Ida e volta ao Castelo do rei Wamba, com saída do Alenquer Camping .
Ora bem, imagine-se um domingo incaracterístico de Fevereiro, uma autocaravana que ainda não percorreu um Km neste ano de 2007, e mais um pretexto para um jantar no Alentejo com uns amigos...que mais faltava para ir até ao castelo do Rei Wamba e fazer uns 600 km, e duas dormidas na capucine da autocaravana.
Quanto aos dados estatísticos arrumam-se já:
Percurso de cerca de 600 km...média de 10.8litros/100km
(Knaus 2,8JTD, capucine de 2003)
Partida de Alenquer, depois de almoço de domingo dia 25, saída do camping depois de pleno de agua limpa na recém inaugurada area de serviço pelo CPA, e o atestar de combustivel na Galp de Alenquer (preço 1.013, com o desconto de 0,05 com talao de compras do Continente) e paragem e dormida num monte na zona de Lavre, Ciborro, via Vila Franca de Xira e Coruche.
Jantar na bomba do Martins (verde e com o logotipo da Galp) na estrada para Montemor. Jantar a 4, com queijinhos, pão, azeitonas, vinho local, e duas doses de secretos de porco preto, mais sobremesas, tudo pelos 19 euros o casal.. e para rebater, na casa do monte alentejano, um jogo de cartas até às tantas...
Dia seguinte, 2F, dia 26/02, compra de pão no Lavre e progressão lenta, para gem em Aviz, (foto dentro da muralhas em amarelo) e depois somaram-se os Km até Urra (almoço) . Que almoço, no Restaurante D. Alvaro, mesmo a 2Km de Portalegre (tel 382283).
Torresmos de entremeada de cinco estrelas, e linguiça e farinheira frita de entrada, cabrito assado no forno de eleição, a dose para dois a 9.50€, ( na foto ve-se bem que não se passou fome) o que significa uma conta final de 19.65 euros....
Depois na Portagem, em Marvão incursão a Espanha (rebastecimento de gazoleo a 0.89.9 na Campsa e ainda menos 0,02 centimos com o cartão do ACP/Solred a pagar dentro de um mês). O fito era em Valencia de Alcantara comprar um produto farmaceutico de encomenda familiar...mas, desatenção fatal, a siesta aqui termina as 17h, por isso tudo fechado, e meia volta, ate trepar ao alto de Marvão.
Parque de estacionamento obrigatório para não residentes, funcionarios da CM ou clientes da Pousada. A acrescentar à imposição, obras esventradoras nas ruas de Marvão recomendam mesmo o estacionamento ante portas. E além de tudo isso, é evidente que AC não entra em portas medievais como aquelas.
Lá se deu a pé, a volta possivel ate as ameias do Castelo, a visita sacramental ao posto de turismo e depois a entrada na Pousada, a recordar os idos tempos em que esta se resumia a 6 quartos...pois agora tem bem mais, mantem e aumentada a casa de jantar, e dispõe de mais um miradouro para beber café e sala de leitura. Impecavel, a justificar, e não só pela vista, os 2,50€ pela bica.
Passo seguinte, rumo a Nisa pelas estradas secundárias a descobrir açudes e e pequenas barragens à busca do Tejo, Vila Velha de Ródão...e depois, a tal senda para o Castelo do Rei Wamba. E quem era o rei Wamba, e tinha um Castelo?
Mas o que interessa, o dito Rei Wamba não era lendário. Foi mesmo Rei Godo de 672 a 680 e velou pela defesa da cristandade com epicentro em Toledo. Teria nascido em Penamancor? Teria tido um Castelo ali à ilharga escarpada das portas do Rodão? teria sido ele a fiscalizar o trafego fluvial desde Toledo para a depois Egitânia e Lusitãnia? Claro...antes da ponte...
O que se conta por aqueles lados é a lenda, pois o Wamba tinha como mulher Barbara...de nome? de origem moura? O certo é que a dita se enamorou a ponto de o atraiçoar com um Rei mouro, a sul do Tejo, um tal Yussul...que, como consta de uma das versões da lenda, escavara um tunel sobre o Tejo...e surpreendido, ve o Rei Wamba ofertar-lhe a mulher cobiçada...só que, amarrada a uma mó que rolou escarpa abaixo...e a lenda diz que nunca mais nada renasceu por onde o rolar da mó e da mulher passaram!
A fotografia ao castelo (Torre) do Rei Wamba aqui fica, e a declaração de que está a ser reconstruida, e que a vista que se alcança sobre o rio, vale a pena a viagem ja que pela ermida do castelo, porta fechada, não se alcança outra motivação.
Subido ao Castelo, fotografado o Rio e aquele, ruma-se a AC diligente ao entrocamento da auto estrada gratuita, ate ao entrocamento com a A1, e depois já noite caída, seguem-se 2,65€ de Brisa, até à saída para Batalha/Fátima.
E depois empre para a Batalha em estrada curvilinea. Lá chegados, cadê a area de serviço recem inaugurada pelo CPA? Basta perguntar pelo Campo da Bola, pelo Campo da Feira, pelas piscinas Munipais, ou pelo pavilhão multiusos...lá se chega, lá estavam quatro AC, duas espanholas, uma francesa e uma inglesa. A francesa já depois de jantar rumou da zona das AC para um passeio fronteiro onde havia um poste com ficha electrica...e ali mesmo ligou-se como qualquer feirante....aí está a foto...
Horas de jantar...e onde? Pelo Retiro dos Caçadores nada feito...a cozinheira faltara nesse dia...e nos outros resataurantes a vida anímica estava abaixo de zero clientes. Então sozinhos por sozinhos, antes uma marisqueira. Foi a do Paulo e Rui Lda...(tel 2440123). Serviço correcto, camarão cozido, e ameijoas....à Batalha, que de Bulhão Pato não tinham nada.
Mas entre vislumbres televisivos de Futebol e de Noticiário sobre o escândalo da Universidade Independente, lá se passou a fome a troco de uns 30 euros, com factura e tudo.
Sono dos justos na nova area de serviço da Batalha. Acordar no dia 27, 3F, em etapes, na medida que os camions TI (antigos TIR) iam roncando e pegando ao serviço.
Pelas 8.30h higiene e pequeno almoço de pão alentejano em torradas, e café com leite, e a pé, os poucos metros que separam da vila e do Mosteiro, à busca de jornal, e de informações sobre a abertura do Monumento. O GNR de serviço não sabia...o posto de Turismo estava fechado (abriu as 10h), mas lá pelas 9.30h abriram portas do Mosteiro. Italianos a monte, de guia Michelin em punho lá estavam também.
Entramos e como a idade já permite, com meio bilhete, ou seja duas pessoas pagam 4,50€ ao IPPAR para ver a nave central da catedral, a capela dos túmulos reais, os claustros, os jardins, o museu ao soldado desconhecido e a chama ardente, as peças substituidas de arte corroidas pelo tempo, e as capelas imperfeitas com entrada pelo exterior, e por isso visitaveis gratuitamente. Fotos em anexo, inclusive de uma gárgula em forma de mulher...seria inspirada na Barbara do rei Wamba?
Concluida a vista cultural, foi o recuperar da AC, e o regresso a Alenquer via Caldas da Rainha, com paragem e compra no mercado de legumes, e com passeio pelas raus de peões, seguiu-se o Cercal, sempre pelas nacionais. A chegada à zona da Abrigada a horas de larica, deu para ir a Adega do Tomás, quase junto a Nacional. (tel 263 799164).
Se se recomenda o D. Alvaro na Urra, a Adega do Tomás vale um hip hip Urra! Serviço de sete estrelas... preço idem (duas pessoas 13,50€) com direito a entradas...de salsicha fresca, morcela de arroz, entremeada frita, azeitonas e pão, cozido à portuguesa que era prato do dia, agua e vinho, e ainda uma sobremesa, tarte de gila e café...por menos, e melhor não há....