terça-feira, novembro 14, 2006

Que tem Chipre a ver com Amesterdão ?











Que tem Chipre a ver com Amesterdão?

Nada, a não ser…uma escala técnica. A vida tem destas coisas. Estas são, o que são.
Do lado do Mar Mediterrâneo foto do Hotel Mediterraneo em Limassol, Chipre, e do lado do Mar Atlantico, foto de Central Station de Amesterdão!
Razões profissionais levaram-me a escolher a ligação mais em conta numa deslocação de trabalho para Limassol, Chipre, assim, saída 5F de Lisboa, regresso a um domingo…e a solução encontrada foi a KLM Lisboa Amsterdam, e daqui pela Cyprus, para Larnaca, o aeroporto internacional mais próximo de Limassol.

Dos trabalhos, não trata este blog, dos tempos livres sim. De facto há sempre uma parcela turística nas reuniões e deslocações de trabalho, e foi também o caso, embora de forma mitigada, pela intensidade de reuniões obrigatórias e oficiais, e pelo pouco tempo de estadia aliado aos horários dos aviões, que muitas vezes são a parte mais dura das deslocações, em especial o tempo de espera nos aeroportos a aguardar as conexões, e se está em trânsito como foi o caso, de 6 horas em Schipol, na Holanda…

Ora em primeiro lugar vem o QUIZZ das FAQ…Sabe que canal é este? pois é o das sete pontes...em Amesterdão.

Porque é que não havia ligações aéreas para Nicosia? Era lógico haver um aeroporto na capital da Republica de Chipre….pois há, mas não pode ser utilizado porque fica muito próximo da linha divisória dos territórios ocupados pela Turquia desde 1974, e estes ameaçam deitar abaixo qualquer avião que levante voo ou queira aterrar…As fotos de Nicósia, dividida ao meio pela linha verde da demarcação, com arame farpado e casas de janelas entaipadas, por turcos e cipriotas lembra Berlim antes de 1989..

Qual a melhor ligação para Portugal? Eventualmente é mesmo a da KLM ou em alternativa a Lufthansa a através de Frankfurt, dependendo do dia da semana e das horas…e depois a tal filhota da KLM, a Cyprus Airways.

E há parques de campismo AS e BTS em Chipre? Parques há, 3 ou 4, mas interrogados os locais e alguns motoristas de táxi…são só para acampamentos e juventude…os estrangeiros aqui fazem turismo de hotel, e os cipriotas também, ou então voam para fora, pois o estado de saúde económica…é boa, com um crescimento de mais de 4% ao ano. Quanto a autocaravanas parece que não são vistas por lá….também não admira, pois não se afigura que haja um interesse especifico na ilha cipriota face as dificuldades e custos de acesso…e ás alternativas mais evidentes da Grécia e da Turquia…Fica aqui até a foto do Restaurante o Moinho, junto a uma torrente de trutas salmonadas, em Kakopetria, nas montanhas de Troodos, e com uma perspectiva que até faz lembrar as casas colgadas de Espanha, em Cuenca...só faltam os icones dos interiores das capelas ortodoxas, proibidas de fotografar!
Assim, a solução para ir-se a Chipre fazer campismo, na falta de ferry boats será a da imagem anexa? uma boat-caravan? Será que a moda pega e chega à....Madeira? Claro que a foto...é para sorrir!

E quanto a gastronomia? Pouco a dizer e não muito bem…não há o habito de comer peixe (só se for truta…como nos aconteceu) nem marisco, nem polvo, lulas, amêijoas, camarão, santola ou sapateira, sequer mexilhão…estranhíssimo num território ilhéu mediterrânico. De resto carne sim…de toda a espécie, frequentemente picada. Fruta razoável, melão, uvas, tangerinas, bananas, e legumes também muitos, especialmente beringela, quiabos e similares. Porém nada de muito diferente da experiência grega e turca…e café, se não for de filtro, vale a pena um curto café…cipriota, bem como aliás o queijo, o vinho, o mel e o iogurte…e algum pão.

Estradas? Boas, mas vigiadas pela policia que bem controla o excesso de velocidade, quer com radares fixos, mas mutáveis, quer com radares móveis a laser…Ficamos todos com uma ideia do eixo Larnaka-Limassol (Lemesos)- Nicosia (Lefkosia)- Kakopetria-Limassol-Lanraka. Mesmo sem ir ao norte ocupado pelo turscos , nem ás duas pontas a sul ocupadas pelas bases inglesas, para se ficar com uma ideia mais completa de Chipre, teria sido necessario ir até à vista de Famagusta (ocupada também pelos turcos) e a Pafos,a oeste.

Turismo? Paisagens, similares às da Grécia sem nada de especial, urbanismo idem, a deslocar-se para o incaracterístico, restaurantes desde os cosmopolitas aos típicos, as Tabernas, com espectáculos de música tipo zorba, e artesanato a condizer com cesteiras, bordadeiras e…compositoras de quadros de mosaicos tipo…bizantino.

Acolhimento simpático, sem fanatismos, mas incompreensível a quem não domine o inglês….e as libras locais, a valerem quase o dobro dos euros.
Foram apenas 3 noites em Limassol.


Amesterdão….à ida, vindo de Lisboa, o compasso de espera para o avião da Cyprus airways, apesar de longo e incomodo lá se passou, com um almoço num dos snacks de ocasião. Já no regresso, vindo de Larnaka, seis horas de stand by…à espera do avião da KLM, nem pensar. Solução…compra de bilhete ida e volta de comboio do aeroporto à cidade, depois uma volta de 1 hora de barco vidrado, nos canais, as fotos da praxe, ao museu marítimo, o novo Nemo, edificio tecnológico em forma de quilha de navio, pintado a verde, às pontes, aos canais, passagem pela casa de Anne Frank, cuja vizinha foi comprada ao que consta por Spilberg para um museu…e depois uma passeata pela rua pedestre, por entre montes de gentes, montras de sex shops…lojas de roupas e de curiosidades com cigarros de muita e variada erva...e venda de cogumelos alucinogéneos, em semente, e em kit para se cultivar em casa….

Depois mais um jantarinho de pizza, no Sbarro, já no aeroporto outravez, é a longa leitura e espera até ao avião para Lisboa…e depois até casa, sem passar pelo free shop, cada vez menos interessante em preços, já quase na véspera de meia noite em ponto….
A croniqueta para o blog, a extracção das fotos da maquina de fotografias digital e a sua transposição para o blogspot, sempre à luta com o publish photo do Explorer e a desistir para o Firefox, entre o browser e a url das ditas, ficou para depois.

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