domingo, junho 07, 2009

Para que serve um Clube de Autocaravanistas? que faz um Clube de Autocaravanistas?


Não não se trata de uma entrevista com nenhum presidente de nenhum clube português. E é pena, muita pena. A Newsletter, em véspera de discussão parlamentar do primeiro projecto de lei sobre autocaravanismo, a 25 de Junho, na AR, que bem poderia, se vier a ser aprovado, considerar-se o Código Base do Autocaravanismo, não vislumbra quem entrevistar. Nem se conhece nenhuma reacção de um clube a não ser o parecer do CAB, assim próprio auto designado de Circulo de Autocaravanistas da Blogo-esfera, e que se acha transcrito já neste Blog.
De resto os demais locais onde se fala de autocaravanismo oscilam entre a total indiferença, egoísta de tudo o que excede a solução pessoal e individual relativa a sua autocaravana, e a política de verborreia de quem esta aquém do racional, e portanto se esgota em diatribes de bota baixo, e de terra queimada, e por isso mesmo cada vez mais são ignorados.
Raros são pois os que se interessam com critérios gregários de responsabilidade social, pelas questões essenciais e institucionais do sector. Esses, são os que vão mais Além, os que vêm mais Além, são pois os que estão Além da premência do quotidiano material do dia a dia. Não se ficam aquém, têm uma alma e não em seu lugar, uma lama.
Esses dignos autocaravanistas, para quem valeu a pena trabalhar pro bono, dividem-se entr um punhado que dá a cara, e dá o corpo por ideias e ideais, e um grupo mais numeroso, e em crescendo, que silenciosamente acompanha, e por consenso consentido, subscreve a acção daquele punhado, e que se manifesta, por exemplo pelo número de leitores deste blog...a raiar as 150.000 visitas ao fim de pouco mais de três anos...
Quanto À pergunta para que serve um clube de autocaravanistas? Cada um dará a sua resposta, a nossa já data de 12 de Jneiro de 2008 neste blog, basta actualizá-la à evolução recente...ora vejam:
Ora passe-se agora a leitura do que dizem os franceses....
Fonte do artigo:
Le monde des camping-caristes débarque à Artois Expo pour trois jours
vendredi 05.06.2009, 04:46 - La Voix du Nord



Pourquoi avoir choisi Arras comme lieu de rassemblement ?
(6000 autocaravanistas em 24 clubes do norte de França)

« Simplement parce que la ville se situe au centre de la grande région Nord-Pas-de-Calais - Picardie. Sur les six mille équipages des vingt-quatre clubs réunis au sein de la Fédération française des associations et clubs de camping-cars, nous serons trois cents : il a aussi fallu trouver un endroit pouvant accueillir tout ce monde. »
Qui sont les camping-caristes aujourd'hui ?
(maioria são reformados ou semi reformados)

« Dans les clubs, nous relevons une majorité de retraités. S'ajoutent des pré-retraités et quelques personnes toujours en activité. En général, ils ont une bonne trentaine d'années de camping-car derrière eux. Moi, j'en ai vingt-cinq. Quelques-uns n'ont que trois mois : il s'agit alors de personnes qui sont venues au camping-car à l'heure de la retraite. »
Quels sont les buts du rassemblement arrageois ?
Objectivos das concentrações: intercambio, cultura e aspectos legais

« Il permet d'abord aux membres des différents clubs représentés d'échanger, sur les véhicules eux-mêmes, leur fiabilité, ainsi que sur la sécurité lors des voyages, en France ou à l'étranger. Cette grande réunion vise aussi la visite de la région : c'est une façon d'inciter les camping-caristes extérieurs à y revenir. Nous allons ainsi visiter la ville d'Arras, puis le centre minier historique de Lewarde, le mémorial de Notre-Dame de Lorette, et enfin une brasserie. Quant aux présidents du club, ils font un point global sur la législation en vigueur. »
De quel sujet débattrez-vous cette année en particulier ?
Na ordem do dia: legilação sobre cartas de condução, peso e dimensões

« Le point important, c'est le permis B. Il faut savoir que la majorité des camping-cars pèsent plus de 3,5 tonnes une fois chargés. Et de fait, ils pourraient être classés en poids lourds. Je pense que cela serait trop contraignant, pour les camping-caristes comme pour les communes : elles ne profiteraient plus de ces touristes. Personnellement, je souhaite que les véhicules reviennent à des dimensions classiques, soit moins de sept mètres et moins de 3,5 t. C'est d'ailleurs la réglementation actuelle, en France et en Europe. »
La pratique du camping-car se développe-t-elle toujours en France ?
apesar da crise o autocravanismo progride!

« Oui, et ce malgré la crise. Cela s'explique par le désir de liberté, par le fait que nombre de personnes ont beaucoup de temps libre. Avoir un camping-car permet de s'évader chaque week-end. Depuis quatre ou cinq ans, on croise de plus en plus de jeunes, mais qui n'entrent pas dans les clubs. »
La liberté, c'est donc le gros avantage du camping-car ?
em França já esta consagrado o direito ao autocaravanismo

« Bien sûr ! On peut même traverser les océans. La fédération française propose des fiches sur plein de pays, réalisés par les camping-caristes eux-mêmes. C'est un voyage différent, tout le monde peut l'adapter à sa manière de vivre. On peut stationner partout, à partir du moment où on ne déballe pas le matériel, ne serait-ce qu'un marchepied. Mais attention : le camping-car n'est pas une résidence secondaire : il ne s'agit pas de "faire ventouse". » •
Nota da redacção: Sobre o sistema Francês, veja-se desde 2004 que a situação está esclarecida por um despacho normativo do Primeiro Ministro, assunto que em Portugal poderá ter resposta equivalente, se o projecto de lei pendente na AR for aprovado, ou se o primeiro ministro português assumir a mesma atitude em 2009. Ou ainda, se pela àrea governamental da Adminstração Interna se promover algo similar ao acontecido em Espanha com a chamada mesa do tráfeco. Veja-se como em 18 de Abril de 2008, esse tema foi referenciado neste blog:
A directiva espanhola pode ser lida também neste Blog, que a divulgou atempadamente, coroando o esforço da senadora Chacon do PSOE. Aqui está:

1 comentário:

gil disse...

Para que serve um Clube de Autocaravanistas?

Um clube serve para o que as pessoas quiserem.
Serve também se as pessoas quiserem.


Muitos de nós são aventureiros natos, confiantes nas suas capacidades de viajarem sós, de nunca terem sentido a necessidade de um apoio em caso de problemas. Por isso não aparecem mais clubes. Fazemos viagens dentro da Europa e de certa forma é fácil resolver alguma situação que surja.
Um clube poderia de certa forma ser um apoio às nossas viagens. Quando saímos, seja para fora ou cá dentro, o clube poderia ser uma companhia a quem, além da nossa família, iria sabendo como estavam a correr as coisas e quando faltasse o contacto, por exemplo diário, previamente combinado pudesse de certa maneira encetar tentativas de contacto por diversos meios e caso fosse necessário recorrer às Autoridades.
Um clube poderia ser uma plataforma de apoio às nossas viaturas na forma de poder ter um espaço para parqueamento. A minha por exemplo e acredito que muitos de nós ocupa um espaço ou mais de estacionamento perto de casa contribuindo para aumentar a dificuldade de estacionamento de outros veículos e de certa forma abusando do espaço que é de todos. Quem fala de estacionamento também fala de espaço para a manutenção que tem que ser feita. Não é fácil fazer trabalhos na via pública.
Um clube é uma maneira de se conviver, viajar em grupo, desenvolver actividades em prol dos Autocaravanistas e quem sabe em prol de outros. Podemos ser Autocaravanistas mas existem muitas mais actividades que podemos praticar ou apoiar actividades de carácter social.
Um clube exige de todos uma certa responsabilidade e disponibilidade porque não pode ser apenas o trabalho de alguns. Tem que ser trabalho de TODOS. Penso que este é o maior entrave.
Um clube tem que ser local, tem que reunir pessoas da mesma área de residência porque de outra forma não sinto que seja viável. Tem que ter um carisma próprio, uma identidade bem definida caracterizada pela zona geográfica em que se situa. Tem que ser formado por pessoas que partilhem no dia-a-dia da mesma realidade local. Se assim não for não há envolvimento. A troca de ideias é fundamental em todos os sentidos. Eu em Faro posso ter uma situação a comentar, tema de conversa com alguém de Faro mas duvido que uma pessoa de Lisboa ou de outra cidade tenha argumentos para tal conversa.
E muito mais se pode acrescentar.