PARIS de França, Março de 2006
Pelo menos desde o filme Paris-Texas convem sempre adjectivar de que Paris falamos.
Estas notas dizem pois respeito a Paris, a propriamente dita. A cidade a que se deve ir como se for sempre a última vez, e que se deve visitar como se nunca fora a primeira vez, tantas foram as vezes que Paris entrou na memória de quem lá nunca foi.
Fui iniciado a Paris no princípio dos anos 70, e depois disso perdi já a conta das deslocações. Desta vez a oportunidade veio de uma reunião de trabalho com algum tempo livre, para fazer footing, e enquanto isso tricotar memórias de outras visitas. Daí estes apontamentos e dicas.
Primeiro a viagem de Lisboa para lá, e de Paris para cá: em Easyjet...sem publicidade, vale mesmo a pena...não obriga a um sábado de pernoita para obter a melhor tarifa, e marcado e comprado pela net o bilhete, ficou barato em mais de metade do preço do voo TAP. Claro, não há refeições nem bebidas de oferta....mas o que se poupa na viagem dá para almoçar antes, ou mesmo comprar no avião as sandwiches de queijo ou fiambre, e beber os copos a troco dos euros respectivos.
Acresce que o voo TAP até foi cancelado, soube-se depois, no dia de ida...O aeroporto de Paris é o Charles De Gaule,mas em nada é inconveniente. Tem pelo menos, autocarros para a Opera, embora por comodidade se tivesse preferido o Paris Shutlle, reservado tambem pela net que leva 17 euros por cada porta a porta...eficaz e pontual.
Quanto à zona, desta vez ficou-se pela rive gauche, 7º arrondissement, próximo dos Invalides e da Assembleia Nacional. Significa que o footing permitiu triangular os Invalides com a Torre Eiffel e a NotreDame, com as obrigatorias ramificações no Boulevard St Germain e para o Boulevard ST Michel, ou seja o Quartier Latin, das universidades ( a Sorbonne em sobressalto), das livrarias, dos bistros.
Andam-se kilometros. Ao longo do Sena, bateaux mouches ao largo, no Campo de Marte, na Esplanada dos Invalides, e nas demais ruas...as já mencionadas, mais a rua da Universidade, do Bac, dos Saint Péres, de Buci, etc. etc. Como chovia pouco e intermitentemente, e o frio era aceitável, calcorrear as ruas era o melhor exercício possível.
Entre as notas de viagem citam-se:
- A Torre Eiffel feéricamente iluminada de noite, com uma miriade de luzes tipo firmamento de via lactea. Enquanto durar vale a pena ver..
- Os restaurantes apinhados (St Germain e ST Michel) com varios turistas de todas as idades, e nacionalidades. Jovens estudantes, japoneses, europeus diversos italianos, holandeses, reformados, homens de negócios e especialistas em conferências e turismo.
- Saldos e promoções em lojas de vestuário (ainda) com os preços (quase) a aproximarem-se dos da Rua dos Fanqueiros ou do Ouro, que agora se equivalem...
- Animação de rua qb, especialmente de jovens músicos de fanfarra, trompetistas e clarinetistas bem entusiasmados e equipados.
- Ausência de coloured people, pelo menos nos locais de passagem e ausência visivel de brasileiros como empregados de lojas e restaurantes etc...ou estavam de folga ou ainda não chegaram como a Lisboa.
- A restauraçao dos dourados da ponte Alexandre III. Vale a pena ver, é hipnotizante.
- As peças fascinantes que se encontram visíveis nas vitrines das lojas de antiguidades.
- O ar nonchalante dos trauseuntes, aparentemente alheios à crise, à gripe das aves etc.
- A multiplicidade de velhos minis, genuinos e cuidadissimos, estacionados nas ruas.
- Poucos pedintes, mas muitos homeless a dormir nos esconsos das pontes entre cartões.
- Muitos cães a passearem os donos, de todas as raças, de todos os sexos.
- Filas enormes nos passeios para a entrada nos cinemas
- Livros usados a todos os preços (desde 0.50 euros) e novos em promoções.
Desta vez apenas registam-se duas refeições, fora as de trabalho, em Paris, uma no restaurante Chez Leon de St Germain (franchisado do célebre de Bruxelas), e outra no Café de Buci. Alternativas muitas...o Boul Miche, o Solferino, a Brasserie LIP, o Starbucks, e até aos mais clássicos como o Procope. Tudo depende do que se pretende gastar...menos de 15 euros é quase impossível, mais de 50 euros é evitável....embora um copo de vinho não fique por menos de 4,5€, uma garrafa de cerveja idem, e o prato varia entre os 10 e os 20 euros, a sobremesa pode custar os 5 euros ou mais ainda, e o café não menos de 2.30€. O pão de baguette é oferecido! Já no aeroporto, terminal 3, pode-se alegrar o estomago por 10 euros...
Uma sugestão...na rua de ST Dominique uma visita à basílica de Sta Clotilde, mulher de Clóvis I, da dinastia dos merovingeos, agora na moda ser dissecada com o livro e filme do Código Da Vinci...é obra recente (século XIX), nada tem de msiterioso, mas merece uma visita, especialmente se decorrer como era o caso, sexta feira de manhã,`as 9.30h, o ensaio de órgão e do solo do coro.
Nota final....no sábado a edição do Figaro custava 4 euros, com varios suplementos de qualidade e ainda o numero 1 da enciclopedia sobre Historia...na última pagina do jornal uam reportagem a todo o espaço sobre o primeiro "casamento" de um trio. Passa-se a história na Holanda onde os casamentos homosexuais são legais desde ha 5 anos...ora agora, um casal hetero, casado, entendeu fazer um pacto de coabitação (de acordo com a lei) com mais uma mulher bi sexual, o que não é proibido pela lei como bigamia, pois não ha casamento mas apenas acasalamento...a três.
Pelo menos desde o filme Paris-Texas convem sempre adjectivar de que Paris falamos.
Estas notas dizem pois respeito a Paris, a propriamente dita. A cidade a que se deve ir como se for sempre a última vez, e que se deve visitar como se nunca fora a primeira vez, tantas foram as vezes que Paris entrou na memória de quem lá nunca foi.
Fui iniciado a Paris no princípio dos anos 70, e depois disso perdi já a conta das deslocações. Desta vez a oportunidade veio de uma reunião de trabalho com algum tempo livre, para fazer footing, e enquanto isso tricotar memórias de outras visitas. Daí estes apontamentos e dicas.
Primeiro a viagem de Lisboa para lá, e de Paris para cá: em Easyjet...sem publicidade, vale mesmo a pena...não obriga a um sábado de pernoita para obter a melhor tarifa, e marcado e comprado pela net o bilhete, ficou barato em mais de metade do preço do voo TAP. Claro, não há refeições nem bebidas de oferta....mas o que se poupa na viagem dá para almoçar antes, ou mesmo comprar no avião as sandwiches de queijo ou fiambre, e beber os copos a troco dos euros respectivos.
Acresce que o voo TAP até foi cancelado, soube-se depois, no dia de ida...O aeroporto de Paris é o Charles De Gaule,mas em nada é inconveniente. Tem pelo menos, autocarros para a Opera, embora por comodidade se tivesse preferido o Paris Shutlle, reservado tambem pela net que leva 17 euros por cada porta a porta...eficaz e pontual.
Quanto à zona, desta vez ficou-se pela rive gauche, 7º arrondissement, próximo dos Invalides e da Assembleia Nacional. Significa que o footing permitiu triangular os Invalides com a Torre Eiffel e a NotreDame, com as obrigatorias ramificações no Boulevard St Germain e para o Boulevard ST Michel, ou seja o Quartier Latin, das universidades ( a Sorbonne em sobressalto), das livrarias, dos bistros.
Andam-se kilometros. Ao longo do Sena, bateaux mouches ao largo, no Campo de Marte, na Esplanada dos Invalides, e nas demais ruas...as já mencionadas, mais a rua da Universidade, do Bac, dos Saint Péres, de Buci, etc. etc. Como chovia pouco e intermitentemente, e o frio era aceitável, calcorrear as ruas era o melhor exercício possível.
Entre as notas de viagem citam-se:
- A Torre Eiffel feéricamente iluminada de noite, com uma miriade de luzes tipo firmamento de via lactea. Enquanto durar vale a pena ver..
- Os restaurantes apinhados (St Germain e ST Michel) com varios turistas de todas as idades, e nacionalidades. Jovens estudantes, japoneses, europeus diversos italianos, holandeses, reformados, homens de negócios e especialistas em conferências e turismo.
- Saldos e promoções em lojas de vestuário (ainda) com os preços (quase) a aproximarem-se dos da Rua dos Fanqueiros ou do Ouro, que agora se equivalem...
- Animação de rua qb, especialmente de jovens músicos de fanfarra, trompetistas e clarinetistas bem entusiasmados e equipados.
- Ausência de coloured people, pelo menos nos locais de passagem e ausência visivel de brasileiros como empregados de lojas e restaurantes etc...ou estavam de folga ou ainda não chegaram como a Lisboa.
- A restauraçao dos dourados da ponte Alexandre III. Vale a pena ver, é hipnotizante.
- As peças fascinantes que se encontram visíveis nas vitrines das lojas de antiguidades.
- O ar nonchalante dos trauseuntes, aparentemente alheios à crise, à gripe das aves etc.
- A multiplicidade de velhos minis, genuinos e cuidadissimos, estacionados nas ruas.
- Poucos pedintes, mas muitos homeless a dormir nos esconsos das pontes entre cartões.
- Muitos cães a passearem os donos, de todas as raças, de todos os sexos.
- Filas enormes nos passeios para a entrada nos cinemas
- Livros usados a todos os preços (desde 0.50 euros) e novos em promoções.
Desta vez apenas registam-se duas refeições, fora as de trabalho, em Paris, uma no restaurante Chez Leon de St Germain (franchisado do célebre de Bruxelas), e outra no Café de Buci. Alternativas muitas...o Boul Miche, o Solferino, a Brasserie LIP, o Starbucks, e até aos mais clássicos como o Procope. Tudo depende do que se pretende gastar...menos de 15 euros é quase impossível, mais de 50 euros é evitável....embora um copo de vinho não fique por menos de 4,5€, uma garrafa de cerveja idem, e o prato varia entre os 10 e os 20 euros, a sobremesa pode custar os 5 euros ou mais ainda, e o café não menos de 2.30€. O pão de baguette é oferecido! Já no aeroporto, terminal 3, pode-se alegrar o estomago por 10 euros...
Uma sugestão...na rua de ST Dominique uma visita à basílica de Sta Clotilde, mulher de Clóvis I, da dinastia dos merovingeos, agora na moda ser dissecada com o livro e filme do Código Da Vinci...é obra recente (século XIX), nada tem de msiterioso, mas merece uma visita, especialmente se decorrer como era o caso, sexta feira de manhã,`as 9.30h, o ensaio de órgão e do solo do coro.
Nota final....no sábado a edição do Figaro custava 4 euros, com varios suplementos de qualidade e ainda o numero 1 da enciclopedia sobre Historia...na última pagina do jornal uam reportagem a todo o espaço sobre o primeiro "casamento" de um trio. Passa-se a história na Holanda onde os casamentos homosexuais são legais desde ha 5 anos...ora agora, um casal hetero, casado, entendeu fazer um pacto de coabitação (de acordo com a lei) com mais uma mulher bi sexual, o que não é proibido pela lei como bigamia, pois não ha casamento mas apenas acasalamento...a três.
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