quarta-feira, novembro 26, 2008

24h em Alter (coudelaria) em castelo de Vide e pelo caminho

Novembro, dias 19/20

Foi num repente criador. Um clic!
Quarta feira, já boa parte da manhã ida no teclado de preparação de uma reunião profissional, para 5F ao fim da tarde, em Lisboa. Entretanto, a Consorte chega das mercas familiares, com um sol outonal a resplandecer no mar da baía de Cascais.

Arrisco, e então, a saída de Autocaravana do mês de Novembro?
Por mim pode ser hoje...
já? Já-já?
Já, estou pronta!

Pois eu também. Reverificação rápida da maleta de viagem das mudas de roupa, e rápidos, para Alenquer buscar a semovente parqueada no Camping. Só saímos com os ponteiros quase na uma, mas as tesouradas no tempo a caminho do leste alentejano, foram compensadas pelos km andados em auto-estrada. Depois da ponte da Lezíria, a primeira questão. E o almoço?


Mapas na mão da co-piloto, olhos no mais distante destino de Portalegre, para rápida visita a uns parentes, e com o contorno da sortida ainda indefenido, em parte, a escolha é feita. Vamos a Coruche. Onde? O Guia das Tascas de capa vermelha sugere ...o Alentejano, o Farnel...
Chegados a Coruche, vindos de ocidente passamos primeiro pelo Franel, e seu amplo estacionamento à direita, voltado ao Rio, mas seguimos pela marginal arranjada em busca do Alentejano.
-Para aqui a perguntara este ribatejano...
-...então a rua?....(que o GPS teimava a não identificar)
-para lá a esquerda no bairros novo
-e o restaurante Alentejano?
- Ah!...já é agora só´um café...
então que restaurante recomenda?
-Pra mim nã há melhor co Farnel, ali adiante!
- Obrigadinho....
Meia volta portanto, por detrás da praça de touros, e estacionamentos arrelvados da frente ribeirinha, e para trás, ao Farnel. Que se entra por uma porta lateral, para dentro de um antigo grande armazem, decerto em tempos tambem adega (?). Lá dentro amplo, com toneis e mais artefactos vinicolas, o ambiente só não é mais acolhedor, porque a crise, ou a hora, ou o dia de semana, afastou clientes.
Fomos aos finalmentes: bacalhau na brasa à moirel (deveria ser maioral?), meia dose, para a Consorte e para o condutor naquinhos de porco com camarão, esbraseados. Tudo nos trinques. Refeição completa com maide vinho, aguas, sem sobremesa, menos de uma azulinha, a nota de referência preferida das nossas viagens.
Seguimos caminho reconfortados. Travessia do Rio Sorraia, e sempre com o diligente novo GPS (Mio) a debitar na rotunda a terceira saida a esquerda, ou à direita, e segue a estrada etc...
Nem sei bem mesmo por onde seguimos. Pelos mapas parece que andamos por estradas paroquiais, municipais e caminhos militares, mas sempre alacatroadas e quase sem movimento. Passamos ao largo de Mora, Cabeção, a barragem do Maranhão, a Igreja de Nª Sraª de Entre Àguas, Avis ao longe, e depois Alter do Chão ao perto.
Faltavam algumas dezenas de minutos para as cinco. Então, rumo à Coudelaria, que para lá chegar de AC é intrincado, face ao gabarito da viatura, nos seus mais de 7 metros alongados, e a estreiteza das ruas e curvas de sentido único, em ângulo recto. Está porém, a ser feita uma variante de uma IP que deve melhorar os acessos.

Mas lá chegamos. Direitos a recepção nas Casas Altas.
Simpática a recepcionista num balcão junto às antigas magedouras de pedra.
Então o que podemos ainda ver a esta hora?
(na tarde que estava mesmo azúlea, clara e sem nuvens,disparamos depois das boas tardes)
Pois chegaram tarde... a última visita começou as 15.30h, está a acabar.
- então e amanhã?
Tem ás 10h e as 11.30h, ás 10h, acaba com o espectáculo de falcoaria, às 11.30 começa com a falcoaria...
Ora bem...fica

então amanha às 10h.



Meia volta volver. Rumo a Portalegre, visitar a parentela, com muito fácil estacionamento junto ao Hospital. Depois, volta pedestre até ao Castelo pelas ruas de peões. Iluminações de Natal simpáticas, lojas acolhedoras e cosmopolitas Q.B.
Depois da pausa urbana, eja escuridão completa, as interrogações instantes: onde jantar,onde dormir?
Ora bem. Jantar poderia ser na zona da Portagem ao pé de Marvão...ou em Marvão mesmo. E Dormir? Ou em Marvão junto ao Castelo, onde há um parque de estacionamento amplo, ou em Castelo de Vide...Ora vamos andando que o caminho se faz, rolando.
O Jantar acabou por ser em Marvão. Na Albergaria El Rei Dom Manuel. Bom aspecto, sem luxos, refeição de carne com migas, e alhada de cação, vinho e o etc. e lá se foram os euros de uma azulinha, e mais uma rosinha, com pouquinho troco. Pouco, também foi o passeio depois, no empedrado das muralhas pela friagem nocturna do penhasco. E por isso sózinhos,não ficamos na pernoita naquele ninho de àguias.
Fomos então de rota até Castelo de Vide. Entramos na povoação, se calhar mesmo com pergaminhos de cidade, rodeamos o largo principal, e avistamos as placas de Parque, a caminho de Alpalhão. AIi metemos a semovevente, sempre a direito, e por má fortuna e má sinalização, entramos logo no primeiro parking a direita. De noite, escura, e sem perspectiva mal se percebeu que havia uma subida ingreme, das tais que a saia trarseira dos 7,14m da AC varre o chão. E varreu, e fez um barulho de acordo. Ficámos nesse parque ao lado de um casal de holandeses, numa camper colorida.
Lá ficou anotado: Quando regressar fica um post no forum do CPA, outro no CCP, e alem desta nota na Newsletter, segue tambem um alerta para o MIDAP. Todos de boa vontade não serão demais para apoiar o Desenvolvimento do Autocaravanismo em Portugal, e Castelo de Vide merece oferecer melhor sinalizaçao do parque III aos autocaravanistas!
Pois de manhã foi feito o reconhecimento completo. Há mais dois parques sucessivos, um inclinado e bom para pesados, e outro, o terceiro para autocaravanas mesmo! Com um ponto de água e esgoto de pia...e onde dormiu um frances...Foi feita tambem a compra do pão matinal, a volta à praça sonolenta, tomado o pequemo almoço in house, e com a partida a tempo e horas para voltar a Alter.
Pelo caminho ainda paramos numa feira de rua, no Crato.


Entrámos pois na Coudelaria através do dédalo de ruas já conhecidos de véspera. E às 10h, depois de mais um café. Perfilados na recepção, começou a vista para só nós dois, com uma simpática guia que era tambem a mesma da recepção e bilheteira (3.80€ cada bilhete) . Eficiente, conduziu-nos a pé, ao redor do complexo da Coudelaria Real que iniciou as suas actividades em 1748. Quem queira saber da Coudelaria mais, tem tudo em http://www.far.snc.pt/
Não vimos senão um picadeiro coberto, dos quatro existentes, mas vimos o pàtio das éguas, com a entrada das ditas. Não vislumbramos os edificios de apoio hospitalar (não se diz veterinário) nem a oficina escola, mas vimos o museu das selas, da casa dos trens...e a falcoaria (espectacular o bufo real) e depois do espectáculo....e lá estava o búteo de Harris, (àguia) e o falcão (sacre) da pradaria autocaravanista domado, como lhe compete. De guizo cascavel nas patas, emissor de rádio, e antes de solto, vendado com o caparão de couro.


Excelente visita das 10h às 11.30h. Recomendamos, em especial esta visita primeira da manhã, se for possivel num futuro próximo obter autorizaçao de pernoita para as autocaravanas, já que espaço de sobre existe. Claro aqui fica a dica que segue para o MIDAP (http://www.midap.blogspot.com/) também tentar obter as liecnças para mais autocaravanistas usufruirem destes espaços de pernoita. Se assim for, talvez que o promissor CAB- Circulo de autocaravanistas da blogo-esfera, http://www.cab-circulo.blogspot.com/ possa organizar aqui uma reunião dos bloguistas e webmasters de autocaravanismo.com gente bem formada, interessada e interessante como são os seus membros!
O tempo entretanto escasseava, e às 17h havia reunião de trabalho em Lisboa, no escritório e com mais três advogados. Portanto, ao caminho. Optamos por seguir via Aviz em direccção a Mora. Aqui almocinho no concelebrado Afonso, não na sala de restuarante que o tempo não esta para luxos, mas na zona do café de escolha mais reduzida de combinados...e lá foram uma sopa e uns ovinhos de codorniz cozidos, de coentarda, um prego no prato com ovo, e umas tirinhas de febras, coentradas também, bebidas, café, uma sobremesa sericaia, e passou-se mais uma azulinha e mais uns “ouritos”.
A seguir a recta para Fronteira, com passagem da estrada pelo parque de ecoturismo da Ribeira Grande, com piscians, rio e restaurante mas sem se divisar grande espaço para autocravanas, e foi depois, a rota batida para Alenquer, regresso pela ponte da ida, retoma da viatura, passagem por Vila Franca para apanhar e dar boleia a um parente, e depois um curto stop-over no escritório, enquanto a consorte seguia motorizada para casa com companhia, segue o redactor para a reunião, ao regresso à realidade, que 24h de interregno de autocaravana bem compensaram.
Quanto a custos, praticamente só há a averbar três refeições, portagens, a entrada na Coudelaria que a olhómetro, no total não passam a barreira das cinco azulinhas. E nada de gasóleo....porque a volta não exigiu reabastecimento...O combustível da ultima viagem, de Ayamonte deu para o regresso a Alenquer da ultima viagem, e esta volta sem riscos...por essas e por outras, é que um depósito de 100L de capacidade tem as suas vantagens....
Resta agora recordar pelas fotografias esta pequena sortida, e por este texto partilhar a experiencia com os leitores que queiram dela retiraralguma dica para outras viagens

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