terça-feira, março 24, 2009

Autocaravaneando, primavera de 2009 (VI) de St Hilaire a Paris


De St Hilaire a Paris,
5F 12 de Março

De noite não nos tínhamos apercebido, mas a volta do parque de estacionamento próximo da estação de serviço ficavam frondosas árvores e um lago. Durante a madrugada deu para suspeitar disso, pela passarada que foi trinado o seu acordar…e o nosso. Melros cantantes, corvos grasnantes, rolas arrulhantes, chilreios diversos e miúdos pelas 5/6 da matina…e depois às 7 Frére Jacques fez mesmo juz a invocação sonnez les matines, dão badão, e rebadalão, dão, dão a ecoar durante minutos.



Dia pois cheio de sonoridades logo no início. Só Sol preguiçava sob manto de nuvens, bem aconchegado. Era boa sina para o caminho sem história para Paris onde queríamos chegar de véspera para a reunião de trabalho de sexta. Sempre por estradas nacionais, com paragem técnica numa garagem Renault para substituir as escovas do para brisas, refazer o nível de gasóleo e sem mais detenças…chegamos a St Quentin. Ainda se pensou almoçar na base de loisirs, mas a sinalização devia ter sido feita por portugueses e perdemo-nos….

Assim eis-nos quase em Paris direcção bois de Bologne, porte de St Cloud, pont de Suresne e sem GPS, mas com a direcção da ametade co piloto. Directos a porta do Camping de Paris…onde pedimos gentilmente para sermos acantonados e sequestrados de livre vontade, num lugar dotado de electricidade pois a 2ª bateria vinha a asnear e a carregar com deficiências.

Pois assumimos então, por duas noites uma opção estática e de parar no Camping, a melhor maneira segura de visitar Paris, utilizando os transportes públicos….autocarro para aporta Maillot ( o 244) e depois daqui todo o RER e todo o Metro e bus à disposição, com bilhetes a comprar a dezena por 11, 40 euros. O Camping custou 51,80€.

Almoçamos então já no Camping e dentro da semovente Knaus UFB 700, vidros abertos, frente ao Sena, mesmo na primeira fila, de balcão de primeira classe, com luz solar quanto baste.

Depois foi a leitura de jornais e semanários franceses para ambientação, e a detente para programar o jantar em casa de uam familiar. Com tempo, fomos até à Etoile –Charles Degaulle, com saída face ao Arco do Triunfo e aos Champs Elysées. Tempo de matar recordações e memórias de tantas outras deslocações ao longo de anos. Léche vitrines, entrada por saída no Publicis, descida dos Champs pelo lado direito, subida pelo esquerdo, passagem pela loja do Nespressso, e pela stand da Peugeot, etc entre outros icones do consumo…



Entretanto uma mini parada militar de romagem ao monumento do soldado desconhecido sob o Arco do Triunfo, interrompeu o trânsito, atraiu curiosos e turistas de máquinas fotográficas em punho. O que era? Ficará apara quem pesquisar, mas alguma data celebre de um anterior 12 de Março estava em causa.

O tempo ia passando seguiu-se a compra de jornais portugueses, ainda havia a Bola do Dia o Correio da Manhã, o Expresso do último sábado etc. Pois foi o Correio o escolhido e ainda a Visão do dia que levamos do quiosque da esquina da Rua Friedland onde há anos ficava uma mítica loja FNAC dos primórdios.

Depois os telemóveis acertam a hora do familiar que nos veio buscar para jantarmos em casa. Um apartamento raro em Paris, com estacionamento em parque interior e do 5º andar vistas para a Torre Eiffel e Arco do Triunfo. Para não irmos de mãos a abanar lá seguiu uma garrafa de vinho tinto especial da Labrugeira, com o rótulo pessoal Cinquentenário, que foi logo arrecadada para ocasiões futuros especiais, e assim se seguiram umas horas de simpático convívio sempre em língua de Camões.

Por fim hora de adeuses. Mas com a sorte de sermos levados de carro de volta ao nosso apartamento rolante, o r/c em suite de T0, também bem localizado e frente ao Sena…iluminado.

E foi mais uma noite em Paris. Dia seguinte, dia de trabalho.

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