quinta-feira, junho 18, 2009

Noite 4 dos feriados de Junho: de Bertamirans a Torre de Moncorvo




(área de AC Jean Pierre Rossi de Freixo do Numão)

Percurso até à noite 4, Torre de Moncorvo, dia 10 de Junho 09

Feriado em Portugal, mas isso não foi motivo para levantar mais tarde, nem para acordar mais cedo devido à falta de pássaros devido ao entorno urbano. Normal pelas 8h e com arranque pelas 9h,muito antes da reabertura do super afixada para as 10h.

Chovia e o céu acinzentava-se ainda, nada pois de recomendarem para andar pé seja pelo casco urbano seja lá onde fosse, nem para percorrer a linha de costa. Um desânimo.Motivo para dizer adeus à chuva da Galiza!




Rumamos pois devagar pelas nacionais até Pontevedra, e chovia…seguimos para San Marin, e chovia, e também não havia estacionamento, e então optamos pela direcção Cangas, e pela costa. Nada feito, continuava a chover e caía nevoeiro…então plano B, depois deste tremelicas plano A, seguir em direcção a Nigran para fotografar e percorrer a a calle Nandin, similar outra ja aqui identificada em Châteu Porcien em França.
Lá fomos até porque a co-piloto recenseara através do GPS uma segunda calle Nandin em Gondomar, concelho vizinho de Nigran…Era mesmo de ir ver! E assim saímos logo que foi possível em direcção a Vigo, mas contornamos a cidade e porto pesqueiro, e depois pela auto-estrada rumo a Nigran e Gondomar com saída onde nos pareceu de obedecer ao GPS…e lá chegamos num fósoforo a Parada. Esta povoação fica em Gondomar e exactamente na fronteira com o concelho de Nigran, o que permitiu resolver o mistério: a Rua Nandin começa no barrio Nandin, em Nigran, e termina no concelho de Gondomar em Paradela, depois de circundar o monte do Castelo dos mouros…falta agora explicar a parentes.

Pois cumprida esta missão genética, baixamos para Bayona e por telefone acertou-se o encontro familiar aprazado para a Guarda. Seguimos devagar pela costa onde o factor de maior interesse é o santuário de Oia, e mais baixo o monte de StaTecla. Não foi difícil estacionar a semovente na segunda linha de nível da Guarda, paralelo ao passeio marítimo e ao porto, e depois a pé, já sem chuva…foi descer à esplanada dos restaurantes…

Não fora a crise…e a escolha sem embaraço iria para uma das varais e apelativas marisqueiras, com paellas, mariscadas, arroz de marisco, zarzuelas de marisco e similares por preços da ordem dos 40/45 euros para 2 pessoas, mas o objectivo era gastar com cinco o mesmo do que com dois e os tais omnipresentes etc.

A escolha recaiu pois antes no The Celtic Harp, dito Cerveceria e Taperia, na Rua do Porto, como os outros, com um primeiro andar como os outros, e com um serviço de menu do dia com larga escolha incluindo vinho e café…pelo que a refeição fica mesmo com os etc. pelos 11 euros a cabeça. Para mais informações o local tem sítio na net, ora vejam:
http://www.elceltic.com/

Aceitável portanto. Lá estivemos em boa e agradável companhia, até a hora da despedida…eles seguiam para Vila Nova da Cerveira, e nós para Pinhão e por aí fora sem termo certo!
Pois então depois de almoço seguimos adiante.

O tempo fosco, cinzento, sem sol, e com chuva incontinente, aconselhava fazer Km em segurança e assim optamos pela auto-estrada directos a bifurcação de Guimarães e, depois inflectimos para Vila Real e saímos para o Pinhão, onde o GPS sem ser questionado apontava. Pois apontava mal…fomos parar a Torre do Pinhão, nada que se quisesse…

Perdidos na serra reapontámos mapas, GPS e sentido de orientação. Foi então rumar para Sabrosa, e chegar depois ao Pinhão, com muita curva e contra curva, com ganho de vistas soberbas de miradouros de videiras e quintas, sobre o Douro Vinhateiro, património mundial.




Bonita a chegada ao Pinhão, a paragem frente à estação de comboios, os azulejos, a gare, a loja do vinhos e o movimento turístico, tudo já sob um sol reaparecido quase sem tecto de nuvens, em temperatura amena.

Foi um stop and go. Seguiu-se a travessia do Douro, a visão do lado esquerdo do Rio para o Pinhão e a subida até São João da Pesqueira para ficar com o abraço a ambas mãos e braços do Douro pujante de videiras verdes. Um espectáculo a não descrever senão aos crentes que já o viram. Vale a pena a viagem, et ça merite un detour, como escreveria o Guia Michelin.

Entretanto os ponteiros continuavam a tesourar o tempo, ao mesmo tempo com que entesouravam recordações. Estava a chegar a hora de poisar, e respirar as vistas cansadas de tanta dose de beleza natural em mix de trabalho humano de gerações.

Olhando o mapa, revistando memórias e consultando o guia das áreas de autocaravanas do CAS, o Clube de autocaravanistas Saloio, era altura de prestar homenagem ao amigo Jean Pierre Rossi, e portanto tentar visitar Freixo de Numão que nasceu grandemente devido ao seu impulso e entusiasmo, e que todos os anos desde 2002 tem sido visitada por grupos de autocaravanistas franceses que vêm assistir ás vindimas à antiga de Freixo.

Lá seguimos, passamos o desvio para Numão e seguimos em frente para Freixo de Numão e aqui chegados ao centro da vila só então se nos deparou a sinalização…era para trás…e depois lá chegámos. Demos a volta e nem rasto de vivalma, estando os sanitários abandonados e sem conservação. Porém a área da estação de serviço estava operacional.

Nada animador, e entretanto consultado um aldeão ficámos a saber que os restaurantes estavam fechados. Ná…homenagem feita ao JPR, fotos tiradas e nenhum motivo nos obrigava a ficar naquele ermo. Mais um plano B e decisão conjugal uníssona… seguir em frente até Torre de Moncorvo.

Assim foi, passagem por campos de vinha, de amendoeiras e de cerejeiras carregadas, passagem pelo Pocinho e depois à direita subida até à Torre de Moncorvo. Boa estrada na parte final, boa sinalização da área das autocaravanas, e quase no alto, virando à esquerda das bombas de combustível…lá avistamos o parque de autocaravanas certificado pelo CPA. Excelente, amplo, dotado de apoios da estação de serviço, mas ninguém, outra vez nem vivalma….nem uma camper, nada!

Ora bolas! Para uma refeição de jantar era necessário voltar ao centro, a uns bons pares de KM de distância, e assim fizemos. Parámos ao pé dos bombeiros, com vista para a Catedral. Bem estacionados num pequeno e espaço ao lado de algumas viaturas de bombeiros, saltou a ideia…nenhuma proibição havia, então vai de se perguntar ao piquete dos Bombeiros se era possível e seguro a pernoita na autocaravana? Que sim, que faz favor, que não há problema algum, pois deixem-se estar!






E foi o que aconteceu. De facto mais vale poucos lugares junto ao centro que muitos mais mas afastados e sem apoios ao redor…Seguimos então, a pé, ao Restaurante sugerido por uma senhora local bemposta…o Lagar e depois uma volta a Igreja e ruelas adjacentes.

Quanto ao Lagar: fica na rua do Hospital Velho a caminho da catedral e é impecável. Tudo, para dois, com duas doses, vinho, cola zero, sobremesa café, por 25€. Bem servido, bem saboroso, bem farto. Mais uma vez a experiência bem sucedida, que se recomenda sem favor.

A noite já de temperaturas do dobro das tidas na Galiza, pelos 22º foi excelente para propiciar um sono de viajante recompensado pela viagem.
Nota sobre a etape anterior:
Nota sobre a última etape:

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