteiro, onde talvez fosse possível a pernoita. Porém não estva lá nenhuma outra autocaravana.

Jantar na vila próxima a 500 metros, em Ca Pepe, numa tarde suave, com vento rampante. Deita depois do footing de regresso, olhada nos mapas e guais para a ultima etapa seguinte, e sono pacifico e calmo num camping quase vazio, e ao mesmo preço do de Sanguli (26 euros) e sem metade da categoria, mas com piscina e sanitários limpíssimos.

Dia 9 de Junho, 4f

Largada depois do habitual restauro matinal e a seguir a um acordar de chuva tamborilante. nenhum piquete de passarada a cumprimentar-nos desta vez! Dia cinza mais uma vez, mas a ameaçar nuvens chorosas consistentes. Assim foi durante todo o dia, durante mais de seis horas consecutivas debaixo de chuva, e que nos acompanhou pelo caminho de Ciudad Real A3, A43, N430, com paragem para comer e reabastecer de gasóleo no El Pilar em Puebla Don Rodrigo. Raciones, Bocadillos e Cañas e Colas ao balcão, e foram-se 12€.

Travessadosiemnos e sucessivos campos de arroz, pujantes de verde, aproados a Portugal, ainda entrámos em Mérida, mas a opção de acelerar o regresso ao Alenquer Camping www.dosdin.pt/camping foi mais forte. E seguimos deslizando até Badajoz, para mais umas litradas de gasóleo na Galp (patriotismo claro) mas a preços de 1,07 contra os 1,19 lusos. E depois, sem História, auto-estrada ate ao desvio para Santarém, a seguir saída para a ponte velha de Vila Franca de Xira…e ai estava quase a vista o términus.

Foram um total com a última, 18 noites, 7.276 KM. A razão deste percurso só se compreende se for lido o conjunto das três etapas com a descrição dos porquês destas voltas e reviravoltas.

- Total Km 7.276, total noites 18: Mas valeu a pena. She and Me de semovente, revêm agora fotos e apontamentos de viagem. Para partilhar com família e amigos, e recolher dicas e sugestões que motivem para outras viagens e paragens, outros horizontes e experiências, incluindo a troca de opiniões no forum do http://www.campingcarportugal.com/  ou em mails directos dos nossos leitores, que se identificam, e  como tal tem sempre resposta garantida.

 A próxima viagem já sonhada há uns tempos (anos) é para a Sicília, lá para o fim de Agosto e inicio de Setembro. Quem sabe? Aqui ficam as ultimas fotos da Córsega e Sradenha...mote desta viagem e deste relato!


- Total de custos: cerca de 125€/dia incluindo ferries (4) e cerca de 90€/dia sem ferries.
- 16 Refeições na Autocaravana (além dos pequenos-almoços)
- 18 Refeições em restaurante
- 7 Dormidas livres, em estacionamento/parkings
- 6 Noites em parques de autocaravanas (só um, privado e pago 10€)
- 5 Noites em campings (mais caro 27€)
- Refeição menos dispendiosa 12€, e mais cara, 42.50€

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