1ªfoto da viagem: a semovente na área de descanso de Tordesilhas
Neta
Carolina, Tia Joana and just Me, de
autocaravana, pela cultura, lazer e turismo itinerantes até à Normandia e Bretanha, incluindo a Aquitânia e Burgos. Tudo relatado sumariamente m 4250 palavras correspondentes aos 4173 Km percorridos em 11 dias e ilustrados pelas fotografias possíveis....
Placard informativo da Praia Milady (Biarritz)
Abstract
Foram na 1ª quinzena de Julho de 2013, onze noites de verão,
uma dúzia de dias de viagem, com 3 gerações em autocaravana, de Alenquer a
Biarritz, ao Futuroscope, Praias do Desembarque, Monte de St Michel, Carnac,
Puy du Fou, Bac de Royan, La Rochelle, e Burgos.
Prólogo
Quando se descrevem estas crónicas de viagem, fica-se sempre
com a sensação hibrida de um conjunto de respostas ambíguas a questão que
qualquer jornalista se coloca:- o quê? De que se trata? Porquê? porque se
escreve? Para quem? Como? Onde e quando?
pic-nic sem incomodar ninguém
Ora bem, escreve-se por um genuíno impulso de partilha do
conhecimento adquirido, nesta e em viagens anteriores, por solidariedade de
quem tenha esse desejo de memória de experiencias vividas, ou a apetência de
querer repeti-la ou adaptá-la aos seus desejos próprios. Portanto, escreve-se
para quem viajou, para os amigos e familiares diretos, e depois para os
conhecidos que se interessam por estes temas, que lêm habitualmente o Blog (que
já conta com muito mais de 500.000 visitas, e cerca de centena e meia de
seguidores, fora os amigos das redes sociais e facebook).
Rochedo da Virgem dos marinheiros de Biarritz
Escreve-se e juntam-se fotografias a propósito para ilustrar
a viagem, sem grandes concessões a intimismos, que muitas vezes só são
significantes para o próprio e, tal como as cartas de amor, segundo Fernando Pessoa, são ridículas para
terceiros. Escreve-se ainda logo que a viagem acaba, e com base nos
apontamentos do moleskine, registados dia a dia. E escreve-se de modo simples,
que se procura legível e escorreito e inteligível embora de forma sucinta. Já
assim era aliás, ao tempo das crónicas e relatos de viagem de She and Me.
Universidade do AC- AUTOCARAVANISMO
Viaja-se e escreve-se afinal, por uma filosofia de vida
ancestral… somos seres conscientes, interativos, itinerantes e gregários. Temos
a apetência e o direito à livre circulação, à livre associação e à livre
expressão, num contexto de criatividade e interatividade universal…
copilotos na praia MILADY de Biarritz
Viajamos e escrevemos (agora, Just Me) sobre as viagens de autocaravana porque adicionalmente,
este é o meio deste seculo XXI que mais nos oferece possibilidades económicas,
culturais e sociais de realização.
Desta viagem!
Juntaram-se várias circunstâncias para as 3 gerações se porem
de acordo quanto às datas de desenho geral da viagem de autocaravana: a
Carolina tinha terminado as provas de exame relativas aos seus 12 anos de
idade, e já tinha feito o seu tirocínio de copiloto numa viagem a Mérida e
Cáceres, a Joana filhota, tia, idem também no ano passado fizera o seu batismo de
copiloto no estrangeiro durante o verão de 2012, tudo relatado neste
blogue…
Duas copilotos portanto, com tirocínios e exames....em viagens feitas em 2012:
http://camping-caravanismo-e-autocaravanismo.blogspot.pt/2012/04/carolina-neta-and-me-estreia-estagio-e.html (C/ Carolina em 2012)
portanto, 1+1+1= à fórmula de sucesso para os companheiros de viagem estava encontrada. A seguir foi conciliar datas de outras férias, e trabalho e responsabilidades…ate 14 de Julho era o limite, e não antes de 3 de Julho era a partida possível.
Duas copilotos portanto, com tirocínios e exames....em viagens feitas em 2012:
http://camping-caravanismo-e-autocaravanismo.blogspot.pt/2012/04/carolina-neta-and-me-estreia-estagio-e.html (C/ Carolina em 2012)
portanto, 1+1+1= à fórmula de sucesso para os companheiros de viagem estava encontrada. A seguir foi conciliar datas de outras férias, e trabalho e responsabilidades…ate 14 de Julho era o limite, e não antes de 3 de Julho era a partida possível.
Assim foi, portanto.
1º dia e 1ª noite:
Saída, 4F dia 3 de Julho depois de intensas reuniões de
trabalho sucessivas, que terminaram programadamente às 12.30h. Joana e Carolina
de carro já carregado de véspera, recolhem-me no ponto de encontro, em Lisboa,
para seguir para o Alenquer Camping, tomar posse da Semovente, abastecer de
gasóleo no low cost do Pingo Doce, e pelas 13,30h rumar autoestrada adiante,
pela A23, direitos a Vilar Formoso. Paragem técnica na área de serviço de Vila
Velha de Ródão, para explicar à neta, que atravessávamos as terras do Rei Wamba
o Visigodo, que com epicentro em Toledo controlava toda a margem norte do Tejo
com os sarracenos a sul.
Futuroscope
Segunda paragem técnica já terras de Castela adentro, na área
de repouso de Tordesilhas, para nova ensaboadela histórica à neta sobre a
histórica divisão do Mundo a descobrir entre portugueses e nuestros hermanos. E
de seguida rota prefixada para Burgos, sem mais detenças.
porto fluvial e restaurante
Chegados com excelente luminosidade pelas 20.30h espanholas,
a ideia era estacionar no largo da Casa de Saúde de Sta. Clara tão bem nosso
conhecido de há anos. Porém, nada feito, eram festas locais de
não-sabemos-o-quê, e tudo estava ocupado por carros, bancas e e multidões.
Impossível estacionar a autocaravana, e frustrada ficou a visita e passeio ate
à Catedral. Que solução?
Escultura moderna do Futuroscope...a ser usada.
Pois, a alternativa era seguir caminho. E seguimos pela
nacional-N1, até ao Puerto de la Brujula,e á respetiva área de descanso e
serviços, incluindo sanitários, com algum alojamento, restaurante, bombas de
combustíveis, e vários camionistas de longo curso, em recinto “vigilado”. Pois
aí ficámos, confirmado que nos foi antes, que o local era seguro. Jantar na
autocaravana, e dormida embalada pelo rodado dos camiões que circulavam ao
longe. Antes de adormecer tempo ainda para uma troca de conversas soltas com um
casal de hippies franceses que viajavam de noite, num clássico camper mercedes
adaptado artesanalmente.
Arromanches, campo de trigo e de autocaravanas, antes campo de batalha da WWII
2º dia e 2ª noite
Acordado pelas 5.30h (PT) pela descoordenação da hora
biológica coma convencional (6.30h SP). Entretanto pelas 7.00 pequeno almoço
servido com a surpresa do frigorifico avariado…o que depois se percebeu ser um
comportamento errático e caprichoso.
Eram pois apenas 7.30h (hora local) que arrancamos para
Biarritz, com travessia do desfiladeiro de Pancorbo a marcar bem o início
distendido do ambiente de férias. De seguida entrada em Ameyugo ate Miranda do
Douro na AP1 ( autopista) no troço gratuito, com saída em direcção as bombas
low cost dos supermercados Leclerc…com gasóleo a 1,290€/L, mais barato que em
Portugal, e mais caro que em França. Rota batida pela autovia 1, gratuita ate
quase a fronteira com França, onde se justifica o pagamento. Travessia da
portagem francesa que não aceitou o multibanco, pelo que se jogaram da janela
da AC as moedas certas para dentro do cesto eletrónico para recolher o
respetivo recibo.
o incidente da válvula rota que foi substituída
Em França seguiu-se por comodidade sempre pela autoestrada
com saída 4, a clássica de inúmeras viagens anteriores, em direção a área de
acolhimento de autocaravanas de Milady, do outro lado da estrada da praia do
mesmo nome (entre Ilbarritz e Biarritz). Aí a bênção de São Cristóvão, o santo
dos viajantes e automobilistas… não só havia muito lugar livre, como havia
estacionamento com ficha elétrica disponível, e encostado ao relvado exterior,
e convenientemente sombreado.
parque de Arromanches para autocaravanas
Sem hesitar…e antes de almoço, em trajes mais adequados de
sandálias, fatos de banho, toalhas etc. seguimos os três até a praia…vazia, sob
ameaça de nuvens cinzentas, pingos esparsos, e vento que não soprava forte e
mantinha a temperatura amena. Foi pois só demolhar os pés, e voltar a semovente
para o almoço, e com um ar algo abafadiço, depois fazer-se a digestão a pé ate
ao centro de Biarritz, percorrendo a Costa dos Bascos, o Rochedo da Virgem, o Velho
Porto, atá ao Casino. No regresso parámos noa esplanada do café Royal a bancar
aos turistas, de cerveja e coca-cola.
Cemitério americano de OMAHA BEACH
No regresso já havia sol! E assim com as ondas sob vigilância
dos maître-nageurs deu para banho ate as 19h. Refrescados e cansados com o
frigorífico a funcionar plenamente, ligado aos 220 da corrente elétrica, foi
bendizer o local e a tarifa a pagar de 10€ plenamente justificável. Jantar na
mesa exterior, fora dos espaços demarcados de estacionamento, como é de norma
em França, nestas circunstâncias, em que ninguém resulta ofendido.
Pointe du HOC e bunkers alemães
Depois de jantar, novo footing ate Ilbarritz e ao mítico
restaurante La Plancha de antigas ferias familiares onde havia sempre uma
refeição de despedida de ferias, antes do regresso a Portugal, com o percurso
de “bord-de-mer” ao longo do paredão. Excelente por do sol. De seguida o sono
Rei dos sonos.
Interior do Monte de St Michel
3º dia e 3ª noite
Acordares sucessivos e diversos a partir da 7.15h para um
espesso nevoeiro matinal. Pequenos-almoços também variados, com torradas,
cereais, iogurtes, café, chá, leite etc.
Maquete das obras em curso no Monte de St Michel
Depois foi arrancar sem olhar para trás. Mas antes a toilette
da semovente, de reabastecimento e despejos de águas. Objetivo da jornada era
chegar a Poitiers e dormir no parque de AC do Futuroscope. Liga-se portanto o
GPS tom-tom devidamente atualizado, mas que tal como o frigorifico parece
dispor de vontade própria e desconcertante. Mesmo assim, contrariado aqui e
ali, o GPS lá nos levou a volta de Bordeaux, depois até à saida para as
nacionais em direção a Angoulême, e algures 90Km depois, a uma área de serviço
e repouso assinalada na estrada, em BENAC, para uma paragem almoçarante pelas
13h e na mesa exterior de pic-nic.
Homenagem em padaria ao Tour de França em bicicleta
Já próximo de La Couronne compras de supermercado para
reposição de lagos stocks e entretanto paragem de pausa e para comer uns
gelados, café e chá no Lago de Ruffec, base de loisirs bem assinalada na
estrada, e onde existe espaço para uma pernoita de autocaravana se necessário,
sendo também agradável para uma paragem refeição, devido aos vários planos de
água, passadiços e represas debaixo de sombras e relvados adjacentes.
Portugal no Tour!
Chegada ao Futuroscope sem problemas pois é bem assinalado na
estrada, e melhor ainda o acesso ao parque de autocaravanas que dispõe de
serviços e suficiente espaço, e algumas sombras. Curiosamente, apenas um casal
português presente…entre os vários autocaravanistas, e o primeiro ( e único que
encontrámos) e também membro do grupo 1 AC e 1 café do facebook. Tempo pois, de
trocas de agradáveis impressões sobre viagens com crianças e outras ate ao Cabo
Norte.
toilette da semovente em Cancale
Jantar mais uma vez na semovente e depois passeio noturno até
as entradas do parque do Futuroscope para recolha de informação e programação
pela Carolina para do dia seguinte com o objetivo de ver o maior número de
atrações possíveis, logo abrissem as portas as 10h da manhã. Depois foi o
manter das conversas a três sobre a viagem e as expectativas dos dias
seguintes, até que o sono foi silenciando os viajantes. Eram para aí umas
23.30h.
picnic de caminho na área antes de CARNAC
4º dia, 4ª noite
A 6 de julho, sábado, dia claro a acordar as 8h para
pequeno-almoço reforçado para a saga do dia do Futuroscope. Às 10h em ponto, já
de bilhetes na mão e passados os torniquetes de acesso todos a postos para a
maratona lúdica…que inclui todo o roteiro dos eventos relevantes desde o
espetáculo de magia ao vivo, Artur- o melhor divertimento do mundo em 2012, o
principezinho, Thaiti e a defesa dos oceanos, os monstros dos mares, vários
filmes de 3D e 4D (três dimensões mais sensações olfativas, e de tremores de
cadeiras e aspersão de gotas de agua, ou de fluxos de vento), robots, o filme
assa de coragem sobre a aeropostal nos andes, esculturas gigantes, parque
infantil com tobogan, etc etc. Pausa ao fim do dia, para sair do parque para
jantar na semovente, e voltar a noite para o espetáculo de som e luz. No final,
cansados e com o reportório das intenções da visita repleto a segunda noite
serena no parque dos Futuroscope.
Puy du fou - os vikings
Propositadamente não se descrevem o teor dos filmes e
espetáculos vistos para não retirar o interesse e curiosidade aos futuros
interessados. Basta acrescentar que se justifica a visita – quer pela arquitetura
dos edifícios e pelos divertimentos oferecidos, que para esta ser bem-sucedida,
sugere-se o sistema adotado…dormir de véspera e no dia da visita no parque de
autocaravanas (2 noites).
Porém.... para mais informação aqui fica web site: www.futuroscope.com
Porém.... para mais informação aqui fica web site: www.futuroscope.com
Puy du Fou- o assalto ao castelo
5ºdia e 5ª noite
Dia 7 de Julho, domingo. Partida pelas 9h com destino a Caen
e ás praias do desembarque que permitiram o arranque a 6 de Junho de 1944 para
o desfecho da WWII (segunda guerra mundial).
alinhamentos dos megálitos de Carnac
O excesso de confiança no GPS atrasou a nossa jornada por
voltas mais longas e desnecessárias. Em Caen a sinalização para o litoral
também não foi a melhor, mas como compensação há a registar uma agradável pausa
para almoço junto a um pequeno porto fluvial, e o preço do gasóleo em Caen a
1,299€/L.(feita a média de consumo deu 9.3L/100). Porém sempre chegámos ao
destino escolhido, Arromanches (a praia Gold da operação Overlord) onde são
muitos os destroços visíveis do porto artificial construído pelos aliados.
Puy du Fou- o Circo Romano
Conseguiu-se estacionamento no centro da povoação para uma
volta e vista ao museu militar, para depois se rumar ao planalto sobranceiro a
arriba onde havia um estacionamento acessível a autocaravanas e com excelente
vista sobre uma seara de trigo e o mar.
La Rochelle, parque de AC Jean Moulin
Jantar na AC e depois visita ás vistas dos arredores, ate que
no regresso a autocaravana foi patente que tínhamos um pneu traseiro quase em
baixo, formando uma barriga de mau sinal. Reuniu-se o conselho de viajante e
por prudência, optou-se por consultar o SOS do GPS, que indicou facilmente uma
garagem a cerca de 6km de distância. Optou-se pois por levantar ferro e seguir
caminho cuidadosamente para evitar esvaziar o pneu com manobras abruptas…(já
que mudar a roda estava fora de questão, pela dificuldade da operação).
Praia de La Baule
Antes porem ainda se passou por uma instalação de lavagens
automáticas, tipo Elefante Azul, porque tinha uma bomba de ar…apesar de não ter
o terminal adequado com alguma imaginação lá se tentou introduzir ar no pneu, o
que se conseguiu apenas parcialmente pois um silvo sinistro indiciava que nem
todo o ar entrava e que muito dele se escapava pela válvula, o que permitiu o
diagnostico correto que era na válvula que residia o problema (ou no pipo) mas
não num furo.
dentro do ferry de Royan para Verdon
A noite decorreu de alguma forma apreensiva pelas possíveis
consequências do contratempo com o pneu (na altura com 104.000Km rolados e sem
nenhum incidente ao longo de seis anos de uso), mas apesar de tudo dando graças
ao fato de se ter detetado o problema sem ser em movimento, e com perspetivas
de solução relativamente próxima. Alguém velava por nós.
ondas de Biarritz
6º dia e 6ª noite
Acordar cedo e inquieto. Por isso mesmo e com a internet a
funcionar no telemóvel procurou-se outros endereços de garagens, pois aquela a
que tínhamos aportado só abria as 10h, e o contato com o serviço de assistência
em viagem do ACP não respondia. Felizmente o Google deu-nos todas respostas e
alternativas, e ainda antes das 8,30h já estávamos a cerca de 1Km de distancia
a porta de uma garagem especializada em pneus, que todavia não podia tomar
conta da ocorrência, mas que logo nos indicou outra, a cerca de 500 metros de
distância e que abriu entretanto as 9h. Foi no Ponto S.
primeiros a pisar a areia da praia
Foi um alívio ver chegar o “patron” e depois os empregados.
Desmontado o pneu veio o diagnóstico definitivo… a válvula tinha-se rompido ou
lascado, e o ar escapava-se assim… UFA! A reparação rápida consistiu pois na mudança
da válvula, e no pagamento do serviço que foi cobrado a 30 euros. E ás 9.30h já
rolávamos de novo….
área de estacionamento e pernoita de La Rochelle
A viagem prosseguiu pois para “Omaha Beach” e para o
cemitério militar americano, e seu centro de informação moderníssimo com uma
parte museológica de relevo e com varias salas de projeção de filmes da época
de grande interesse documental. Este nosso circuito histórico levou-nos ainda a
Pointe du Hoc, local escarpado conquistado pelos engenheiros ingleses que
neutralizarem os poderosos bunkers de canhões alemães que forma também
submetidos a intenso bombardeamento pelos navios de guerra aliados ao longo da
costa e pela respetiva aviação. Vale a pena a visita, que aliás no futuro
próximo será acompanhada de um centro de interpretação em finalização.
parque de autocaravanas dos Corsários- Anglet
Concluído este circuito, prosseguiu a nossa itinerância
turística e Autocaravanista em direção ao Monte de Saint Michel, com cruzamento
entretanto na berma da estrada de inúmeras autocaravanas acampadas e já na
expetativa da passagem das bicicletas do Tour.
que rico crepe!
Em Saint Michel fomos direitos ao novo parking com zona
reservada as autocaravanas, ao preço de forfait de 20 euros, que inclui a
pernoita, mas sem menor fração para estadias inferiores, mas com a compensação
de incluir o transporte gratuito em navette de bus ate ao Monumento (ida e
volta) e a visita ao centro de informação que vale a pena, pelo rearranjo
global de todo o espaço envolvente, que incluiu já a construção de uma barragem
e o início de construção de uma ponte sobre estacas que vai permitir o regresso
a condição de Ilha do Monte. Este esta também em obras de recuperação bem
visíveis. Pois então percorremos o caminho de ronda amuralhado, a Grande Rue, e
a vista a Igreja Paroquial integrada no Caminho de Santiago (St Jacques). A
Abadia estava fechada, mas não as portas do restaurante de Mére Poulard onde se
tirou a foto comprovativa.
pare escute e olhe?
Foi algo cansativo trepar ao lato de St Michel, sob um sol quente, mas como nenhum de nós
era turista acidental, pode-se dizer-se que se honrou o calendário e o programa
com boa nota.
Grande rue de St. Michel
Merecíamos pois um descanso…com relva, sombras e banhos de
mais de 100L a dividir por três… ou seja fomos ate ao outro extremo da Baía de
St Michel, a Cancale, para aterrarmos no parque de campismo Les Clos Fleuris,
ligar a autocaravana a eletricidade de 220e assim beneficiar de um fim de tarde
de relax bem merecido…e por menos do que nos custou o estacionamento para ver o
Monte de St Michel…
Crateras de bombardeamentos aliados na Pointe du Hoc
Jantar fora da semovente nas mesas e cadeiras de pic-nic com
todo o descanso possível do longo dia de viagem e com um menu de gourmet:
alcachofras frescas cozidas, salada variada com cubos de beterraba e milho,
cogumelos salteados com bacon, queijo camembert, etc.
Praia de Biarritz
Depois de jantar um passeio pedestre pelo adormecido centro
de Cancale seguido do bom sono de quem o mereceu.
7º dia e 7ª noite
Acordar bem-dispostos e com bom céu azul em Cancale com os
desejos de vista a Saint Malo e a Dinan, por isso foi rápido ao almoço e a
toilette completa da AC na estação de serviço do camping, e logo se tomou a
rota pelo “bord de mer” para St Malo….onde não chegaríamos por causa do TOUR…as
estradas já pejadas de gente e de autocaravanas estavam cortadas a entrada para
a cidade corsária…e por isso só ao longe… e o mesmo nos sucedeu em Dinan que
teve de ser contornada dada a loucura e segurança do Tour em que se evitam os
trânsitos cerca de 4/5h antes da passagem do pelotão.
Lago de Ruffec
A solução foi rumar para Lorient e descer para Carnac para
visitar os alinhamentos dos megálitos, e o Centro de Interpretação dos
Monumentos Nacionais franceses… depois de um almoço descansativo na área de
autocaravanas e pic-nic de ELVEN que se recomenda para um “stop over”
estratégico, A paragem seguinte foi na paria de La Baule, célebre pelos antigos
concursos de verão de construções na areia, para uns mergulhos refrescantes e
logo seguir a itinerância, subindo e descendo a enorme ponte de St Nazaire e
depois por autoestradas gratuitas seguir para a surpresa maior reservada as minhas
duas copilotos: o Puy du Fou, indiscutivelmente um dos melhores parques temáticos
para adultos e crianças. Chegamos ao parque de autocaravanas privativo deste
local já em cima da hora de jantar na autocaravana. Depois foi o passeio noturno,
higiénico e digestivo, para recolher a ultima edição do folheto, e programar ao
minuto o circuito dos eventos para se fazer tudo ate as 18h do dia seguinte o
mais tardar pois La Rochelle esperava por nós. O som veio nas suposições dos
desafios lúdicos do dia seguinte.
Puy du Fou- corrida de quadrigas romanas
8º dia e 8ª noite
Pelas 7h já todos se remexiam, apesar das portas só abrirem
pelas 9.30h. Aliás ate fomos de navette gratuita, entre parque das AC e a entrada
do parque das atrações e aqui seguimos o guião com disciplina militar…primeiro
o concerto musical os autómatos, depois os mosqueteiros de Richelieu, a seguir
o assalto ao castelo medieval, depois os Vikings precedidos pelo espetáculo das
aves de caça dos falcoeiros…etc etc etc. Ficou para o final depois e deglutidas
as sanduíches que levamos prevenidamente o espetáculo grandioso do circo romano
e a dos cavaleiros da Távola Redonda. E mais não digo para não estragar a surpresa
a quem la va ver, o que se recomenda vivamente. Porém há mais informação no web site: www.puydufou.com
Castelo de Penafiel, Espanha
Concluida a maratona já pelas 18h estavamos de volta à autocaravana
para rumar para La Rochelle. Pagaram-se os 5 euros da pernoita e lá se foi
seguindo o GPS submetido a apertada vigilância pelas suas fantasias, durante
cerca de 2 horas, para ter a grata surpresa de desembocarmos no novo parque de
autocaravanas em funcionamento anunciado para Julho e Agosto…aqui: N-49º 9´16´´ e O 19º 8´21´´.
Ponte de St Nazaire
Desta vez estava prometido um jantarinho para os três na
esplanada do porto velho de La Rochelle. A escolha recaiu num já conhecido de
outras andanças…o BATEAU IVREe o jantar embora frugal foi muito agradável… calamares,
salada de atum e mexilhões com molho Roquefort… depois uma passeata pelas
muralhas e pela feira noturna de artesanato e espreitar as evoluções de
artistas de rua de break dance, equilibristas, e declamadores…uma autentica
vitalidade de “movida” bem animada. O regresso foi feito pela navette que funciona
até as 23.30h de 10 em 10 minutos para o parking Jean Moulin.
Catedral de Burgos
Noite calma e repousante, com alguns recortes ainda para os álbuns
de férias, apuramento das medias de consumo em 9,5L/100Km, e programara s ultimas
duas noites de férias.
9º dia e 9º noite
Saída de La Rochelle, passagem ao longe pela ponte Transbordadeur
que não foi visitada para evitar mais desvios, e em ROYAN apanhamos o ferry de
cruzamento da foz da Gironde…enorme barco com dois andares de transportes de
viaturas, nós autocaravanas e camiões tipo TIR no andar de baixo e os
ligeirinhos no andar de cima.
centro de interpretação de Atapuerca
Chegados a península do MEDOC curta passagem pela Igreja de
Soulac, passagem obrigatória dos peregrinos britânicos com destinado a Santiago
de Compostela que chegavam ao Verdon por via marítima. Experiencia já vivida
mas que as copilotos acharam agradável.
Marina fluvial numa pausa picnic na AC
O GPS la se foi comportando benzinho permitindo contornar a distância
Bordéus e tomar a A63 cerca de Mios. O almoço foi numa nova área de serviço a
do Oeste das Landes numa sombra e com o farnel refeito para a viagem. Fomos depois
diretos mas pelas nacionais a Bayonne depois a zona da Barre , para nos enfiarmos
no parque de autocaravanas dos Corsários, muito vazio de frequência.
detalhe técnico dos despejos de aguas cinzentas nos Corsários/Anglet
Ora depois? Praia, praia e mais praia de que só saímos as
20,15h depois de quase esgotarmos as ondas de água quente a 19º, pelo menos. Jantar com as vitualhas da Ac e cerveja fresquíssima
com o frigorifico a funcionar a gas e em pleno. Depois a habitual volta pelo
paredão pelo litoral de Anglet para digerir o jantar e preparar o sono
reparador.
10º dia e 10ª noite
As 7h já havia candidatas para ir para a praia- importava
aproveitar ao máximo essa manhã de banho e bronze, e por isso antes das 9h já as
toalhas estavam estendidas numa areia intocada por outros pés. Até as 12.30h
fizeram-se as honras a praia, as suaves ondas e ao sol no areal.
Puy du Fou - espetáculo Lança Quebrada (ataque ao castelo medieval)
De seguida o chuveiro na paria para lavra a água salgada e
retomar a semovente para se ir almoçar na zona da Barre e dai partir para
Burgos…cruzamento da fronteira pela autoestrada e depois cuidados sempre pelas indicações
A15 (gratuita) que liga antes de Tolosa com autovia N1/A1…saída obviamente em
Miranda do Ebro para encher o depósito com gasóleo “Low cost”, e depois o
caminho inverso da vinda…desfiladeiro de Pancorbo, Brujula, Atapuerca…
Rei Artur e cavaleiros da Távola Redonda no Puy du Fou
Falhou porem a vista as Jazidas de Atapuerca na componente do
Parque Arqueológico onde a ultima vista era as 19h, devido a um tremendo e
diluviano temporal que se levantou e despejou granizo e rajadas de vento de
vergar choupos, inviabilizando a almejada vista. Fica para a próxima, é o pensamento
positivo a formular. Aproveitou-se apenas a vista ao centro de interpretação
ainda demasiado novo e pouco recheado.
Catedral de Burgos
Passada a inesperada borrasca foi concluir a etapa e parquear
para pernoitar junto ao Centro de saúde de Sta Clara junto a mais 9 autocaravanas.
Com uma luminosidade límpida o resto do dia foi aproveitado a calcorrear as raus
de Burgos, a patrulhar as ruas da Catedral e a visitar mais uma feira de
artesanato urbano nas margens do Rio de Burgos. O Jantar ligeiro foi na praça
mayor a picar tapas, antes de voltar a semovente para a ultima noite de viagem…
11º dia de viagem e ultimo….
Cid o Campeador...sempre em frente...
Dia azul, brisa a empurrar o nascer do sol para a frente, luz
criadora para despertar bem as fominhas variadas de pequeno-almoço. E depois
simples o regresso com um desvio pelo Castelo de Penafiel.
o autor e fotografo...fotografado...enfrentando os dragões do destino
Em Valladolid novo susto com uma válvula do pneu traseiro
direito que com ciúmes do seu parceiro esquerdo, que na zona de Bayeux levou uma
válvula nova, deu de si mal paramos e passou a silvar o ar que tinha dentro!
Por sorte havia no centro comercial uma garagem, pro azar a garagem era dimensionada
so para ligeiros, por sorte indicaram-nos outra garagem a caminho de Leon, por
azar não a topamos, mas por sorte avistamos outro centro comercial RIO e uma garagem
Norauto…Por sorte fomos logo atendidos e diagnosticada uma válvula ressequida…e
por sorte mudaram logo o pneu e a válvula, e pela sorte das sortes não cobraram
nada…e adeus e boa viagem para Portugal. OBRIGADO POIS à NORAUTO DE VALLODOLID
do CENTRO COMERCIAL RIO…
Just me, no Bac de Royan a Verdon
Mais histórias e fotos não há. Almoçamos umas tapas e saladas
em Alaejos e seguimos a rota normal ate a fronteira e daqui a A23 para Alenquer.
Foram 11 dias de viagem, 10 noites de pernoita e exatamente 4. 173Km andados
com medias variáveis entre os 11L/100km com o mostrador do velocímetro muitas vezes
nos 130km/h e o mínimo de 9.2L/100Km com menos de 90km no velocímetro e menos
de 2000RPM.
Estacionamento e pernoita no Futuroscope
Mais palavras aqui também não Ficam as que se escreveram 4250
pouco mais de uma palavra por Km percorrido…e esta hem?
4 comentários:
Viva,
Há muito que acompanho o seu blog e é sempre refrescante ler os seus relatos de viagem.. que inveja! :)
Também eu sou um "amante dos passeios", no meu caso de caravana, mas que por razões diversas ainda não me pude aventurar Europa fora.
Espero um dia poder adquirir uma AC, pois sem súvida que dá outra autonomia nas viagens mais itinerantes. E nessa altura certamente que me irei inspirar nas suas dicas, pois não se deve desperdiçar a experiência de quem por já lá andou! :)
Continuarei atento a este blog e desejo-lhe muitos e bons passeios.
Um abraço caravanista,
Tiago Pinto
Linda viajem! Parabens
Bernd
Até parece fácil. Muito inspiradora!
Um abraço
Ana Narciso
Olá,foi com entusiasmo e desejo de fazer este tipo de viagens,que li as suas "notas de viagem".Sou avó,tenho 3 netos e tenho o desejo de fazer este tipo de passeios.Obrigado pela inspiração Ana Pereira
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