Alqueva Camping-car park de Pedrógão do Alentejo, já com alavará municipal
Em solitário Just Me, e a semovente,
de Alenquer a Pedrogão
do Alentejo e Vila Real de St Antonio.
Sexta, 31, ultimo dia de Agosto de 2012. Trabalho cumprido
pelas 16.45h. Regresso ao escritório para despacho dos últimos emails
profissionais. Troca cúmplice de olhares para os ponteiros do relógio de pulso
que entesouram o meu tempo, e la que se faz tarde, rumo a Alenquer. Tempo de
arriscar mais uma saída a solo, sozinho comigo mesmo, just Me.
Assim, pelas seis, com escassos mantimentos –pão de mafra,
laranjas, yogurtes, tomates- sai a semovente da plataforma do Alenquer Camping sobranceira
a Quinta Vinícola de Pancas, ainda com gasóleo espanhol das curtas nove noites
de ferias de Agosto, direta à ponte Carmona de Vila Franca de Xira. E “adelante”
sempre pelas nacionais direção EVORA.
Pelo caminho fui conversando com o banco vazio da co-piloto,
diálogo nem sempre fácil pelo silêncio eloquente da ausência, mas ao mesmo
tempo eloquente pela necessidade melhor me explicar a quem naos e sabe se nos
esta a ouvir.
O certo é que a travessia de Évora estava espetacular e a necessidade
de comentar o espetáculo da natureza era irreprimível. Imagine-se na linha do
horizonte a minha frente, a nascente uma Lua emergente disco leitoso esbranquiçado
quase translucido, num luar impressivo, e depois a poente visto do retrovisor uma
bola de fogo de labareda do sol descendente e submergir na linha do horizonte.
A natureza nos eu esplendor…e pouco depois a ladear a estrada para Beja as
arvores chilreantes carregadas de pássaros ocultos a colherem-se para o lusco-fusco.
Bonito de se ver, de sentir e de registar.
À medida que descia para sul a Lua ia-se agigantando à minha
frente ou a minha esquerda, e subindo como que carregada de ar quente, numa
palavra belíssima!
Rolando sem parar acabei por chegar a Pedrogão as 9h – foram
3 horas exatas de Alenquer ao parque de autocaravanas, Alqueva Camping-Car Park
com os portões abertos a pedido ao guarda Sr. Miguel. O jantar frugal foi
rápido porque havia que fazer check mail e dar ainda seguimento aos pendentes.
Depois o sono sob as vistas da Vila ribeirinha de Pedrógão iluminada na linha do
horizonte e a Lua a velar pelo sono, que chegou rápido esse prolongou ate quase
as 8h. E assim se assegurou a transição de sexta para sábado, primeiro dia de
Setembro e primeiro fim de semana do ultimo mês de verão.
Amanhecer solarengo, azul de céu e límpido de nuvens. Pequeno-almoço
de torradas barradas a yogurte, café de mistura a 20%, e pronto para a vista a
volta do perímetro do parque na companhia do Sr. Miguel…a ver os burros, os
gansos, os novos 4 patos, e a percorrer a senda ate ao miradouro do GM, com as
rolas turcas a esvoaçar. Tudo normal, tudo calmo, tudo quente e seco. Contas
feitas, e ao caminho, por Brinches, cruzando o Guadiana, ate Serpa e daqui pela
serra ate às minas de São Domingos, apetecíveis coma sua praia fluvial, mas sem
parra. Depois Mértola, e de seguida até Castro Marim e finalmente VRSA, com os últimos
m40km repousantes de bom piso e estrada larga.
Pelo telemóvel fui fazendo os acertos coma família que
justificava esta experiencia solitária de autocaravana. Eles, iriam com a minha
neta co-piloto já encartada, para Ayamonte e eu logo que chegasse apanhava o
primeiro barco para ir ao encontro da Carolina, da Pat e do meu genro. Comas
voltas e reviravoltas da serra cheguei as 11.35h ou seja 5 minutos depois da
partida do barco da meia hora das 11. No problema. Aparcar a dita semovente sem
stress, comprar o bilhete (1,70€) e esperar, contemplar o Rio e desfiar
memorais que me levaram as 4 gerações de vista a Ayamonte…com meus pais, com os
meus amigos, com os meus filhos e agora já com a geração quarta, dos netos…
Pois la fomos ao encontro, na praça principal, e depois da agua
fresca na esplanada, a ida ao mercado, pode detrás da Igreja de Nª Srª das
Angustias comprar uns camarões para o almoço em casa dos simpáticos compadres,
e mais dois quarteirões adiante dois maços de DUX, umas cigarrilhas que por
Portugal não se vêm. Claro que o barco de regresso passou a ser o das 13.30.
Almoço simpático com os camarões a ajillo de entrada às
conversas e ao convívio e mais uma carne assada. Uma boa pausa familiar. La
mais para a tarde então rumo de carro para a Praia de Monte Gordo…cheia de maré
e cheia de banhistas, e com água da ordem dos 22º, tipo Biarritz. Foi motivo
por nadar por lá ate as 19h. Bom tempo com alguma neblina a cair ao entardecer.
mercado de Ayamonte
Jantar a solo na AC…torradas com tomate e sal, e uma lata de
salsichas abertas barradas de ketchup, mais um pêssego e café quente. De sobremesa
mis emails para o Funchal e para Lisboa, que quem tem de trabalhar trabalha em
qualquer situação com o portátil e uma pen adequada. O tempo passou rapido e quando
o telemóvel tocou foi o tempo de arrumar
tudo e acorrera a esplanada na praça principal de VRSA para um café familiar, e
uns frenéticos jogos de matraquilhos com
rotação de equipas, desforras, partidas negras e bolas de ouro e sei la que mais
mas que demonstraram que a net joga bem melhor do que eu, destreinado é certo.
Mais umas voltas pela zona ribeirinha, com muitos pescadores
de cana iluminada, holofote de mineiro na tola param verem o isco no anzol, e também
com a boia flutuante com led… tecnologias… ao fundo o festival o marisco com mesas
bancadas corridas e um palco para um conjunto inenarrável espremer-se com fumos
de palco, luminárias psicadélicas e sons estereotipados…pelo menos o cota assim
achou.
E chegou ao fim sábado. Escoltado ate a AC, foi mergulhar na
cama e cansado pelas braçadas no mar, entra nas ondas e braços de Morfeu.
Domingo surgiu radiante. Vestido o fato de banho registadas
no bloco Moleskine as impressões de viagem, engolidas as torradas, o yogurte e o
café, foi sair e tirar umas fotos dos cerca de 25 autocaravanistas estacionados…e
mais de um caravanista espanhol.
Depois foi esperar que todos os mais dorminhocos acordassem,
mas entretanto, com a mais madrugadora da família combinou-se um café na praça
e uma volta pelos arredores para fazer tempo…comprar o Expresso e o correio,
saber do preço do gasóleo (agora mais barato que em Espanha devido a subida o
IVA e aos descontos continente nas bombas GALP).
O resto da história é curto…praia
de Monte Gordo, passeio a pé pela linha de agua ate a praia de VRSA e volta…talvez
5Km, banhos e mais banhos, almoço no Sr. João com o meu filho Bruno, e a minha
filha Patrícia e respectivos e respectivas mais a neta Carolina…e depois mais praia,
mais banhos e banhos ate as 17h. Hoar limite auto imposta…para siar de VRSA
pelas 18h e de sul para norte via nacionais ate Mértola, ate Beja, ate Évora
ate Vendas Novas (curta bucha) e sucessivamente ate ao Carregado e Alenquer com
chegada pelas 4.30h de viagem depois passados a cerca de 330km de distância….
Só falta desvendar onde foi passada a 3ªnoite deste fim de
semana….pois na Ac, em Alenquer e porque…dia seguinte de viatura normal foi
seguir logo para Rio Maior para uma reunião profissional…inadiável…
Próxima saída de autocaravana, talvez no IV fim de semana de Setembro, pelo equinócio
do outono, para assistir as Festas do peixe do Rio de Pedrógão do Alentejo, com
concurso d e pesca e de canoagem para alem da oferta gastronómica nos 3 restaurantes
locais.
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