sexta-feira, maio 04, 2007

revista Visao, suplemento de turismo e vida ao ar livre


REVISTA VISÃO - ESPECIAL TURISMO AR LIVRE
Saiu 5ª feira dia 3 de Maio de 2007 com a Revista Visão um Caderno Especial inteiramente dedicado ao Turismo Ar Livre.
Suplemento com 42 páginas onde pode ler algumas crónicas, dicas interessantes sobre Caravanas e Autocaravanas. Locais a visitar, histórias contadas por algumas caras conhecidas, fontes de informação, guias online, comprar novo ou usado e suas garantias, o bom de fazer férias ao ar livre, e muito mais.....mas só com interesse para o público em geral, e que tome contacto com estas realidades pela primeira vez...
( na foto, templo romano junto a ponte de Alcanatara, Espanha)


com a devida vénia transcrevemos o post de NUNOR publicado no forum do CPA- Clube Portugues de Autocaravanas, e que subscremos:


A minha opinião é francamente negativa. Quem não conhece os problemas com que nós nos debatemos quando utilizamos uma autocaravana, julga que tudo é um mar de rosas e são só facilidades.
Não é com este tipo de publicação que se melhora as condições para o autocaravanismo em Portugal.Dos poucos aspectos positivos destaco a excelente qualidade gráfica da revista com inúmeras fotografias de sonho. A leitura é fácil e rápida, já que se tratam os assuntos de uma forma bastante superficial.
Este caderno é essencialmente comercial, virado em exclusivo para os comerciantes e anunciantes. Apenas se faz a apologia do que de positivo tem o caravanismo e autocaravanismo e contém bastantes erros, omissões e informações incorrectas.
Onde está o jornalismo neste destacável? Onde está a missão formadora e informativa? Pior ainda, induz em erros potenciais utilizadores, com o único propósito de levar à compra destes equipamentos.Exemplos:Na crónica das páginas 4 a 6, não assinada, transmite-se a ideia (errada) que é possível pernoitar em qualquer lugar, chegando-se a dizer "O nosso itinerário levou-nos a pernoitar perto de outras praias..." Como é possível escrever isto, sabendo-se que os Planos de Ordenamento da Orla Costeira proíbe exactamente este comportamento? Como é possível fazerem-se trabalhos destes sem haver a preocupação de se documentar e pesquisar sobre os temas que se aborda?Mais à frente outro erro crasso. "Despejámos o depósito de detritos da casa de banho num local próprio apenas existente nos parques (de campismo)..." Será que a publicidade a vários parques de campismo feita neste destacável, fez com que se tivesse que a dar a sensação que é imprescindível utilizar parques de campismo?
Na página 12 surge uma novidade. Fala-se na "Federação Europeia de Campismo" para invocar estatísticas sobre o mercado de caravanas e autocaravanas na Europa. Federação Europeia de Campismo?!? Na página 14, surge uma tabela com as vendas de caravanas e autocaravanas na Europa. A fonte é a "Federação Internacional de Campismo de Caravanismo" Será a tal Federação Europeia de Campismo referida na página 12?Aparecem estatísticas referentes a Portugal, que a entidade responsável em Portugal pela elaboração destas estatísticas, a ACAP, não possui..... Mais uma para o saco....Quando não se tem, inventa-se?
Em geral ao longo do caderno, não há uma distinção clara entre caravanismo e autocaravanismo, confundindo-se em muitos casos uma coisa com a outra e chegando ao ponto de se afirmar na página 35, numa rúbrica sobre perguntas frequentes, com o título "Tire as suas Dúvidas" mais uma informação errada. À pergunta "Há algumas restrições especiais de circulação?" é respondido que não e afirma-se que "Mesmo as caravanas podem parar uma noite numa área de serviço, em trânsito para outro destino". Terão estes jornalistas ouvido falar numa coisa chamada Código da Estrada??
Na rúbrica pesquisa online, onde se aconselha a consulta de determinados sites antes de partir em viagem, o CCL, vem referenciado como Clube Campista de Lisboa e o CPA, aparece em duplicado como Clube Português de Autocaravanas e Clube Português de Autocaravanismo!!!!
Falta neste destacável, a abordagem às àreas de serviço, aos problemas e restrições ao estacionamento, aos comportamentos menos correctos, aos correctos procedimentos dos utilizadores de autocaravanas, etc., ou seja, falta aqui tudo o que possa trazer problemas à venda de caravanas e autocaravanas. Em jeito de conclusão, é de registar o interesse numa publicação deste tipo sobre o autocaravanismo, mas esperava-se muito mais cuidado na sua elaboração e sobretudo que o mote desta publicação fosse a informação e formação e não a vertente comercial.

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