sexta-feira, agosto 03, 2007

Prova em breve de vinhos no Alenquer Camping...


Para campistas, caravanistas e autocaravanistas


Em breve sera anunciado aqui...
Prova especial de vinhos no Alenquer Camping


Alenquer é a única região do país que produz vinho para comunidade judaica ....



A Quinta da Ribeira, em Alenquer, é a única do país que está a produzir vinho kosher, feito segundo os fundamentos da prática judaica e destinado à comunidade israelita portuguesa e à exportação.
Depois de uma experiência na Covilhã, com uvas de Belmonte (sede da comunidade judaica da Beira Interior), o vinho Kosher, que tem no rótulo o nome do criador da sinagoga do Porto, "Ben Rosh" (Barros Bastos), é produzido desde 2004 em Alenquer.
"Actualmente e há mais de um ano, Alenquer é o único local do país onde temos uma produção de vinhos kosher", afirmou à agência Lusa o Rabino Boaz Pash, da comunidade judaica de Lisboa, que acompanha todo o processo de produção do vinho na Quinta da Ribeira.
"A produção é simples e é quase normal, o vinho é feito com a devoção de uma pessoa da comunidade" judaica, acrescentou Boaz Pash.
"Nós só intervimos na escolha das castas", disse Tiago Carvalho, enólogo responsável da sociedade agrícola Félix Rocha, proprietária da Quinta da Ribeira.
Segundo explicou o enólogo, a escolha da Quinta da Ribeira por parte dos judeus deve-se se ao facto das uvas serem vindimadas por uma máquina, o que permite cumprir um dos principais rituais da Lei da Purificação, que proíbe qualquer pessoa exterior à comunidade de tocar nas uvas.
"Tudo é comandado pelos judeus, querem que sejam vindimadas à máquina de modo a que haja um menor contacto humano com as uvas e, desde o dia em que vamos vindimar são eles que ligam e desligam as bombas, abrem e fecham as torneiras, tocam no botão da prensa, afirmou o enólogo.
"Todas as cubas onde está armazenado o vinho kosher estão seladas" e "se for necessário mexer no vinho temos que chamar o rabino", disse Tiago Carvalho.
Os responsáveis da Quinta da Ribeira limitam-se a indicar as castas que melhor sirvam o desejo dos judeus de terem um vinho para ser bebido novo.
"Não querem um vinho para envelhecer ou beber daqui a 20 anos, mas para ser consumido antes do fim do ano (na altura das festas do calendário judaico)", adiantou Tiago Carvalho.
"A principal diferença entre o vinho kosher e o tradicional é que o vinho se destina a ser consumido jovem, para ser bebível antes do final do ano e por isso todo o processo tem que seguir essa orientação", disse o enólogo.
"Achámos que para se produzir um vinho jovem, mas guloso e atractivo, a melhor casta é a Castelão" e é a partir desta casta que se está a ser feita a produção.
Boaz Pash disse que o vinho destina-se em primeiro lugar a comunidade israelita em Portugal, mas depois será exportado para outras comunidades, como as de Nova Iorque e Amesterdão.
No ano passado foram encomendadas à sociedade agrícola Félix Rocha 32 mil garrafas de vinho tinto kosher e este ano, além do tinto, está a ser produzido vinho branco (sete mil garrafas) e rosé (sete mil garrafas).
"Está a ser uma experiência muito interessante e muito positiva, há muita gente da comunidade que tem tecido elogios aos vinhos. A carteira de encomendas parece de tal forma grande que este ano já aumentou substancialmente", concluiu o enólogo.
A adega da Quinta da Ribeira, construída em 1927, foi alvo de uma recuperação e modernização nos últimos anos, oferecendo hoje, segundo Tiago Carvalho "todas as condições para fazer bom vinho".
O Tinto "Ben Rosh" kosher será apresentado no próximo dia 25 na Câmara de Alenquer, numa cerimónia que contará com a presença do embaixador de Israel em Portugal e do Rabino Boaz Pash.

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