pequeno almoço alentejano em Evora, na AC
Aos dias 20 de Julho com a familia dispersa e em debandada de fim de semna, casas vazias tambem de amigos, em pré férias ou mesmo ja em férias, vem um repente, ao fim de uma reunião de assembeia-geral de fim de tarde de 6F em Lisboa.... e se partisse também?
Pois foi rapido o caminho ate ao Alenuer Camping onde fica recolhida a Semovente, e rapido tambem o arranque depois da permuta da viatura. Opção foi rumar pelas nacionais, ate Vila Franca de Xira para cruzar o Tejo pela ponte Marechal Carmona...praticamente com a minha idade, em viagem suave, por nao mais de 2000 rpm nem mais de 90KM/hora, quase sempre em sexta velocidade, com um consumo económico decerto por volta dos 9L/100...deslizando para sul.
Pelas 20.30h estava ja às portas de Evora, e por isso a horas de comer qualquer coisa, que isto de ser Just Me, tem efeitos reducionistas nas refeições. Estacionamento no Rossio, sem outros AC de companhia numa noite calma e relativamente temperada.
duas velhotas
Promissora pois, a voltinha a pé pelo exterior do Mercado, pelo terreiro da Igreja e com uma pausa numa esplanada de espanhois, para uma imperial e seus tremoços de companhia, e no final um gelado "feast" de chocolate. Tempo de descanso e relax.
No regresso a autocaravana para a deita, a surpresa ao passar pelos jardins de um espetaculo ad hoc, teatralizadao com dois casais em andas e cajados, numa mimica e coreografia do amor na terceira idade. Pausa pois, para a cultura em que a pé entre canteiros dos jardins uam pequena multidão seguia a evolução dos atores mudos, mas impressivamente gesticulantes. Tempo de interessamento e de curiosidade que valeu a pena e as fotos.
dois velhotes
Noite bem dormida.
Manhã bem acordada. Com as conversas dos feirantes entretanto chegados e estacionados em volta da autocaravana.
Eram 7h. Tempo de mordiscar o pequeno almoço. volta de ronda matutina ao longo das muralhas de Évora, e patrulhamento calmo de vielas interiores, em imaginária missão medieval de reconhecimento dos lugares.
artesanato de cortiça no Rossio
Missão dada por cumprida junto ao mercado, pois havia feira no exterior em bancas alinhadas com produtos da terra. Fomos a elas a mercas...
- 1 saco de cenouras a granel com quse 2 Kg, por um euro,
- 1 ramo de molhos de oregãos frescos de são Mansos, por euro e meio,
E, ja dentro do mercado coberto:
- 1/2 pão de pão alentejano fatiado por 0,85
- 1 queijo de ovelha "cachopa" por um euro.
(ao fundo o Guadiana visto da placa doa ciclovia do Parque de Autocaravanas)
Passo seguinte arrancar com a AC diretos a Agriloja, que abre portas as 9h, para comprar uns acessorios a testar no Alqueva Camping-Car Park de Pedrógão...em especial, uma escova para os burros Crazy e Jessy...
Mais uns 70Km andados sobre rodas e chegamos ao destino. Com o sol, a limpidez do ceu e a ausencia de vento foi só escolher posição paralela á albufeira do Guadiana formada pela barragem de Pedrógão, abrir o toldo, tirar mesas e cadeiras, ligar o computador portatil com a pen activa....e relax!
(Jessy de lenço rosa e Crazy de lenço amarelo na nova cerca)
Depois mais pela tarde entretanto arrefecida, passeio pedestre para dar as cenouras aos burros, mas doseadamente… umas festas a cabra Xoné e ao cabrito Boné, que não precisam de cenouras porque são autênticas máquinas de cortar relva, mato, capim e rebentos de tudo quanto pareça verde ou palha…
( Cabra Xoné e Chibo Boné à espera de pão seco...)
Depois foi a oportunidade de acompanhar o guarda do parque, sr. Miguel na caixa aberta até as margens do Guadiana para colher agua para os depósitos de rega… as arrecuas até meio da roda traseira, com o tubo legado ao gerador e la foram mais 1000L para depois se regaram a força de baldes a linha de demarcação dos loendros brancos que a co-piloto She, em tempos escolheu e ajudou a plantar… Nas margens do Guadiana de água apetecível em fundo de calhau rolados, sem lodo, la estiveram também a dar abeberamento a um rebanho de ovelhas, e sentados na água dois jovens, a banhos, em animada conversa…
(aguas mansas, sem lodo, correntes ou remoinhos na albufeira de Pedrógão)
Tempo pois para um exsudação vigorosa sob um sol ainda bronzeador energia gasta e compensada quer na rega das plantas, quer no enchimento dos recipientes dos animais da nascente Quinta Pedagógica, depois frente a um copo de gin aguado e com gelo, (fica o gesto perdido de uma saúde… à nossa!) e com uma cigarrilha açoreana, na esplanada da semovente num exercício de gozo de autocaravana a 100%...como convém neste local!
( autocaravanismo a 100% de toldo aberto para os burros mirandeses)
Tempo ainda para folhear uns guias de França e de mapas para sonhar com uma possível volta de autocaravana por uns doze dias por terras de gauleses…quem sabe se será possível…. até ao Marais Pointevin…e a zona Vulcânica dos Puits… e mais umas voltas e reviravoltas… projetos adiados do passado e que talvez seja tempo de concretizar…
O tempo foi escorrendo, entre emails, e nuvens escassas, e o periplo do Sol a caminhar para poente. Combina-se com o Sr.Miguel, jantar na Orada, na Cantina da Mina da Orada da Dona Barbara, com espaço para autocaravanas embora a viagem fosse na caixa aberta. Prato do dia carne assada de refogado, a fartazana e excelente, com batatas fritas, salada, vinho, pão azeitonas da casa a sustentar conversas sobre preços de ovelhas, e demais bicharada de campo.
(Cruzamento de sinais...memorial da Avó Vera e parque de merendas)
No fim, saida para a esplanada de fora da Cantina e ali ao chaparro escurecido pelo atraso da Lua ao encontro de longinquas estrelas, fomo-nos indo atras de um cafe, e de um gelado...em conversas mansas osbre preços de ovelhas e mais bicharada campestre, que agora no Alentejo ja incluem cisnes, avestruzes, gamos e veados, muflões, poneis e mais estrangeiros de pelo, pena e patas.
(Rebanho de ovelhas em abeberamento junto a ponte do Guadiana em Pedrógão)
Noite calma e acordar com as patadas dos burros do lado de la da cerca, frente a autocaravana a exigirem mais cenouras de pequeno-almoço. Eram as sete matinais. Boa hora para receber o sol nascente sobre as aguas Guadianas, e avançar para o fogão, as torradas, o café e a "planta" de barrar. O Grande Arquitecto do Universo e Maestro desenvolvia a sua banda musical de fundo com o arrulhar de rolas e trinados de passaros voantes mas invisiveis. Um dia criador, em suma.
(nascer do Sol a oriente visto do Trono de Salomão no Miradouro do Grão Mestre)
Ca fora, debaixo do toldo e frente à mesa desdobravel...os mapas, e a marcador o sublinhar do traçado na prancha de regresso. Por aqui (Portel) e por ali (Oriola e Barragem do Alvito) e seguir por lá (Alcaçovas) e depois Montemor o Velho,Vendas Novas, Vila Franca de Xira e finalmente Alenquer...Velocidade a deslizante nas mesmas mensod e 2000rpm, e com o ponteiro a beijar os 90Km/hora a pequenos goles de gasoleo.
(Cadeiras de pedra à sombra para preparar viagens e itinerarios de AC)
Ora em Oriola a barragem de Alvito corta a estrada velha em duas partes... e fica submersa, em bonita paisagem de margens verdes e de torres tambem semi aguadas, sem perderem o pé...sera que da para ver nas fotos? e do lado de lá...uma concentraçao piscatoria animava quem munido de canas e camaroeiros tentava a sorte...
(Aguas da barragem do Alvito com Oriola ao fundo)
Paisagens simpaticas para uma pausa autocravanista, ou mesmo para os mais afeoites optarem por uma pernoita livre. Escala seguinte Acaçóvas, na mira da Feira do Chocalho...pois estava lá no sítio, mas deserta, pois chegámos as 12h e minutos e a Feira so abre as 19h......passeata de cahpéu na tola pois estava Sol e furisoso, uma ceri aberto- o tal do livro das aflições, não homologado pela ASAE, uma espreitadela num Surf Bar com areia da praia (fluvial?) a fazer decor, e ala adiante!
(Surf bar de Alcçaovas...)
Rumamos pois sem GPS ate Montemor pela encosta sul que permite vistas interessantes osbre os pansod e muralha inexpugnaveis, senão pela erosão dos tempos, e depois ainda hesitamos na bifurcação...por Coruche ou por Vendas Novas? a segunda laternatiave pouco depois num espaço sombreado, paragem, abertura da escotilha de tecto, e da janela do fogão para arejar...e um preparar almoço, só para um, almoço para um a la minute, com lata de atum, milho doce de lata tambem, pão alentejano, queijo idem, agua, fruta nem cheiro...mas de mesa de toalha posta , pratos e talheres...e depois da pausa segue-se caminho, pelas nacionais. Sem pressa, que ninguém nos espera.
Fica o registo rabiscado no moleskine das notas sinteticas a passar para o Blog e das fotos nop chip da maquina fotografica, para as devolver a luz virtual quando houver tempo.
(mesa de pic-nic dos autocaravanistas em Alenquer Camping)
E nada mais. Em Alenquer a troca outravez de viatura, para a citadina, e regresso a de Lisboa, outro dia se voltará à estrada, de semovente....e aqui para partilha das impressões de viagem. É capaz de haver mais solitários (as) por ai, que fiquem estimulados a partirem para a suas pequenas/grandes e desafiantes viagens.
Proxima saida, talvez no 2º fim de semana de Agosto para as festas de Pedrógão do Alentejo, e para verficar se o charco dos patos do parque de autocaravanas (www.dosdin.pt/camping/Alqueva) ja tem novos residentes entre sapos do Guadiana!
(Gansolindo e Gansalinda)
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