segunda-feira, novembro 19, 2007

do Camper-Porto de Alenquer a Santiago do Cacém, com escala em Estremoz

Pois foi assim.
O fim-de-semana de 17 de Novembro estava parcialmente guardado para ir até ao Porto, a feira Natura, e também para arejar a autocaravana porque esta já estava a criar inconvenientes raízes desde a última sortida que terminara em Setembro.
Porém os relatos negativos que iam chegando do desinteressante evento da Natura ditaram a sua má sorte. Nada de idas ao norte, mas sim a uma saída em AC, para matar saudades, recarregar baterias, e desentorpecer pneus.


Decidido então.
Sábado depois da Tertúlia do Bar do Além de sábado dia 17- excelente exposição e debate sobre o hinduísmo feito por Pedro Teixeira da Mota, que aliás viveu 2 anos de estudo na Índia, acabado o almoço e as conversas subsequentes entre amigos, foi tempo de retirar do Camper-porto (ou Camper-park) do Alenquer Camping, a semovente, e aprontar o destino a Estremoz, consorte knauserina concordante….para uma volta de cerca de 500Km e com um orçamento da ordem dos 100 euros a olhómetro!

Bom agora repara quem ler esta crónica pela primeira vez…o que é a semovente e isso de knauserina… consorte, não será gralha?

Não senhor, mas para simplificar aqui fica o léxico:

Neste dicionário da newsletter:

Camper-Porto (em espanhol... Camper -Park) significa uma área de serviço como a do Alenquer Camping, vocacionada para apoio a autocaravanas sejam de capucine (aqui não se escreve capuchinho, nem muito menos capuchinha). Nesta terminologia, quem sabe se um dia será oficial, camper-porto está para a realidade do autocaravanismo, como aeroporto esta para os aviões, e as marinas para os barcos. O Camper identifica o veiculo apropriado a uma actividade rolante, com condições de habitabilidade, e Porto, é sempre de abrigo, o conjunto de facilidades desejadas de infra-estruturas a quem usa o camper, isto é uma plataforma plana, com tomadas de água e electricidade, uma área com abastecimento de água, e favorável aos despejos de aguas cinzentas e negras, e para o condutor um bar de reabastecimento e distensão….

Semovente identifica a autocaravana, uma caravana auto transportada, que se move por si própria, porque dotada de motor…No caso actual uma perfilada Knauser sport Ti 700 USB, que desde Maio deste ano já percorreu pouco mais de 15.000Km.

Knauser è este vosso escriba e autor, que Decarvalho de nome, passa ao nic de Mr. Knauser quando ao volante da semovente .

Knauserina é a mulher de Knauser…e simultaneamente a consorte, que acumula funções de GPS e de Câmara de recuo…e ainda de hospedeira de bordo, quando se atinge a velocidade de cruzeiro.

Olhómetro instrumento áudio e vocal, de medida de grande exactidão, de origem milenar, e de afinação automática que funciona para identificar qualquer quantidade de peso, liquido, distância, ou de volume, e de emoções, segundo o método cientifico de piscar os olhos, e proferir o primeiro palpite que vier à mente.

Então…. Já íamos na decisão de rumar a Estremoz…em alternativa ao Porto, com aqueles pretextos de ultima hora, que somados, ganham um lógica quase de chave certeira para o euro milhões…e foi porque tínhamos uns amigos régios, que estavam algures na pousada de Sousel, e ainda porque tinha notícia de uma exposição …. No Caminho sob as estrelas … sobre Santiago de Compostela, em Santiago do Cacém. Em lógica bicuda absoluta…cá está: Alenquer-Estremoz-Santiago-Lisboa-Alenquer.

Ou seja, uma sortida de fim-de-semana de um só dia, com saída sábado pelas 16.30h, e regresso domingo, mais ou menos pela mesma hora, a lembrar as trocas de impressões com o falecido companheiro autocaravanista Fernando Matias, com quem no último almoço, juntos discutíamos a feitura de circuitos dos 100, ou seja, de 100 km, ou com o gasto de 100 euros…sem problemas, à volta da grande Lisboa.

Pois neste caso percorremos cerca de 500Km, e gastamos os cerca de 100 euros, dos quais, em refeições quase 40 euros (um jantar e um almoço para o casal) e em portagens e gasóleo 60 euros para o semovente. Acrescente-se ainda 3 euros de entradas da exposição de Santiago do Cacém.

Quanto às impressões de viagem aqui vão as dicas:

Estremoz….excelente local de pernoita no imenso parque de estacionamento em forma de terreiro municipal entre a Câmara e a Igreja de São Francisco. Ambiente tranquilo, espaço de sobra, ninguém incomodou. Não há apoios de autocaravana, mas sendo esta auto-suficiente e por só uma noite … para jantar o Isaías…toda a gente sabe onde é, e vale a pena, preços decentes, qualidade culinária idem, e assim para um casal (éramos dois com os tais régios amigos que foram ter connosco) os 20 euros da nota azul, chegam partilhando uma dose, mas não enjeitando nem o doce (pão de rala? encharcada?) fresquíssimos, numa sala típica de grandes tulhas encostadas à parede, e com legendas em verso. De manhã depois das habituais torradas e café com leite, um passeio pelas muralhas até à pousada, e as fotos de ocasião.

Seguiu-se Evoramonte, em linha com Estremoz e Évora. Belo Castelo de quatro torreões tubulares de D. Jaime de Bragança dominando a planície alentejana, e a ermida próxima. À hora matutina de domingo as portas estavam fechadas. Note-se que junto à ermida também se poderá passar uma noite em sossego na AC.

Depois Évora, em dia de desfile de automóveis antigos, a seguir Alcáçovas e, logo depois, desvio para a Barragem Trigo de Morais, e pousada do Vale dos Gaios (fechada). Note-se que aqui dá para uma pernoita em AC. Logo a seguir, desvio para Rio de Moinhos por estradão ou picada de areão até Sta Margarida do Sado, ao longo de um rio invisível e de campos de arroz decepados, e milheirais secos, mas ainda de espigas para colher. Em tempo bom, não há que temer, só a poeira.

Para o almoço escolhemos o Grândola. A semovente bebeu gasóleo da Galp (claro, com talão Continente para poupar os tais 5+5 cêntimos que a vida não está para esbanjar cêntimos…e assim lá foram menos 3 euros ali, à boca da bomba, e mais outro um talão de outros 3 euros para as mercas no hipermercado, o tal do Tio Belmiro. Nós fomos à Coutada no Jardim de Grândola. Excelente o Borrego, e não menos o Javali. Vinho de Pias para a consorte, e para mim a água suja do imperialismo americano, ou seja, Coke zero.


Seguimos depois para Santiago do Cacém, e pelas indicações fomos estacionar num imenso e novo parque, sob as vistas do Castelo. Local possível talvez, para uma pernoita de AC. A Igreja em honra de São Tiago, e o Castelo merecem visita. Na altura, a exposição temática com muitas peças cedidas por Santiago de Compostela geminada com Santiago do Cacém, é motivo adicional de interesse, bem chamativo, com as bandeiras com a espada da Ordem de Santiago e a concha vieira a espadanar ao vento.

Valeu a pena, compensou esta sortida, e comparando os relatos da Natura desnaturada, as fotos que se juntam comprovam que não foi tempo perdido. O regresso, tal como a ida, foi feito pela nova ponte do Tejo, dita da Lezíria entre Carregado e Benavente. Uma estreia para todos, semovente incluída que se portou a altura dos acontecimentos!

Assim, lá ficou adormecida, em Alenquer, no seu Camper-Porto à espera de novos ventos favoráveis. Assim o sejam sempre os amores e os humores!

1 comentário:

A Bolotinha disse...

ola caro senhor ,gosto de caravanismo mas nao tendo uma caravana nem autocaravana,mas um dia la chegarei,gosto de visitar o seu blog,kual nao foi o meu espanto k me deaparei com lindas fotos da minha linda cidade...Estremoz...tudo o k diz dela é verdade,só lamento informa-lo k esta semana faleceu num acidente o filho do proprietario da adega do Isaias...as fotos do rossio Marques de Pombal estão lindas e recordo-me de ver por la estacionada a sua autocaravana ,visto k sempre k vejo uma fico deslumbrada...um dia kuando for grande kero uma AUTOCARAVANA!!!!LOLOLOLOL