A única autocaravana do Museu do Automovel do Caramulo, ao centro
Sexta-feira, dia 8 de Abril, 2011
Serenamente, por entre o bruáá dos noticiários da crise que assola o País, financeira, económica, de valores e de costumes, She and Me a 8 de Abril rumaram para Alenquer para resgatarem a semovente (Knaus UFB 700 perfilada) das garras de um hediondo (no mínimo!) parque de campismo, onde está estacionada a recato durante os períodos de pousio.
Foi jà depois de jantar em casa, ao fim de um dia intenso de trabalho que se decidiu arrancar logo de seguida, pernoitar no camping e na autocaravana, e depois seguir de manhã rumo ao norte, para o "Me" poder participar na 2F à tarde e em Amarante, numa reunião profissional. De facto, juntar o útil ao agradável, é um argumento de qualidade de vida a não desprezar, e "She" tinha-se assegurado que o tempo estava de feição para um touring simpático, por terras do norte...incluindo as do Bouro e as de Basto. Assim, sexta à noite visita ao Bar do Além do Camping, onde o simpático Ivo ao balcão nos serviu respectivamente, um cálice de Carolans e um descafeinado.
Sábado, 9 de Abril, 2011
A noite decorreu tranquila com a escotilha superior escancarada, numa noite de escassa lua, nenhumas nuvens, e emergentes baforadas de calor da época e portanto, o acordar surgiu natural pelas 8.15h. Higienes completas da equipagem e da viatura, pequeno almoço, e ao caminho. Em boa verdade para Avelãs do Caminho!
De facto, por um dos consultores gastronómico desta dupla, era tempo de ir ao Queirós do Leitão em Avelãs do Caminho! e assim se assumiu tal desiderato boamente.
A rota traçada pela co-piloto impunha o recurso a A1, por razões de tempo e irreprimivel desejo patriótico de contribuir para a diminuição do deficit das empresas de serviço público, e no caso, com o efeito adicional de favorecer a recuperaçao bolsista da Brisa num tique de inconfessado conflito de interesses ... E lá fomos, curta paragem na area de serviço de Santarem, pejada de camionetes excursionistas, para comprar os frescos do dia, o Expresso, um diário e "smokes" nacionais.
Saida na Mealhada, objectivo Sangalhos, alvo, o Museu do Vinho do Comendador Berardo. Rápidos chegámos ao amplo estacionamento que já estava vistado por um prima semovente, com cães ululantes lá dentro, Cerbero ficaria invejoso de tais animosidades caninas!
Porém tardios, perdemos a ultima vista das 11.30h...e batiam as doze. A próxima itinerância pedestre guiada era só às 14.30h, por isso um pouco à sucapa, foi entrar na loja de vinhos e outros artefactos correlacionados, e espiar uns quantos quadros do atrio principal. Tempo pois, de logo ali ao lado encontrar, ao fim de uns pares de KM o famoso Queirós, com estacionamento nas traseiras para a AC.
Quem quizer saber mais do museu é aqui: http://www.aliança.pt/ (undergroundmuseum)
Quem quizer saber mais do museu é aqui: http://www.aliança.pt/ (undergroundmuseum)
Às 12.30 estavamos sentados na única mesa para uma dupla, vazia. Restaurante cheio incluindo com um grupo de antigos combatentes (do ultramar, na nossa fraseologia, da guerra colonial de outras). A hospedeia acercou-se com um maternal "qué que os meninos querem", para ouvir, -o que seria de esperar nesta Roma do Leitão...pois uma dose suficiente para o casal, uma garrafa do espumoso com rotulo Anadia da casa, água e os etc.
Apreciação do respasto? Vale apena. Pele estaladiça do leitão, em toda a sua extensão, carne suave e saborosa, molho picante da ordem, batata frita a preceito., vinho fresco frizante como esperado, bôla de leitão evitada como entrada, de bom aspecto mas desaconselhada pela taxa de colesterol, e doces...de destruir promessas de dieta. "She" foi-se ao doce de gila! No final, o café e a conta, na soma decente para a qualidade de 3 garfos, três rosas e uma cinzenta a dizer adeus aos euros, foram-se.
Reconfortados saimos com a casa Queirós renovadamente cheia. Rota agora para o Caramulo. A ideia de revistar o Museu Abel Lacerda era ja antiga, e foi reavivada pela descrição do portal autocaravanismo virtual animado pelo companheiro Eugénio, onde se fazia referência ao novo local de estacionamentoeserviço de autocaravanas.
Lá chegámos após reviravoltas, motivadas por cortes de estrada com fundamento num rally de automoveis desportivos que por lá acelaravam. Estacionamento fronteiro ao museu e ao lado de Porsche amarelo para a foto, pagos os 5 euros de bilhete senior, e começámos pelo edificio novo (para nós)... Impressionante o conjunto do acervo de obras de arte doadas..desde Salazar a Papas, desde pintores a politicos, desde banqueiros a empresas petroliferas!
Interessantes também, as salas de miniaturas onde detectamos uma única autocaravana... e dpois, ao lado o edifício mais antigo do Museu Automóvel propriamente dito, com os tres impressionantes automoveis de Salazar, varios carros desportivos e mesmo um fórmula 24H Le Mans, enfim um imaginário de sempre ali presente, incluindo um Wolks, um 4L, um Mini.. um Lotus Europa. Para saber mais ver aqui: http://www.museu-caramulo.net/
Antes de sairmos para a direcção da Régua, fomos ainda à procura da sinalizada área de AC...fica ao fundo de uma rampa íngreme, e como nem a curiosidade, nem a necessidade nos empurravam, evitámos o reconhecimento total, e meia volta volver a caminho do Douro!
Percorridas as A25 e A24 seguimos para Peso da Régua para a respectiva área de autocaravanas de 4 lugares de lotação. Estava à nossa espera o ultimo lugar, e lá ficamos sem necessidade sequer de usar a electricidade gratuita, pois as lâmpadas de LED já instaladas permitem essa economia. Entretanto, outras 4 autocaravanas ficaram na plataforma seguinte, reservada ao mercado e feira semanal. Total 6 franceses e dois PT.
Com a continuação de um dia deslumbrante de limpidez, percorremos calmamente os cais e embarcadouros de multiplas empresas de navegação fluvial, mas não conseguimos àquelas horas, nenhum passeio de 1 H pelo rio. Também o museu do Douro ja estava fechado desde as 18h, pelo que restou subir no seu elevador ate ao piso ultimo, e daqui passar para as ruelas de lojas semi fechadas. Enternecedoras as velhas drogarias, e os barbeiros de província que resistem às lojas chinas omnipresentes.!
Consultado então, o inseparável guia das tascas, (edição Brisa) decidimo-nos pelo Cacho de Oiro, e a ele fomos já depois das 20h, para uma frugal dose de cabrito assado no forno para dois, com vinho local rosé, sobremesa e café, tudo por menos de "bintecinco", uma azulinha e outra cinzentinha, de euros. Passeio pedestre de esmoer, e depois leitura de jornais de sábado, na semovente, antes de chegar o Morfeu dos autocaravanistas. Noite serena sem ruídos ou sobressaltos.
Domingo, 10 de AbBril, 2011
Chegou sorrateiro o Domingo, sem pré-anunciar-se de badaladas de sinos, chilreios de pássaros ou latidos de cães. Zero! Aberta a cortina deslumbrante, entrou a vista da encosta sul do Douro pelo habitáculo adentro. Não se via o rio, e por isso a paisagem surreal quase podia ser a da Ilha da Madeira...Mas já os franceses andavam a pé de um lado para o outro, alguns com os seus "chiens" pela trela. Tempo de torradas, e de visionamento da boa captaçao da SIC para os programas dominicais, sem interesse para seniores, e por isso da RTP1, com má sintonia de imagem, restou o som.
Chegou entretanto a hora de volver à estrada. Subimos da Régua quase até Guimarãses, e cruzámos a Vila de S. Salvador de Briteiros, engalanada de roxo, para a procissão da Boa Morte, integrada na quadra da Páscoa, e com os sinos da Igreja a repicar. Rumo depois, subindo mais, à Citânia de Briteiros, de velhas recordações de visita escolar do terceiro ano do Liceu Camões, feita numas férias da Páscoa, e tendo como guia o Prof. Pereira Miguel, há mais de ...52 anos. Claro que está tudo muito melhor, e as pedras britadas do antigo castro pre-romano ganham uma beleza nova. Valeu pois a pena a visita, e o custo dos 3€ de cada bilhete, com direito a um roteiro bastante explicito. A zona moderna do cafe esplanada tem uma vista a não perder.
Mais informações? pois ver aqui: http://www.csarmento.uminho.pt/
E depois? A mão amiga do consultor gastronómico tinha-nos apontado no mapa a Abadia, lá mais para Terras do Bouro. Nome de restaurante, por associação ao templo Mariano e lugar de peregrinção dos mais antigos de Portugal, com impressionante Santuário e Mosteiro para alojamento de peregrinos. Vale apena deambular pela Igreja com o seu olho de esplendor na nave central e pelos pátios abertos. Foi o que fizemos, depois de uma refeição de bacalhau no forno à Abadia, e de vitela à moda da casa, com verde tinto, da casa. Quantidade e qualidade QB, preço a ultrapassar razante as três rosinhas, porque o serviço lentíssimo desmereceu a espera pela sobremesa. Mas recomenda-se a visita ao complexo monumental do Santuário da Nossa Senhora da Abadia.
Percorridas as A25 e A24 seguimos para Peso da Régua para a respectiva área de autocaravanas de 4 lugares de lotação. Estava à nossa espera o ultimo lugar, e lá ficamos sem necessidade sequer de usar a electricidade gratuita, pois as lâmpadas de LED já instaladas permitem essa economia. Entretanto, outras 4 autocaravanas ficaram na plataforma seguinte, reservada ao mercado e feira semanal. Total 6 franceses e dois PT.
Com a continuação de um dia deslumbrante de limpidez, percorremos calmamente os cais e embarcadouros de multiplas empresas de navegação fluvial, mas não conseguimos àquelas horas, nenhum passeio de 1 H pelo rio. Também o museu do Douro ja estava fechado desde as 18h, pelo que restou subir no seu elevador ate ao piso ultimo, e daqui passar para as ruelas de lojas semi fechadas. Enternecedoras as velhas drogarias, e os barbeiros de província que resistem às lojas chinas omnipresentes.!
Consultado então, o inseparável guia das tascas, (edição Brisa) decidimo-nos pelo Cacho de Oiro, e a ele fomos já depois das 20h, para uma frugal dose de cabrito assado no forno para dois, com vinho local rosé, sobremesa e café, tudo por menos de "bintecinco", uma azulinha e outra cinzentinha, de euros. Passeio pedestre de esmoer, e depois leitura de jornais de sábado, na semovente, antes de chegar o Morfeu dos autocaravanistas. Noite serena sem ruídos ou sobressaltos.
Domingo, 10 de AbBril, 2011
Chegou sorrateiro o Domingo, sem pré-anunciar-se de badaladas de sinos, chilreios de pássaros ou latidos de cães. Zero! Aberta a cortina deslumbrante, entrou a vista da encosta sul do Douro pelo habitáculo adentro. Não se via o rio, e por isso a paisagem surreal quase podia ser a da Ilha da Madeira...Mas já os franceses andavam a pé de um lado para o outro, alguns com os seus "chiens" pela trela. Tempo de torradas, e de visionamento da boa captaçao da SIC para os programas dominicais, sem interesse para seniores, e por isso da RTP1, com má sintonia de imagem, restou o som.
Chegou entretanto a hora de volver à estrada. Subimos da Régua quase até Guimarãses, e cruzámos a Vila de S. Salvador de Briteiros, engalanada de roxo, para a procissão da Boa Morte, integrada na quadra da Páscoa, e com os sinos da Igreja a repicar. Rumo depois, subindo mais, à Citânia de Briteiros, de velhas recordações de visita escolar do terceiro ano do Liceu Camões, feita numas férias da Páscoa, e tendo como guia o Prof. Pereira Miguel, há mais de ...52 anos. Claro que está tudo muito melhor, e as pedras britadas do antigo castro pre-romano ganham uma beleza nova. Valeu pois a pena a visita, e o custo dos 3€ de cada bilhete, com direito a um roteiro bastante explicito. A zona moderna do cafe esplanada tem uma vista a não perder.
Mais informações? pois ver aqui: http://www.csarmento.uminho.pt/
E depois? A mão amiga do consultor gastronómico tinha-nos apontado no mapa a Abadia, lá mais para Terras do Bouro. Nome de restaurante, por associação ao templo Mariano e lugar de peregrinção dos mais antigos de Portugal, com impressionante Santuário e Mosteiro para alojamento de peregrinos. Vale apena deambular pela Igreja com o seu olho de esplendor na nave central e pelos pátios abertos. Foi o que fizemos, depois de uma refeição de bacalhau no forno à Abadia, e de vitela à moda da casa, com verde tinto, da casa. Quantidade e qualidade QB, preço a ultrapassar razante as três rosinhas, porque o serviço lentíssimo desmereceu a espera pela sobremesa. Mas recomenda-se a visita ao complexo monumental do Santuário da Nossa Senhora da Abadia.
E depois? pois foi ir rolando até se atingir o Rio Caldo, Gerês adentro. Paisagens encantadoras de postal ilustrado, ou de fotografias da paleta do Grande Arquitecto do Universo, num dia verdadeiramente do Criador. Algumas voltas pelas margens das barragens, mas nada de desvios para o Convento de São Bento das Porta Aberta, nem para a pousada do mesmo nome. Simplesmente, os olhos vaguearam por aqueles lados ao sabor do rodado dos pneus da semovente, até que subindo mais, pelo Cabril, optámos por visitar a barragem do Venda Nova e do Alto Rabagão, com percurso parcial da sua estrada cimeira, e depois, retrocedendo, circular ao longo da margem norte da albufeira. Longo passeio entre campos floridos de urze e tojo, roxos e amarelos, com fundo de pastos verdes e de lençol de agua azul, de reflexão do céu sem nuvens. Repousante antídoto anti crise urbana!
A partir daqui começamos a seguir a agulha da bússola, orientados para sul. Em estradas quase desertas e pelas cumeadas, o destino foi Ribeira de Pena (um município que em tempos era emblemático para o PPM), que deixámos ao largo, e sempre para baixo, seguimos até à A7 para um percurso minimalista que nos deixasse na saída para Mondim de Basto.
Motivo? pois, -porque era uma forma de nos aproximarmos de Amarante, onde 2F à tarde esperava uma reunião porffissional, -porque coincidia a data no encontro Internacionald e Mondim com a inauguração de mais uma estação de serviço para autocaravanas (da Euro-relais) e assim, podia-se honrar o convite da entusiástica autocaravanista Isaura Cunha e seu marido António, que bem divulgaram a sua iniciativa pela nuvem da internet, incluido no espaço facebook.
Chegamos portanto, ao cair da tarde descendo com a semovente para o local pela entrada mais ampla do recinto reservado ao encontro, e já fora do centro urbano...mas fomos imeditamente detectados pela organização, e o Boaventura veio ao nosso encontro para as boas vindas e enquadrar o estacionamento. Eramos a 228º autocaravana a registar-se, como confirmámos depois, na recepção com o Boaventura, a Isaura, O Ricardo, o Lucas da Silva e outros amigos, verdadeiros companheiros autocaravanistas, num ambiente festivo de arraial popular, num acamapamento autorizado e patrocinado pema CM, e com um banca dos Bombeiros locais, de comes e bebes, para recolha meritoria de fundos para a causa do combate aos incêndios, e outras actividades humanitárias.
Parecia uma super Nauticampo! Muitas autocaravanas em exposição, de todos os variados modelos, muitos visitantes, muitos estrangeiros, especialmente franceses e espanhois, muitos equipamentos de cada um, a suscitar a atenção aqui e acolá, e trocas de impressões sobre televisões, parabólicas, paineis solares, reforços de suspensões, dicas sobre frigorificos, itinerarios, destinos de férias... como numa autentica feira/forum presencial, e ao ar livre. Tudo em ordem, tudo no respeito de regras de convivio social responsável. Nota elevada, diria o Prof. Marcelo, se chamado a classificar este meeting autocaravanista.
O jantar foi a solo, de She and Me no acolhedor ambiente dos 7 Condes. Fica no interior do casco histório, sobranceiro ao terreiro do mercado e da feiras onde decorria o Encontro autocaravanista. Ambiente de paredes de pedra de granito, balcão de entrada amplo, cozinha impecável, com forno a lenha, mesas de tamanho agradável, serviço impecável, a preço para seniores que partilharam uma dose de naco ou posta maronense, muito gostosa, razoável, e que pouco excedeu duas rosinhas.
O dia desta jornada acabou depois, com mais algum passeio, mais uns dedos de conversa, mais umas leituras de imprensa na autocaravana, e umas visões de uma televisão instável.
Segunda-feira, 12 de Abril, 2011
Despertares a meio da noite, encalorados, apesar de janelas entreabertas, e com a dificuldade em readormercer, foi altura de nos levantarmos e voltar a mais umas leituras na mesa, e ainda mais umas conversatas sobre o dia seguinte, e depois desta pausa no silêncio da noite, o sono porfundo decorreu, até que pouco antes das 8h fomos interrompidos por uma conspiraçao tripartida ruidosa, de uma frente de oposição aos sonolentos, de grande eficácia: Foi o estrépito de um galo persitente, um conjunto de ladrar e latidos de uma cãozoada infrene, em batalhas caninas, e ainda uns operários de construção civil e seus artefactos de sons industrais, na labuta de erigir mais um prédio nas cercanias do local. De facto, era o início de uma semana de trabalho.
Portanto, nada de cama, saltar com ânimo para fora da dita, arranjos adequados à hora, pequeno almoço, e depois do lixo no lixo, pés ao caminho para uma ronda completa ao centro de Mondim, incluindo o parque verde e toda a zona histórica, sem falhar o posto de turismo, que merece também referência abonatória: Excelente documentação magnifico atendimento para que todas as perguntas tivessem resposta. Foi aqui que decidimos ir visitar o Ermelo e as cascatas das Fisgas do Ermelo, antes de chegar a Amarante, atravesando extensas rotas da montanha da area protegida da Serra do Alvão.
Passámos ainda pelo pequeno mercado local, para comprar bolbos de flores a 1/2 preço das terras do sul, e feitas as despedidas. aos que não tinham partido para outros deveres ou passeios, fomo-nos à semovente e aprumámos mapas e GPS para a Serra do Alvão. Estradas de montanha que para as Fisgas eram estreiats e de vertigem, mas sem transito, sem probelma para ir até ao topo ver as cascaatas daquele nome. No Ermelo, que sobrepuja a estrada nacional, subimos de AC pela rua estreita entre casas de pedra, baixas e com telhados de xisto, e no regresso, que remédio houve senão recuar para o cruzamento com quem subia.
Paisagens soberbas mas agrestes, a natureza pujante e explosiva de cores roxas e amarelas com o verdes de mato e das copas de arvores, matizados pelo castanho escuro das rochas brutas. Vale a pena o passeio, com tempo.
No final rumo a Amarante. Directos ao planalto junto ao rio onde fica o mercado, e a semovente lá ficou ao lado de uma prima alemã. Segue-se o almoço funcional no Estoril, antes de se chegar ao famoso Zé da Calçada, por sobre o rio Tâmega, e na sua margem esquerda. O luxo esteve na mesa de canto, na esplanda junto a janela aberta, com vistas cruzadas, uma sobre a ponte e Igreja de São Gonçalo, a outra sobre o rio a montante, e as suas ilhas e areais.
O almoço foi normal, uma dourada para "She" e vitela para "Me", pratos do dia, conta do dia também com vinho, pão e sobremesa por "bintium". O acto economico a seguir, foi comprar pão e um gonçalinho para recordação de pessoa amiga a quem estava prometido este regional e falico bolo tipo cavaca. Estava encerrada a viagem de lazer, com proveito e satisfação.
O resto não conta para este relato: troca de roupa pela camisa, casaco e gravata de sr. doutor, e reunião aprazada e agendada para "Me", enquanto "She" ficou entregue ao recato dos seus pensamentos e devoções. A reunião acabou quando tinha de acabar, e chegado à semovente foi o streap tease inverso, deslargar a gravata, arrumar o casaco desapertar a camisa, e ala, para o regresso directo a Alenquer. Sempre por auto-estrada, fez-se o caminho sem incidentes, e ja pela CREP (a irmã gémea da CREL dos mouros que somos). Ou seja, não entramos no Porto, e apanhamos esta nova auto-estrada direcção a sul, Gondomar e A 41, ja passando pela nova ponte sobre o Douro, e saindo em Espinho!
Em velocidade de cruzeiro chegou-se a Alenquer, trocou-se de viatura, e o jantar frugal e simples foi já em penates. Um dia destes voltamos à estrada e aos registos, para publicar os relatos e as fotos que as rememorizam, em partilha com quem nos lê.
Entretanto, votos de boas voltas e reviravoltas!
1 comentário:
Fico sempre encantado com os relatos que proporciona aos curiosos feito eu, pelo poder de síntese descritiva e pela agradável leitura de texto escorreito, de ensinamentos úteis e juízos humorados que voltei a encontrar nesta viagem a Amarante. Parabéns.
Armindo Santos
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