O bem sucedido IV Encontro do CAB, as eleições, a Mesa Redonda, a visita turística ao Alqueva e de estudo ao Zmar, e o passeio em autocaravana de 27 de Novembro a 1 de Dezembro de 2009
Comecemos pelo princípio!
A autocaravana estava aparelhada para se participar no IV (quarto) Encontro do CAB- Circulo dos Autocaravanistas da Blogo-esfera. E o que é o CAB?
Depois, sem pressa e pelas nacionais, foi descer para Évora, até Portel, e daqui à Amieira onde fomos os terceiros a chegar. Dematos e Haddock já lá estavam. Lugar excelente para estacionar, jantar e pernoitar frente à Marina. Ao longo do entardecer chegaram os demais, e nessa noite na esplanada da cafetaria frente ao imenso Alqueva-lago, sob a lua a caminho de cheia, foi longa a conversa e trocas de impressões informais sobre viagens, episódios, dicas, e claro questões legais e administrativas do Autocaravanismo. Comecemos pelo princípio!
A autocaravana estava aparelhada para se participar no IV (quarto) Encontro do CAB- Circulo dos Autocaravanistas da Blogo-esfera. E o que é o CAB?
Embora a maioria dos nossos leitores esteja familiarizada com esta associação que reúne os autocaravanistas que mantém (sítios) espaços de internet sobre autocaravanismo, isto é Web sites e Web blogs, há quem (até e com responsabilidades) prefira assobiar para o lado, e fingir não (nada) perceber, e achar que não deve nem aderir e, pior ainda, nem participar nestes encontros, em que este último e de forma inovadora incluiu uma mesa redonda sobre o Autocaravanismo com a honrosa participação de um representante do ACP, e de vários autores e colaboradores de Web blogs.
Paciência, o despeito está mais generalizado do que o respeito, entre aqueles que não se preocupam com a causa pública do Turismo em autocaravana, ou seja do Autocaravanismo Itinerante em Portugal.
Isto é, o CAB honrou os pressupostos da sua fundação e mantêm-se fiel à sua matriz de associação dinamizadora do Autocaravanismo itinerante na internet. Ora o IV encontro do CBA, o quarto no espaço de um ano, inclui a além de um momento de estudo e reflexão ( a I Mesa Redonda do Autocaravanismo), momentos culturais e momento de são convívio entre aqueles autocaravanistas que mantém e alicerçam relações de estima mútua e cooperação pelo seu ideal comum.
Tudo nos motivou a guardar do calendário da 6F dia 27 de Novembro até a 3F dia 1 de Dezembro, 4 noites bem aproveitadas, bem programadas e por isso bem recompensadoras. Percorremos ao todo cerca de 800 km, com cerca de 70 litros de gasóleo, e por aproximadamente 320 euros, tudo isso valeu a pena.
A semovente fez-se a estrada com o piloto e consorte, a partir do Alenquer Camping, 6F pouco antes de almoço para uma paragem gastronómica em Coruche, em local já conhecido (é procurar neste blog) – o Farnel.
No sábado, pequeno-almoço de olhos nas águas a sustentarem os barcos, e logo a seguir pelas 9h, e por dentro do nevoeiro espesso, deslocação à Amieira na busca de pão e de vinho…e anote-se, -as mercearias não vendem nem pão nem vinho…os cafés vendem vinho, mas não vendem pão,…as padarias vendem pão e vinho…e aqui recomendamos o Godinho, que vende também os tais bolos biscoitos de São Marcos.
Depois das 11h, já com as representantes do ACP, que não se deslocaram de autocaravana, foi a viagem de barco até ao paredão da barragem e volta, em cerca de hora e meia. Tempo suficiente em dia de sol, de encomenda perfeita, para reviver através da gravação sonora explicativa, os séculos de história humana de ocupação, de labor e de conflitos que percorreram aquelas paragens, agora muito delas submersas, não apenas pelo olvido, mas também pelas águas.
Mais um espaço de reforço de contactos e conhecimentos mútuos, a reforçar e ampliar durante o almoço no restaurante da Marina a que no final se juntaram os autores do blog Casa às Costas.
De tarde, como agendado decorreu numa sala cedida simpaticamente pela administração da Marina a I Mesa Redonda do Autocaravanismo, bem representativa dos blogs e seus autores interessados no Desenvolvimento consistente e estruturado do Autocaravanismo em Portugal.
Foram cerca de 2.30h de debates e de conclusões favoráveis ao renovar de uma atitude construtiva e consciência comuns, pró activa e actuante. Desta parte, a final, poderá ler-se o substancioso comunicado do CAB, aprovado por unanimidade, e que igualmente está disponível no respectivo site:
Os trabalhos finalizaram com as eleições para a coordenação do CAB tendo este blog, a Autocaravanismo Newsletter visto eleger o seu representante João Firmino, e o Blog Haddock on the Road, o seu autor Vitor Silva.
Entretanto caía a noite e todos recolheram á suas moradas rolantes para afazeres diversos e jantar, mas entretanto sete companheiros afoitaram-se em fazer uma incursão à feira do Montado (a X) logo ali adiante, em Portel…e foi uma boa aposta para mais profundamente contactar a realidade socioeconómica e gastronómica do Alentejo numa banca de Borba, com vinho, queijos, enchidos e pão e azeitonas a condizer. Um repasto farto, e saboroso a cerca de 7€ por serrote…Café depois na Delta alentejana de Campo Maior, por coerência e sem publicidade.
Depois foi a pernoita na noite fria da Amieira, mas temperada pelo aquecimento do boiler e edredões adequados. E chegou a manhã de domingo, chuvosa, cinzenta, mas sem colidir com o programa que nós, consorte e eu tínhamo-nos auto-proposto: dar uma volta a Pedrógão no concelho da Vidigueira para verificar in loco o local do projectado parque de autocaravanas do Penedo Rachado, e depois, no regresso, por Portel a subida ao castelo e à tomada de vistas sobre esta cidade.
Tudo a tempo de nos juntarmos aos demais para almoço pelas 12h no Aficionado, logo ali na Amieira. E o desjejum foi a preceito…sopa, queijo, azeitonas, presunto, grelhada mista de carnes ou bacalhau, vinho ou refrigerantes, sobremesa mono-produto de biscoitos locais com castiços nomes como mousse, arroz doce, baba de camelo etc.. e ainda uma aguardente velha como café, para arrematar por…uma dízima de euros!
A seguir os adeuses. Nem todos seguiram para o empreendimento turístico Zmar. E os que foram completar o programa do IV encontro CAB com a visita de estudo ecológica aos aspectos ambientais mais significativos deste destino turístico com um aldeamento turístico de bungalows e parque de campismo, partiram a varias velocidades e por vários itinerários sem grandes preocupações de respeito pelo factor coluna militar…até porque o Capitão Haddock é da Marinha Mercante e não da Marinha de Guerra. Fica explicado!
Lá chegamos debaixo de chuva que todo o dia tinha irrigado o terreno de campismo e de autocaravanas literalmente ensopado, tanto assim que ficámos estacionados nos arruamentos d e gravilha…e mesmo assim com o desespero de um de nós se ter atolado numa berma mais frágil, que o pronto-socorro local, com algumas peripécias resolveu esforçadamente, já noite caída.
O Jantar foi como cada um quis, alguns nas ACs, outros no self service do Zmar (comida variada, toda 21€ o kg), e depois todos juntos ao café para assistir a uma sessão de entretenimento com danças orientais e a um workshop de formação para as mais jovens…entre as muitas presentes que devido à ponte estavam alojadas nos bungalows do empreendimento.
Depois, foi o regresso na escuridão às autocaravanas sob Lua iluminante, que durante a noite deve ter-se molhado pelos sucessivos dilúvios que entrecortam os sonos.
E chegou 2F….a manhã foi para muitos tempo internet (gratuita em wi fi) de leituras, de televisão (excelente captação de muitos canais) de arrumos e de limpezas, ida ao supermercado para abastecimentos, café matinal, hesitação de mergulho na piscina aquecida, coberta e com ondas, mas ninguém se afoitou. A seguir o almoço in house…e depois pelas 14.30h conduzidos pela administradora Dra. Rita Bataglia foi a vista pormenorizada, explicada e proveitosa de cerca de 2.30h!
Tudo foi avaliado e visto com o detalhe possível…a organização do sistema de cartões magnéticos recarregáveis nas aquisições para que o dinheiro não role…a tipologia dos bungalows e seus equipamentos, a existência de bungalows para deficientes, a construção dos ditos e de todo o empreendimento sempre sobre estacas para não impermeabilizar o solo, as quantidades monstruosas a de madeira ( da Finlândia) , de bancos de plástico reciclado, a inexistência de vidro, as máquinas de reciclagem de latas e plásticos de garrafas, a preservação das arvores, a represa de agua, a energia solar térmica e foto voltaica, a reciclagem e aguas, a ETA (estação de tratamento de aguas) proveniente da agua bruta do canal de rega do Mira, a ETAR (estação de tratamento de aguas residuais), as plantações de 5000 arvores com preservação da biodiversidade, a eliminação do chorão como espécie exótica e invasiva, a manutenção da fauna e floras autóctones, os campos de jogo (incluindo o de matraquilhos humanos) o percurso de treino (quase militar) etc. etc.
Tudo a pé…. E com a clemência dos céus que só voltaram a ser incontinentes depois de jantar. Lá jantamos uns tantos outra vez no self. Cada refeição para dois em menos de 20€, e depois…surpresa, havia um palhaço (Nano) de serviço que pôs toda a gente, e os autocaravanistas quase na sua totalidade também, a actuarem de improviso: como fotografo, pai de família, Cervantes, Sancho Pança e em cenas histriónicas mais para adultos do que para crianças, num espectáculo de qualidade e gratuito (que se repetira a 7 de Dezembro).
Foi em excelente ambiente descontraído que terminou o IV encontro do CAB…com trabalhado, com visitas de estudo e com convívio saudável de quem turista itinerante utiliza a sua autocaravana como veículo e como alojamento, quer dentro (Zmar) quer fora de parques de campismo (Amieira) sem qualquer preconceito ou fundamentalismo catequista.
3F dia de partida, que as despedidas ficaram feitas de véspera. Nós mais madrugadores, ás 9h estávamos a rolar a direcção a Vila Nova de Mil Fontes, depois para Alcácer, e depois para Águas de Moura…aqui, desvio para a Adega da Dona Ermelinda em Fernando Pó (aberta ao feriado) a fazer provisões para a semovente (garrafinhas de 37,5c, e para outros consumos e Natal …
A ideia era prosseguir na rota dos vinhos… Mas a Adega Cooperativa de Pegões estava fechada, e assim já nem testámos a da Companhia das Lezírias, que também ficaria a caminho de Alenquer. Lá chegámos ao Camping para trocar a semovente pelo ligeiro do dia-a-dia, a tempo de ir almoçar no Restaurante 1º de Maio…que se recomenda, quase na margem do Rio Alenquer e frente ao Sporting local…se frugais, uma azulinha chega para duas pessoas!
E aqui ficam as linhas de memória, apoiadas nas notas do Moleskine, o registo do evento e as fotos de ilustração. Quem não foi, que se prepare para o programa de 2010, se de facto achar que o Autocaravanismo merece mais do que o esforço daqueles que têm vindo a dar a cara, e assim entendem dedicar parte das suas capacidades pró bono, em prol da defesa e desenvolvimento deste estilo de vida, de lazer, de cultura, de turismo e de férias, ainda em consolidação entre nós portugueses.
Ora bem hajam pois, os que assim me compreendem!
Bem Hajam aqueles que contribuem activa e desinteressadamente de forma positiva para o Desenvolvimento do Autocaravanismo Itinerante em Portugal.
Decarvalho, simplesmente.
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